sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

AS MENTIRAS DE JOSÉ MANUEL FERNANDES

Temos assistido nas últimas semanas a uma guerra de palavras entre alguns jornalistas e os promotores do projecto de modernização do terminal de contentores do Porto de Lisboa. Assistimos a uma espécie de investida, num programa de televisão, de um "jornalista escritor" contra o projecto, com tal fúria que mais parecia um imaginário dragão" a cuspir fogo pelas ventas, com palavras sem nexo e justificações esfarrapadas. Claro que deu em nada! No dia 18/12/08, aparece o director do público, no seu editorial, com outra investida, desta vez com uma (sua) pretensa sondagem aos habitantes ribeirinhos da zona. Mas, quais habitantes? Os da chamada zona ribeirinha que no local não existem ou os frequentadores (nocturnos) dos bares "gay", esses sim existentes na tal zona ribeirinha. Quer-me parecer que JMF está a tentar tapar um buraco. Miguel Sousa Tavares não conseguiu, com a sua "fedosca" intervenção a que assistimos na televisão, dizer alguma coisa de jeito que pudesse justificar o injustificável, a fim de parar o projecto. Foi então a vez de JMF escarrapachar no editorial do seu jornal, perguntas a moradores que não existem. Com vista para a zona ribeirinha onde se quer modernizar o porto há moradores? Há! Mas na encosta e para lá dessa zona ribeirinha desde a Rocha até Alcântara-Mar, onde não existe qualquer ligação à zona portuária. Aliás, todos os lisboetas sabem que entre o tal bairro de moradores (Lapa?) e o Cais da Rocha há uma via rodoviária com duas faixas para cada lado, a Avenida 24 de Julho, mais a linha de caminho de ferro Lisboa-Cascais. Portanto, a "estória" dos moradores da zona é uma "mentirola" muito mal engendrada. Mas porque não negoceiam os próprios visados, com interesses "nocturnos"na zona, directamente com as entidades oficiais, em vez de encomendarem a "testas-de-ferro" dos jornais a tarefa ..., ainda que muito conhecidos do "Zé-Povinho", mas que apenas dizem ou escrevem asneiras? Numa coisa JMF tem razão; Lisboa é inimaginável sem o seu "ancestral porto" modernizado, com a criação de riqueza que lhe está associada. Sim! E para utilizar uma expressão popular, "é mais que verdade". Então tire daí as conclusões deixe-se de "lamechices" sem-pés-nem cabeça. Quanto aos comentários sobre previsões de carácter económico nem vale a pena comentar. Nem parece que JMF esteja avalizado para tal. Há outras zonas potenciais no estuário do Tejo para zonas portuárias? Há! Então porque não mudam para lá os bares "gay"? Mas quem serão esses senhores para que a modernização do país se sacrifique pelos seus bares? Meus senhores, tenham "tacto"! Deixem Lisboa desenvolver-se. .

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O NOVO PARTIDO

Aquilo que já se esperava vai surgindo, pouco-a-pouco, como uma luzinha ao fundo do túnel. Ao anunciar-se um partido novo, ao mesmo tempo que se desvalorizam todos os já existentes, logo se adivinha que vem a reboque alguma intenção, não de- clarada, de áreas pouco confessionais, em política. O MEP, Movimento Esperança Portugal aí está. À partida muitos leram "esperança" como "salvação", não se enganando muito, uma vez que, pouco-a-pouco, a natureza desse partido se vai desvendando. Só nos faltava isso no nosso leque partidário para que a democracia do século XXI não ficasse desprovida da respectiva "tareia" religiosa. Ao apresentar-se aos média logo se posiciona na área dos dois maiores parti- dos. Obviamente! É aí que pode ir buscar o maior número de votos e, também, onde os instiga- dores do evento querem batalhar para que os partidos visados, que nunca ou raramente se confessam, sejam colocados em situação de fragilidade perante estratégias que ultrapassam fronteiras. Qual a primeira candidatura anunciada? Laurinda Alves, claro! Quem é? Provavelmente já só alguns se recordam da discussão sobre a lei do aborto e a posição aberrante que, ela, no fim veio a perder porque o povo não lhe deu razão. Sigam-lhe os intentos, quer do novo partido quer da candidata e depois se saberá se me enganei. É minha convicção que nenhum dos dirigentes do novo partido se lembrou de reler "os princípios de Peter". Quem voa para além dos seus limites nun- ca sabe onde vai aterrar. Arranjem os subterfúgios que quiserem para justificar uma atitude; a polí- tica tem de ser feita com os políticos ou não haverá democracia. .

