sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A REVOLUÇÃO DA SEDES

Está em preparação um qualquer tipo de revolução ou tomada de poder que viole a normalidade democrática? A Sedes produziu um documento que, analisado à luz da normalidade democrática, seria considerado como uma tentativa ingénua e abortiva de subverter a normal passividade dos portugueses. Constância Cunha e Sá no seu "Espaço Público" quase reafirma que esse tipo de revolução está iminente ao referir, também, as opiniões catastróficas de Garcia Leandro. Sabemos que o Povo Português se manifesta quase sempre contra qualquer coisa mas, sendo pacífico, só entra em ebulição quando é instrumentalizado. O que estará por de traz desta tentativa de desestabilização da Vida Nacional? Sabemos que o actual Governo, porque com maioria absoluta no Parlamento, de outro modo era difícil, teve de fazer uma política restritiva para resolver alguns problemas de estrutura, tendo ao tempo avisado que o ia fazer. Obviamente que toda a gente refila sempre que os sacrifícios lhe chegam à porta e ainda pior se acicatada pela oposição. No entanto, esse estado reinvidicativo não justifica a sublevação anunciada. O que é que se passa nos bastidores? É já a preparação para a campanha eleitoral de 2009? Não terão acordado cedo de mais? Será apenas para manter a desestabilização das consciências ou tem propósitos obscuros de orientações não "confessionais", com intenções de subversão da democracia? Não seria difícil seguir algumas pistas se tivéssemos um jornalismo inteligente e livre. Quem são os homens da Sedes? Quem é o General Garcia Leandro? A que fonte vão todas essas pessoas beber? Claro que a lista não se resume às personalidades acima citadas. O rol é muito vasto. Mas o que leva jornalistas experientes a discorrerem sobre a possibilidade de próximos acontecimentos políticos de consequências imprevisíveis? Será que eles sabem, responsavelmente, do que escrevem? É claro que Constança Cunha e Sá deveria saber o que é propaganda, o que é mediocridade e o que são os resquícios de jornalistas fedorentos que, a partir de certo momento começaram a avisar-se uns aos outros que o "o estado de graça" já ia longe e era chegado o momento de usarem o seu "quarto" poder para destruírem políticos. A arrogante jornalista não se dará conta que está apenas a repetir o que já cheira mal em toda a praça mediática? Uma boa jornalista não vai apanhar as canas dos foguetes que os seus "colegas" (?) lançaram. A inteligência nunca fez mal a ninguém, a caixa de ressonância é que pode ferir o ouvido.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

AS INVESTIDAS DE JOSÉ MANUEL FERNANDES

JMF não perde uma oportunidade de bisbilhotar nos sítios onde possa encontrar matéria para investir contra os seus rivais próximos do governo, nem que para isso vá buscar os desabafos de alguns políticos menos visíveis, desde que estes possam colmatar a sua ignorância perante atitudes e comportamentos com carácter de instrumentalização política. É, como se constata, bastante vulnerável àqueles que actuam na sombra, inventando situações catastróficas, males endémicos, acusações infundadas, ..., como que preparando o caminho para o que vem a seguir, não se sabendo bem quando, mas cujo acto já está "tramado". A um JMF, funcionando como "Patrão" de um jornal que é lido pela classe portuguesa mais esclarecida, pede-se que seja inteligente e que, em vez de "piamente" repetir as asneiras lançadas para o ar com grande estrondo, reflicta sobre análises feitas por organizações desvirtuadas dos seus propósitos iniciais, como é a Sedes. A demonstração, por JMF, da sua fraca cultura histórica leva-o a reproduzir disparates que se destinam a manter o Povo sob o efeito permanente de um "medo aterrador" para que o rebanho possa continuar a ser controlado. Claro, outra coisa não faz do que comportar-se como um dos "lambe-botas". No momento em que o governo quer lançar a sua mensagem estabilizadora da sociedade, penso que no intuito de gerir expectativas, porque é politicamente legítimo que o faça, ainda que se queira dizer que o país está mal ou menos mal, eis que surge o contrapoder, com a graça de Deus, a profetizar a desgraça; vem aí uma catástrofe. JMF, sendo o bobo, repercute todas aquelas pseudo-análises que meia dúzia de papa-açordas são coagidos a publicar, sob pena de serem excomungados. Saberá o esclarecido jornalista que sempre foi assim, isto é, quando Deus retomou todo o poder, como foi o caso da revolução republicana? Se acha que esta "acusação" é infundada, o que espera para fazer umas leituras sobre cada uma das épocas semelhantes? Se o fizer talvez encontre algumas respostas para o comportamento do (coitado) Povo Português, em vez de usar os editoriais para reproduzir disparates. Apesar de tudo há sempre uma certa dose de tolerância; sabemos que a independência jornalística anda sempre presa por uma guita.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

