terça-feira, 29 de maio de 2012

----------- OS SETE MAIS UM ----------------


                             RICOS E PODEROSOS

Este ano a cimeira do G8, que reuniu do outro lado do Atlântico, parece ter regredido quanto à sua foto de representantes em que a Rússia terá participado apenas como “observador”; o G8 voltou à fase do G7 +1, além do particular entre o americano e o francês.
Este retrato, entre Obama e Hollande, com o dólar versus euro a incomodar as almofadas dos so­fás, pode significar que nos EUA há duas fações que se guerreiam no campo político e monetário e na sua vertente externa.
Por um lado os norte americanos necessitam do maior mercado consumidor do mundo, a União Europeia a 27, que existe do lado de cá, para revitalizarem a sua economia, e por outro querem aca­bar como o euro para segurarem a hegemonia da sua moeda. Quem vencerá e qual o reflexo para o exterior?
Se os norte americanos continuarem a destruir a economia europeia, existindo alguma “força” deste lado deve ser-lhes dito que a União Europeia terá de deixar de colaborar com a política exter­na norte americana, seja qual for o pretexto que evocam para tal, nas suas necessidades de interven­ção militar, por exemplo, para debelar focos de terrorismo, ainda que a insegurança ameace todas as democracias e a paz mundial, tema muito caro para a Europa Ocidental.
O retrato atual entre as duas potências parece uma daquelas fotos antigas, a preto e branco, em dias de inverno muito nebulosos. As duas potências são as principais componentes da NATO, onde há décadas colaboram num esquema de defesa que até agora parece ter sido eficaz, no entanto uma agride a outra, na tentativa de levar o povo desta à miséria porque aquela quer destruir a moeda que ameaça a hegemonia do dólar. Acordos por cima da mesa ataques destruidores por baixo.
Intrigante! Trata-se de uma declaração de guerra intestina. Terá sido tudo bem ponderado?
Em que era estamos? No início do século XXI, ou regressámos ás primeiras décadas do século passado, em que o poder ainda se rebelava pelo alargamento de fronteiras, numa espécie de fobia para constituir impérios territoriais, submersos nas fronteiras do império católico romano, onde os povos eram submetidos à mais baixa e nefasta das escravidões e do desprezo?
Os norte americanos terão esquecido os seus pais fundadores?
Se um dia vos exigido o pagamento dos prejuízos causados à União Europeia e indiretamente a outros países, como consta nas convenções internacionais, onde vão buscar essa montanha de dólares?

20/2/2012.

A EFICÁCIA NECESSITA TEMPO

A crise das dívidas soberanas, que neste momento já se chama abertamente crise do euro, demorou oito anos a preparar.