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A HISTORIA DE J PACHECO "O PEREIRA"

Quando li o título e as primeiras palavras deste historiador, fiquei muito expectante e curioso em ler o texto e disse para com os meus botões-, querem ver que é desta que eu vou concordar com JPP?. Desilusão total! A única citação com que concordei inteiramente foi a referência ao artigo do Professor César da Neves no Diário de Notícias; "o jornalismo em Portugal, em termos informa- tivos (e em português correcto, digo eu) é uma desgraça". Afinal serviu-se apenas de um texto de outrem para um ataque político sem pés nem cabeça. O mérito do artigo de JPP está todo (e apenas) no artigo que o professor escreveu e que o colunista teve o cuidado de colocar em itálico. "A César o que é de César". Quanto ao resto, nem mais voltou ao assunto do título. O seu grande problema foi ter aparecido na conferência o Primeiro-Ministro, em evento que o próprio governo promoveu. Que chatice para JPP; as televisões deram visibilida- de ao chefe do governo e, ele, que até tem (dizem) uma biblioteca com mais de cinquenta mil livros, ficou para ali, abandonado, como um "Zé-ninguém" ... "não se foi embora por- que ...". É curioso! JPP não é jornalista, é historiador, mas pode criticá-los, embora escreva nos jornais exactamente como eles. E esta? É também curioso verificar que certas pessoas a quem a televisão deu uma certa visibi- lidade, passaram depois a ser remunerados tal como os jornalistas, embora se intitulem outra coisa, não vá a igualdade atingi-los. Zé PP, a intenção do artigo era a crítica aos jornalistas ou contra a visibilidade do Primei- ro-Ministro? Sem querer desenvolver aquilo que me parece ser o perfil de um historiador a escrever, parece -me, no entanto, que a biblioteca ficará para quem a queira estudar e interpretar. Fico muito admirado quando um historiador apenas se refere ao presente. A raiva política ter-se-á sobreposto à história? No final do artigo arma-se em militante ... Sabendo que a sua raiva a todos os que obtêm mais protagonismo lhe pode prejudicar a imagem, antecipa-se aos leitores; olhem que eu sei o que vocês vão pensar ... A partir do Público de 6/12/08, pág. 45. .

