sexta-feira, 26 de outubro de 2007

A VERDADE QUE NOS CERCA

As semelhanças entre a verdade e o azeite: não necessitam de agitação para virem à superfície. Uma ligeira dissemelhança: o azeite vem à superfície de imediato, a verdade pode necessitar de tempo. A que propósito? Volta e meia é "dado à estampa" sem sabermos bem porquê, uma sondagem que tenta acordar o colectivo nacional, provavelmente sobre qualquer situação política (?) que se estará a alterar. São colocadas ênfases em "putativas" respostas dadas pelos "sondados" que, não se mostrando uma ligação directa ao momento político, mais parecem uma intimidação. Nos últimos anos as sondagens propagandeadas, nomeadamente por órgãos de informação públicos, trazem a chancela da Universidade Católica. Porquê? Portugal é assim tão pobre em instituições e empresas que se dedicam a esse estudo social? Existe alguma obrigação, legal ou outra, para que instituições públicas que vivem dos nossos impostos, recorram unicamente a uma instituição "dita" privada, para prestação desse serviço? Sendo este o reparo de um português, não é o motivo principal destas linhas. O resultado da última (?) sondagem aparece, precisamente, no momento em que Portugal, detendo a Presidência da UE, realiza acontecimentos de grande relevância mundial. Será que quem promove essa divulgação mediática está a querer contrabalançar a projecção de personalidades portuguesas nessa visibilidade mediática mundial? Será a essa forma, ou tentativa, de destruir a imagem de personalidades incómodas para alguém, dada a sua legitimidade democrática, que chamam liberdade de informação e "critérios jornalísticos"? A esse tipo de analfabetismo chama-se patriotismo? Alguém se considera a si próprio abécula? Ninguém!

AI, AS ESCUTAS

Quem escuta? Quem é escutado? Quem "manda" escutar? Não será necessário colocar a pergunta "quem escuta o quê e com que finalidade. Segundo a resposta a "quem escuta" e/ou a "quem manda escutar" virá implícita a finalidade. A dificuldade será a resposta. Às questões levantadas pelo Dr. J M Júdice no jornal público, não será fácil para qualquer português responder. Nem mesmo que qualquer português o queira ou que o Bastonário da Ordem o queira. Ele saberá que, como muito bem escreve J M Júdice, o "espírito de Deus está em todo o lado", logo tudo sabe, tudo escuta. Qualquer das personalidades incluídas nestas "supostas" críticas mediáticas saberá mais do que aquilo que deixa transparecer, no entanto, também saberá que as "revoluções e golpes de estado silenciosos" nunca são, claramente, visíveis no imediato (isto é, enquanto decorrem), levam o seu tempo e, para certos "grupos" ou instituições, tempo é o que não falta. A conquista dos lugares , públicos ou não, de onde se controla o "Poder", não se faz sem investigação nem sem conhecimento dos processos e das vias que levam a esse pedestal. Os exemplos da história mostram-nos que quem detém ou quer deter esse controlo não se mostra. "As trevas escondem, a luz aclara", não será novidade para ninguém e o "espírito" de quem se esconde chega sempre ao colectivo sob variadas formas. Não há certezas porque se assim fora o mundo seria transparente. Somos assaltados pelas desconfianças, a avaliar por quem, silenciosamente, se esconde sabendo que tem protecção invisível e, embora não saibamos quem se esconde e quem é protegido, não deixamos de nos colocarmos sob interrogação permanente, perante tudo o que não é claro. Talvez os citados possam, nas suas colunas de intervenção pública, apontar caminhos que levem aos esclarecimentos. Mesmo sabendo que pode surgir uma infinidade de respostas, a pergunta deve ser sempre feita: escuta-se para quê? Quem responde? Um cidadão cem por cento português.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

FALTA DE CULTURA DEMOCRÁTICA?

