terça-feira, 27 de janeiro de 2009

OS PRÓS, OS CONTRAS E OS "APÓS"

A frustração televisiva das Segundas-Feiras. Escolhe-se um tema para um programa televisivo de grande informação (?), como o da última Segunda-Feira, para se falar da "crise e quais as possibilidades de sair dela". Convidam-se o Ministro da Economia, deputados de alguns partidos, "agentes" das PME, sindicalistas, etc.. . 1 - Como afirmava o título propagandístico para as "filmagens" do dito programa (o espectáculo teria de gerar controvérsia ?), tratar-se-ia de saber se os "agentes" das PME tinham alguma estratégia para enfrentar e sair da crise. Falou-se de quê? De subsídios, pois claro! O Estado é o culpado da crise que nos entra todos os dias pelas fronteiras adentro e, nomeadamente, não acabando com os impostos. São uns malandros, e assim vão destruindo o tecido empresarial português. Que visão empresarial sobre a crise! Admirar-me-ia destes empresários portugueses não fora estar habituado a esta "lengalenga" do costume. Mas, qual a estratégia comercial ou outra? Não há! O Estado não cria condições mas, o que são, nenhum empresário sabe concretamente. Subsídios, facilidades ...? E as empresas, perante estas condições de mercado, que estratégias? Não há! Subsídios ... . 2 - Os deputados, o Ministro, os sindicalistas, os empresários ... falaram de quê? Quanto aos deputados a charada do costume; "o teu é pior do que o meu ... Têm sempre uma coisa a dizer, sempre pela negativa, e nada que tenha a ver com o assunto. O Ministro? Ouviu, referiu alguns aspectos de lugar-comum e, mesmo que alguma coisa tivesse a dizer sobre economia, também não lhe perguntaram. O sindicalista? Sempre, sempre a mesma coisa. Está perdoado. Cada um é para o que nasce. Sabemos que não percebe nada de economia. Os empresários? Nunca se chega a perceber se falam mal do governo porque são da oposição ou se pensam que pressionando pela negativa obtêm a desejada redução de impostos ou as tais facilidades que não sabem bem explicar. Como se gere uma empresa perante uma crise que continua a entrar-nos diariamente em casa e apregoada aos sete ventos? Nada! Impostos ...? Subsídios ...? Condições ...? Claro que não faltou, como era de esperar, a tentativa de dar umas "estaladas" no ministro, aquele malandro ... De certo modo é bem feito, para ele não se submeter às charadas de televisão à Segunda à noite. A jornalista? Como sempre, não há melhoras possíveis. E quem vê em sua casa o programa, à espera de ouvir alguma coisa que chegue a interessar, em relação às expectativas de evolução ...? Uma frustração completa. Mas, como diz o Povo, uma desgraça nunca vem só e lá estava a jornalista para, como é costume no seu programa, irritar quem vê, de pantufas no seu sofá, com as suas interrupções sem pés nem cabeça, sempre fora de contexto, a finalizar as intervenções dos convidados com palavras suas, parte das vezes falando ao mesmo tempo dos interventores, quase tocando as raias da má educação. Nunca aprendeu o que o Povo ensina; "quando um burro zurra o outro abaixa as orelhas". Outras vezes o sentido da sua interrupção é para arranjar polémicas entre facções (políticas) quando os programas se destinam a esclarecer ... . Em resumo, para quem esperava alguma coisa de novo ou simplesmente esclarecimentos sobre certos aspectos da crise, sente uma tremenda frustração. Os "agentes"(?) das PME dão mostras de mal perceberem de economia, talvez tenham uma vaga noção ou alguma vez ouvido falar ... Os sindicalistas, se uma verdadeira noção de gestão de uma unidade económica lhe traria benefícios, a si e aos empregados por conta de outrem que dizem representar, passa-lhes ao lado. Desta vez até foram mais mansinhos para o governo, talvez sinal de que não há por aí congressos ... Os deputados, já sabíamos, não falam de economia. O Ministro não falou de economia. A jornalista lê umas coisas, superficiais, para fazer o programa, que o mesmo é dizer que não percebe nada do assunto, facto que é bem evidente nas suas interrupções. E qual é a sensação após o estéril debate? O Povo, mais uma vez, acaba por ter razão; "quem te manda a ti sapateiro ..." .