domingo, 7 de dezembro de 2008

ANÁLISE DO DIRECTOR

Editorial do público de 5/12/08. ... as origens dos portugueses ... Quereria JMF dizer exactamente o que disse? Quando diz que ..."Era bem melhor termos ficado com os mouros e os judeus, pois teríamos preservado a heterogeneidade geradora do progresso que tro- cámos por este nosso amorfismo acomodado" (sublinhado meu), o que quer dizer concretamente? Nós, os que somos do sul, já sabíamos! Temos conhecimento das nossas raízes e sentimo-nos bem com isso. Duvidamos do amorfismo colectivo. JMF é que, parece, utiliza a realidade agora reconfirmada sobre as origens, é uma novidade para ele, com um "tradicional sentido católico depreciativo" ..., dando a ideia de ser muito pouco inteligente, o que eu não acredito, a escrever num jornal para muitos milhares lerem. Terá ele meditado bem no que escreveu? Sentir-se-á bem sentado no lugar que ocupa? Sempre apreciei quem se pronuncia, sem medo, sobre as realidades intrínsecas dos portugueses ... Pode ser que não tenha medo da excomunhão; ou por ignorância histórica ... É que uma realidade que levou quase quinhentos anos a destruir (e a moldar) não seria agora ressuscitada pelo director de um jornal sem a respectiva censura confessional. Intrigante? Em outros momentos muito me admiraria se o céu não começasse a desabar. Mesmo assim, pelo que escreveu, felicito-o porque "dos fracos não reza a história". Se se decidir fazer outra leitura, mais atenta, do carácter dos portugueses, seja qual for a sua região, vai ver que se acabam os "pessimismos" e outras "parvoíces" sobre o "destino" dos portugueses. Já quanto aos "cristãos vindos do norte" ... não o apoio. Ter-se-á esquecido que todos os caminhos vão dar a outro lado? Sugeria-lhe que aprofundasse melhor os seus conhecimentos sobre o cristianismo do sul. Já agora, porque fez, e muito bem, referências a varias publicações, não se esque- ça de ler ,ou reler, as "Conferências do Casino". É um acto de liberdade jornalística referir o que em tempos foi proibido (censurado). Uma coisa lamento, embora saiba que tal situação é comum a quem escreve, nomea- damente, em periódicos: o prevaricador (há quem diga vencedor), nunca é referido seja qual for a situação, no entanto, sabemos quem, a todo o momento e desde que somos Nação, moldou e vai continuar a moldar a sociedade portuguesa. Amorfos? Uma ova! A não ser que se esteja a referir aos jornalistas. ... depois chamam-lhe nomes ... ...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O LADO BOM DA CRISE FINANCEIRA