Ou será falta de "escrúpulos" mesmo entre letrados? Será analfabetismo oposicionista? Eis uma questão importante para a vida de um país do "Primeiro Mundo" em que todos, governantes e governados, se deveriam esforçar para transmitirem ao colectivo nacional as respostas convenientes. O problema da "disfunção" democrática, observada diariamente, pela falta de respeito que se verifica para com as figuras nacionais constitucionalmente consagradas, é um sintoma de terceiro mundismo. Esta constatação é espalhada aos "sete-ventos", quase em simultâneo, pelo nosso jornalismo de capoeira. O analfabetismo demonstrado nas "campanhas" jornalísticas por quem tem a função, principal, de informar, não deveria existir nos critérios de independência reinvidicados e utilizados para divulgação de notícias de interesse público. As "figuras" da República Portuguesa, além do Chefe de Estado, legislativas, executivas, judiciais, independentemente de quem ocupa o lugar no momento, devem ser respeitadas. Não é raro ouvirem-se ou lerem-se impropérios a figuras pertencentes aos órgãos acima citados, e logo empolados pelos jornalistas, denegrindo e ofendendo as figuras em causa, quer como pessoas em si, detentoras de todos os seus direitos, quer como representantes legais dos cargos, como se de uma importante notícia se tratasse. São, ainda, os resquícios de um "prec" que denegria todos as pessoas que pensavam de modo diferente, quer fossem de esquerda ou de direita? O Facto era (e é) fomentado por figuras colocadas nos lugares certos, "emanadas" por instituições interessadas na desacreditação da democracia. Os beligerantes, autores desses incultos actos e os jornalistas, clamam de seguida que é a liberdade de expressão. Querem calar-nos! Dizem. Analfabetismo? Pior! Má educação! A crítica pode sempre ser feita, usando mais ou menos intensamente o discurso contra aquilo com que não estamos de acordo mas, para não perdermos a razão, nunca devemos ofender o outro, quer enquanto cidadão quer como desempenhando um cargo público. Que país de "Primeiro Mundo" será este que venha a ser necessário recorrer, um dia, a "leis" sansionatórias para corrigir actos de linguagem impróprios ou insultos? Que partidos povoam o universo político português que, parecendo não terem nada a propor para melhoria da gestão da "coisa", se dedicam única e exclusivamente a tratarem os seus adversários como inimigos, destruindo assim, perante o povo, a credibilidade política e, consequentemente, a sua? Masoquismo político? Que sindicatos e outras organizações, não se dirigindo naturalmente aos órgãos próprios com quem devem dialogar em primeira mão, se dedicam, com impropérios ou ofensas pessoais, a denegrirem as figuras nacionais, quer ao cargo quer à pessoa, demonstrando um certa cultura de lixeira? Ainda temos o hábito de "cantar", "a luta continua o governo para a rua"? Evoluídos! E os jornalistas, gostam? Quando chegaremos à idade adulta? Quando chegará a vez dos órgãos próprios se debruçarem sobre a boa conduta democrática, o respeito pelo outro, os limites da liberdade, a ética da boa informação, a proverem a "justiça" para todos esses actos que desvirtuam e limitam uma boa conduta social? Atenção autoridades legislativas, a iniciativa é vossa! Sabendo que por detrás de todas estas actuações na cena política (e social) portuguesa está sempre, pelo menos, uma instituição que nunca é vista nem achada para coisa nenhuma, não vale a pena apontar peões porque estes estarão sempre "inculpados". Estarão protegidos por Deus? Um dia, para que Portugal volte a ser uma das sociedades mais avançadas do mundo, todos os agentes democráticos terão de se debruçar, verdadeiramente, sobre o assunto. Até lá, paciência! Portugal agoniza! Mantenhamo-nos como "abéculas" e depois queixemo-nos.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

QUE VERGONHA, SOCIALISTAS

O défice público é um "cancro" para a economia portuguesa? Ninguém terá dúvidas! Mas como se combate? Se outra hipótese não surgir pedem-se sacrifícios ao povo. A maioria está de acordo, não se fala mais nisso. Mas então, a ser correcta a informação de um jornal, tendo o Estado dificuldades no deve e haver está a gastar dinheiro com o parasitismo capelanista? Com a actual necessidade de transparência nas contas públicas, já algum governo se lembrou de informar o povo dessa despesa totalmente inútil? Então fazem-se campanhas a favor dos medicamentos genéricos a fim de reduzir a despesa e paralelamente pagam-se as últimas exéquias? Deus saberá disso? Qual a rubrica do Orçamento do Estado onde está cabimentada essa despesa? Não são necessários mais comentários ou perguntas. Cada um dos portugueses que vier a ter conhecimento do facto fará o seu juizo. Senhor Primeiro Ministro "eleito" com maioria absoluta, quem exerce a efectiva função governativa, o próprio governo ou a Conferência Episcopal Portuguesa? Retomámos ao que havia sido quebrado em 1974? E os jornalistas que todos os dias batem no governo, já perderam a apregoada independência? Ou será "cagufo"? Portem-se como abéculas e depois espalhem pelos jornais a "vossas" mágoas.