FALSA LUTA ANTICORRUPÇÃO

O entretem mediático da anti corrupção não passa disso. Toda a gente se queixa, toda a gente sabe que há, e mais, na surdina do "diz-que-disse" toda a gente sabe quem são. Quem devia saber parece não querer saber disso. Parece um "trocadilho" mas tem muito de verdade. Esqueçam essa luta se ficar de fora o sistema judicial. A magistratura portuguesa não pode ficar no seu cantinho fazendo de conta que as vozes do Zé Povinho não passam de meros boatos. Todos sabemos que sem o seu contributo a legislação portuguesa fica mais pobre e, consequentemente, a justiça continuará solteira. Sem se envolverem nessa "empresa" todos os orgãos com poderes reguladores e todas as áreas políticas da vida nacional que concorram para uma transparência efectiva na gestão da coisa pública, não passaremos da situação em que nos encontramos. Qualquer "projecto" económico, político ou social tem de envolver a assumpção de direitos e deveres, sendo que a responsabilização tem de constar explicitamente. Responsabilizar tem de ter sempre implícitas apreciações e sanções. Senhores políticos, senhores magistrados, orgãos de soberania, o povo pede justiça. Cumpram a vossa missão.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

POBREZA DE PARLAMENTO

De quatro em quatro anos, pelo menos, lá vão os portugueses às urnas para escolherem um Parlamento renovado (?). Supostamente esse colégio de deputados, com mandato popular, deve dar-se ao trabalho de "legislar". Trata-se do poder legislativo por excelência. Pelo menos no "Papel" é assim. Com tamanho rol de necessidades que o País tem de leis actualizadas, leis revogadas, leis rectificadas (se é que estas figuras existem), ..., no fundo leis que adaptem este país do "Primeiro Mundo" às exigências do século XXI, e que sejam o suporte e a reposição da "Justiça" e de tudo o mais que incumba a um parlamento moderno. Então, o que faz de mais visível a nossa Assembleia da República? Campanha eleitoral permanente! Não há partido representado no Parlamento, nomeadamente os mais pequenos, que não queira governar a partir daí, como se tivesse sido esse o mandato recebido do eleitorado. O Secretário Geral de um qualquer organismo disse ... Disse? Venha cá o Ministro explicar-se. Há suspeitas que um objecto alado passou ..., clandestinamente... Há suspeitas? Venha cá o Ministro da tutela confessar-se. Um jornal noticiou que ... Noticiou? (não interessa se a noticia é ou não verdadeira) Venha cá o Minisro dar explicações (perante alguns deputados). Há suspeitas de irregularidades em certos organismos (ainda que privados)?Venha cá o seu supervisor ou quem detem a tutela. Uma ala da função pública protesta (provavelmente porque estão a mexer na sua quietude)? Venha cá o Ministro da tutela para interrogatório É necessário combater a corrupção? Sim! Vai algum Ministro explicar-se? Mas isso faz sentido? Como é que se combate ... Seria muito problemático. "Nim"! Afinal que trabalho faz o Parlamento que elegemos para nos representar nesse hemiciclo onde se debate a coisa pública? Quando não vão políticos, geralmente membros do governo, ao "confessionário" desse "santo ofício parlamentario-mediático", criam-se comissões de inquérito para investigarem os assuntos, alegadamente polémicos. É uma forma, ilegal, de os deputados se imiscuirem em áreas que pertencem a outros orgão de soberania ou de descerem a um baixo nível, atribuindo-se funções que não lhes estão cometidas. Os deputados não são policias. Chega-se a duvidar que os eleitos tenham plena consciência de quais as funções do Parlamento. Para além de factos que suscitem as atenções mediáticas nada mais chega ao Zé Povinho de relevante que tenha saído da Assembleia da República. Que pobreza! Que inutilidade! Os portugueses têm de passar a preparar-se para elegerem pessoas que, supostamente, estejam aptas a desempenharem um papel legislativo que seja eficiente para o funcionamento normal de uma democracia do princípio do Terceiro Milénio, em vez de se deixarem influenciar apenas por propagandas sem sentido.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