Em 2007/2008, o mundo passou por uma expectativa muito má, especialmente para a maioria dos países, entre os mais pobres e emergentes. O aumento (artificial) do crude que ameaçava desestabilizar (e descontrolar) to- das as economias, nomeadamente as mais dependentes do petróleo, ameaçando, por essa via, o aumento geral dos preços, o desequilíbrio nas produtividades gera- is, além do baixo nível das expectativas dos agentes económicos e os consequen- tes aumentos do desemprego. Os anúncios da utilização dos produtos alimentares para o fabrico de combustí- veis ameaçava fazer (e fez) subir os preços das "commodities" mais de 50%, o que, na maioria dos países cujo comércio se baseia nos produtos agrícolas e pe- cuários, e em toda a população consumidora mundial, deixava um rasto de in- tranquilidade e péssimas desconfianças, quanto a esse aumento dos preços e a distribuição de alimentos em condições humanamente aceitáveis. Durante esta fase, nos EUA ter-se-ão criado mais alguns multimilionários visto que as multinacionais norte americanas controlam mais de 70% do comércio mundial do petróleo e têm efectivo "comando" sobre o andamento dos mercados dos preços agrícolas. Essa subida dos preços internacionais das "commodities" e do petróleo quase em simultâneo, com a desvalorização (artificial) do dólar, terão dado oportunidade a grandes transferências de "lucros" para interesses dos EUA, nomeadamente em euros. Mas há mercados que, sendo quase totalmente fictícios, não "suportados", ao me- nor "descuido" revelam-se catástrofes tremendas; "a bolha bolsista" rebentou nas "mãos" ... em Wall Street. Sem uma base real, esses mercados quase totalmente desregulados, afundam-se sem FED que lhes valha. Esta tempestade financeira que alguns apelidam erradamente de recessão econó- mica, nomeadamente jornalistas querendo lançar "trovoadas" sobre as populações com intuitos de enervarem a opinião pública, algumas informações sem nexo e bara- lhando em vez de esclarecerem, escarrapachando nos seus periódicos uma boa dose de analfabetismo militante na área da informação económica, acabou por ter o seu reverso e veio a repor os mercados, que estavam a ser manipulados, no devido lugar. Assim, o dólar norte americano deixou de desvalorizar-se, quando a percentagem de descida já se revelava escandalosa, e voltou a aproximar-se do seu real valor, como principal moeda base das trocas internacionais. Os preços do petróleo voltaram a baixar, aproximando-se de um valor mais ajus- tado às necessidades de desenvolvimento e equilíbrio da economia mundial, nunca tendo atingido os valores altíssimos que os "cães da pradaria" haviam anunciado, duzentos dólares, preparando os agentes económicos e a opinião pública para esse patamar. Até a "natureza" económica tem destas coisas; quando se sente desrespeitada em absoluto, num ápice repõe a sua verdade. Não há bolha que sempre dure. Os preços dos produtos de base agrícola retrocederam, fixando-se em níveis mais próximos dos valores em que se iniciaram as especulações quer bolsistas quer pela influência dos biocombustíveis. Nem tudo regressou ao seu sítio. Os preços da habitação eram insustentáveis em todo o mundo ocidental desenvolvido. Este problema mantém-se, apesar da crise apelidada de subprime, nome pomposo, sem que os preços desçam em todo o lado, isto é, sem que o mercado dê sinais de funcionar como devia. A teoria económica, no que se refere à oferta e à procura diz que, se esta última baixa os preços descem. Mas, no caso da construção em Portugal quer para habi- tação que para comércio, acontece o contrário. A procura está a descer há cerca de três anos, diz-se que não há quem queira ou possa comprar casa, mas os preços não baixaram nem um cêntimo. Prova evidente que há uma espécie de cartel que funciona, provavelmente ajudado pelos bancos. Quando um mercado não funciona correctamente alguma "coisa" está a actuar so- bre as suas variáveis. A crise financeira partiu dos EUA e, embora possa ter reflexos na chamada econo- mia real a nível mundial, essa eventualidade pode ser contida e menorizada. Bas- ta que a informação chegue correctamente à opinião pública mundial e seja escla- recedora. Por enquanto as classes menos favorecidas, a nível global, já beneficiaram com o "estoiro" da bolsa norte americana. Os preços que ameaçavam desestabilizar os bolsos dos mais débeis voltaram a descer. Mas há uma nota importante que deve ser tida em conta. Não se trata de uma crise capitalista no seu todo e no sentido efectivo do termo, como muitas vezes se escreve. Esta crise financeira foi um episódio localizado ali para as bandas de Wall Street, embora com reflexos em todas as ramificações mundiais. As insti- tuições capitalistas mantém-se intactas a nível global. Não se vislumbra "nova ordem" e já estarão a preparar o caminho para uma no- va bolha. Enquanto dura "alguém" é beneficiado. .

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O 1º "DESEJADO" GLOBAL! OBAMA?

