quarta-feira, 30 de setembro de 2009

---------ESCUTAS, OMISSÕES E INTENÇÕES ...----------

Enfim, a comunicação que se esperava! Acordos? Tudo indica, agora, que existiam ... e por isso, se os houve, acordos são acordos, tudo bem durante a sua vigência. O governo que vier já não passeará na praia como em águas algarvias. O ambiente aquecerá de modo a não se poder andar descalço, como se as (erradamente) chamadas "alterações climáticas" tivessem começado por este "cantinho" europeu. Na legislatura que agora termina não foi percebida, até ontem, qualquer palavra menos abonatória que "implicasse" o governo, fosse no que fosse. Para a próxima legislatura o mote está dado: o governo que vier terá a sepultura à espera para quando for oportuno. A quem interessar, tenha isso em conta. O que terá acontecido para que viessem à superfície problemas como as "escutas" em época eleitoral? O assunto não é claro nem foi esclarecido pela comunicação ao país. Logo o problema será mais profundo do que parece. Ventos alísios fora de tempo são mau augúrio. O que parece não vir à superfície são os cozinhados, lenta e progressivamente, nos caboucos da construção dos factos que influenciam e moldam o consciente (e subconsciente) colectivo. Escutas haverá sempre e, ainda que pareça não vir a propósito, lembremo-nos da religiosidade do Povo Português que, segundo se diz, tem uma maioria de noventa por cento. Portanto, Deus está em todo o lado, logo não haverá lugar que não possa ser escutado. O problema será, apenas, o tempo correcto para se falar nelas, além do modo como agimos quando detectamos que elas existem. Estou convencido que Deus não gosta de irritações por nos toldarem o espírito. Problemas com apoiantes, e da área política do Presidente, deram brado recentemente na comunicação social, relativas a comportamentos pouco favoráveis a quem quer permanecer imune a quaisquer actos menos lícitos ou a guerrilhas partidárias. A irritação manifestada é estranha, pois essas guerrilhas deveriam ser consideradas de menor importância. Não sendo assim, e para quem quiser perceber, a bonomia acabou, o que é perceptível na frase "... o partido do governo...", em tom irritado. Quando a água começa a ferver na panela há o risco do borbulhar da fervura fazer saltar a tampa se o lume não for contido em limites ajustados à sua contenção. O certo é que a tampa saltou e, agora, para retomar o caminho correcto só perguntando ao Povo quem quer nos órgãos administrativos da coisa pública, TODOS os dependentes de eleição, sem excepção.