AJUSTIÇA EM TRIBUNAL

O programa RTP Prós-e-Contras levou, na última Segunda Feira, 11/2/08, a justiça portuguesa a tribunal público. Houve queixosos, advogados de defesa, acusadores públicos, esgrimiram-se argumentos, culpou-se o Estado, culpou-se o Sistema e, por fim, a culpa ficou solteira. Apesar da discussão entusiasmante, nada de lá saiu que o Zé Pouvinho já não soubesse. Ficou a impressão que havia magistrados "á rasca" dando a impressão de não saberem o que responder ou como tornear as questões, se bem que fosse necessário preservar segredos. Quem se apresentou a julgamento? Parece que magistrados e advogados em causa própria, pois não são eles que administram a justiça? Se os magistrados não sabem responder aos enviesamentos do sistema, que dirá o cidadão? Há medo de imposições exteriores ao sistema? Ninguém duvide! Mas então que justiça podemos esperar desta democracia mesclada? Como chegámos aqui? Alguém, no fundo, sabe o que aconteceu, o que fez para baralhar todo o sistema mas, essa invisibilidade terá de ficar como está; o veículo não é autorizado a pronunciar-se. Devíamos ao menos saber quando e como o sistema começou a ser emperrado. Quando se diz que os juizes não podem ser dependentes, o que é da mais elementar observância, ficamos a saber que, de facto, alguma dependência há. Mantendo-se a actual relação de forças (políticas) visíveis ou não, o sistema judicial português chegará algum dia a libertar-se de espartilhos? A morosidade ... está nos tribunais de 1ª Instancia? Claro! O prevaricador (invisível) sabe por onde começar. Os séculos de experiência valem muito. O que é certo é que ninguém sabe "quem" provocou o entupimento do sistema, ou ninguém quer saber, no entanto esse "quem" sabia que era mais fácil retomar o poder provocando o caos. Acorda meu bom Povo.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

A REALIDADE E OS VESGOS

Sobre a conjuntura política portuguesa, dizem alguns comentadores e colunistas: "o bom povo já anda na rua à espera que apareça um ditador ou um Salvador, venha ele donde vier". Que estranha forma de começar a preparar o povo para o que se quer que aconteça, não se sabe quando, mas algo antidemocrático. Outros insinuam que subterraneamente se instigam certas forças para o "ensaio" (?) de um golpe de estado. Bem, ou é coisa moderna, adaptada aos dias de hoje ou, quem insinua, esqueceu-se que estamos no Século XXI. O General Garcia Leandro, com todo o seu pontencial de conhecimentos militares, certamente que sabe ajuizar o perfil de quem insinua tais palermices. O que não se sabe é como seria tomada uma tal atitude anti-democrática para que pudesse ter êxito. Que chatice, esta União Europeia não deixa fazer golpes como antigamente. Seja o que for que esteja para surgir, golpe de estado ou Salvador, não terá sido sempre assim, a seguir a uma rebelião popular? Já ninguem se lembra mas os escritos deixados pelos comentadores e cronistas de cada época sempre apontaram pistas para que pudessemos bisbilhotar nos corredores bafientos, os que sempre guardam alguma coisa daquilo que, a coberto de um "Teísmo impune", sempre prepararam os caminhos para, passados alguns anos após as revoluções, destruirem tudo o que à sua revelia havia sido construido ou mesmo que apenas tentado. O que não se percebe bem é que, tendo a revolução do 25 de Abril começado a ser destruída passados dez anos após esse acto de liberdade, já lá vão mais vinte e poucos. Tudo tem estado a ser destruído. Que outro acontecimento estará para chegar? Bom povo português, cuidado com as cantigas e as vozes desafinadas. É necessário saber se o poder está, de facto, concentrado naqueles que, democratimente, o deviam ter. Nada acontece por acaso e analisar a realidade de "pernas para o ar" é como ver o mundo às avessas. Tentações miguelístas sempre as houve. Cobardia também. Cuidem-se.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

OS OLHARES DO ZÉ

Diz o povo, sabedoria popular Que a Natureza há-de sorrir Àqueles que a querem servir Admirando-A, com vivo olhar As veredas, os rios, as sombras Proporcionam paisagens idílicas Recordam as passagens mais ricas Onde, da infância, são as montras As águas, o casario, as pontes São retratos, modelos na paisagem Para o lazer, as naturais miragens Para os pincéis, da beleza são fontes O prazer de desfrutar uma paisagem Faz feliz a quem lhe surge a lembrança Dos dias livres, dos dias de criança E, esse sorriso, não é apenas miragem Mais vale uma paisagem que mil palavras.