Quando nos EUA se procedia à escolha dos candidatos, os republicanos que não tiveram, aparentemente, problemas na sua escolha, decidiram-se por um velho guerreiro, McCain. Em contraste, os democratas demoraram a escolher o seu candidato, expla- nando argumentos entre Hillary e Obama, como se de uma eleição geral se tratasse. Os republicanos, como não tiveram o tempo geral de antena, em campanha para as primárias, devido à rapidez de escolha, jogaram com esse hiato de tempo para influenciarem a escolha do adversário, candidato à Casa Branca. Dizia-se nos bastidores que, se Hillary fosse a candidata dos democratas, uma parte dos republicanos iria votar nela por não se reverem em McCain. A estra- tégia passou então a ser a desacreditação de Hillary porque também se dizia que, se Obama fosse o candidato, muitos democratas não votariam nele devido a sentimentos rácicos. Tudo parecia decorrer de feição para os republicanos não fora a sempre des- prezada "variável" tempo que tudo pode modificar, difícil de prever e muito menos de controlar, quando esta resolve alterar a linearidade dos acontecimen- tos previstos e debitar factos novos para a cena política. O imprevisto (para a maioria) rebentamento da "bolha" aí está para amenizar as euforias. Quando o "balão" rebentou fez mais estragos de um lado do que do outro. A desmedida euforia bolsista que produzia multimilionários suportados em coisa nenhuma, embora se diga que afectou todos os americanos, quer de uma quer de outra facção política, feriu de morte a ideologia republicana, partidária da li- berdade total dos mercados. Todos estes acontecimentos, largamente difundidos pelos média em todos os países, fizeram aparecer o primeiro homem que o mundo inteiro deseja ver à frente dos destinos de um país, como se se tratasse da primeira eleição global. Agora que se aproximam as eleições, sejam quais forem os resultados, nada de bom se seguirá para os republicanos. Se McCain ganhar (da secretaria nunca se sabe o que vai sair) obtém em simul- tâneo uma vitória e uma derrota para os republicanos: a vitória gisada estra- tegicamente para que Obama fosse o candidato dos democratas mas um rom- bo enorme na sua ideologia, e credibilidade, já consagrada pelo desmoronar dos sistemas de mercado sem um mínimo de regulamentação. Se Obama ganhar, os republicanos averbarão três derrotas em simultâneo: uma pela estratégia de apoio (durante as primárias) a Obama contra Hillary e outro pela eleição do próprio Obama. A terceira verificar-se-á sempre, já referida, relativa às teses republicanas para a economia e mercados. Não sen- do de desprezar as suas teses de guerra retrogradas. Doravante nada será como dantes no "reino" daquele império bélico, até por- que essas tropelias republicanas acabaram por acelerar uma revolução global: o acentuar de uma multipolaridade nos poderes mundiais. O que irão fazer os norte americanos com este mundo problemático do qual foram os principais obreiros? .

terça-feira, 7 de outubro de 2008

É A BOLHA ESTÚPIDO

Nesta fase de incertezas sobre a dimensão da crise financeira dos EUA, que a Europa dos quinze, os da União monetária, não se esqueça que tem uma missão a cumprir; a defesa da sua moeda. Esta missão deve ser pensada dia-a-dia tendo em atenção que a defesa do euro é im- portante por este se ter tornado um pilar influente da economia mundial. A defesa da moeda europeia implica que se tenha em conta que aquele excesso de libe- ralização levou à implosão de uma bolha financeira que nada teve a ver com a economia real. O que é puramente especulativo deve ser resolvido entre muros, sem sanções ou com as que entenderem por bem, mas nunca fazendo do resto do mundo uma cambada de estúpidos que tenha de resolver os problemas de uma grande potência económica que "apenas" se dedicava a aumentar o seu número de multimilionários à custa de um jogo financeiro sem qualquer ligação a processos produtivos. Os norte americanos devem resolver, internamente, os problemas que criaram. Para mal já bastam aqueles que fizeram reflectir em outras economias mundiais. Quando obtinham as chamadas mais-valias bolsistas não se preocupavam em distribuir pelo resto do mundo, nomeadamente quem mais necessitava, apesar de não se esperar que a ganância especulativa se tivesse de preocupar com solidariedades. Toda a estratégia dos EUA neste momento é levar outros países, nomeadamente a Eu- ropa, a pagarem a factura, absolvendo os (seus) prevaricadores de qualquer sanção. Sa- bemos que há sempre alguém que paga, que não é culpado e nem sequer sabe o que aconteceu. Se for necessário a Europa deve lembrar a esse gigante económico que um dia um dos seus dirigentes chamou a atenção; "é a economia estúpido". Agora, sem que a atitude constitua qualquer tipo de retaliação pelos presentes danos causados, lhe diga; é a bo- lha estúpido. Os EUA devem convencer-se, como dizem os seus "experts", que o mundo deixou de ser unipolar e a segunda metade do século vinte já lá vai. A Europa poderá vir a ter grandes problemas se não souber jogar nos dois pratos da balança e cair na tentação de, levianamente, tentar salvar o defunto. O aviso já foi dado: a última queda mundial das bolsas, sem justificação cabal. Basta que os estrategas em acção concertada mandem retirar os capitais das bolsas para criarem problemas graves aos mercados mundiais. Não se esqueçam, também, que quem sai do mercado repentinamente sem justifica- ção vai ter necessidade de reentrar. Por isso, o problema criado será minimizado se houver a calma suficiente e actuação sem pânico. Os europeus devem questionar-se se devem socorrer, monetariamente, instituições financeiras de países que, quando confrontados com a criação da moeda única, princi- palmente a Inglaterra, nem só a rejeitaram como colocaram todos os obstáculos à sua organização. As correias de transmissão entre os EUA e o seu país filial da Europa não se quebraram durante o retardamento da conclusão do SME. E agora? É o SME que vai pagar a factura? A Europa dos Quinze deve unir-se em torno da estabilidade da sua moeda e os outros doze afinarão a sua música pelo mesmo diapasão se assim o entenderem. Se são defen- sores do tal liberalismo desregulado norte americano, que se lhe juntem e deixem a "zona euro" seguir o seu caminho. É relevante assistir à situação daqueles países que recusaram entrar na moeda única e, agora, "aqui ó Deus Euro nos acuda", sós, podemos ter problemas. O erro dos "Quatro"foi, de facto, terem no seu seio, um subordinado incondicional dos EUA, em vez de se reunirem a quinze. Nunca é tarde para reverem o caminho. .

sábado, 13 de setembro de 2008

O IMBRÓGLIO DOS ESTATUTOS DOS AÇORES

"Da confusão nasce a luz". Com esta espécie de ciranda à volta dos estatutos dos Açores, ora agora dizes tu ora agora digo eu, sem que nada, em concreto, se clarifique, começamos a desconfiar de processos de intenção. O PSD votou a favor dos respectivos, quando da votação no parlamento! O seu silêncio à volta de toda esta polémica (mediática) faz-nos desconfiar que estava convicto que desse modo iria provocar instabilidade entre o PR e o PS. Também sou invadido por algumas dúvidas: o PR também saberia do que se iria passar? Terá avisado os seus "companheiros de partido", antes da votação, do que tencionava fazer depois? Ou não há vias de comunicação entre o PR e o PSD? Tenha ou não sido assim, as coisas não encaixam muito bem. Seja como for nunca me passaria pela cabeça apelidar os deputados do PSD de alguma burrice política, até porque, o mais provável é que a ingenuidade esteja toda do lado socialista. Um dia o PS terá de acordar e tentar saber quem, internamente, trabalha pa- ra a desestabilização, além de dar mais atenção ao comportamento dos adver- sários políticos. O PR não quer ter a "chatice" de ouvir todos aqueles ilhéus num hipotético caso de dissolução do parlamento açoriano? Será que se pensa aplicar uma tal medida de política num futuro próximo? Senão porquê tanta polémica? A imprensa, na sua generalidade, demonstra querer destruir o executivo na- cional, tentando criar-lhe problemas, desestabilizando-o com tudo o que apa- rece, divulgando sempre qualquer coisa com sentido destrutivo. Os olhos e os ouvidos dos socialistas continuam de "férias" durante quanto mais tempo? Acreditarão eles em milagres? Algum apoio de clubes como o de "Madrid" ou de outros menos conhecidos? Alguns socialistas que se julgam bem informados dormirão com essa ilusão. Não se cuidem não! .

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O DOPING - DROGA DESPORTIVA

Ainda e sempre o objectivo do êxito. Como uma luta entre religião e ciência, os métodos de influenciar resultados desportivos por "meio" de anabolizantes continuam e tomam novas formas, adaptando-se e fugindo aos métodos de controlo do momento. No decorrer da história, a religião adapta-se aos eventos que vão surgindo, tornando seus esses avanços científicos como se estes fossem estacionar em determinado ponto no Tempo. Mas a ciência é como o vento; não pode parar senão deixa de o ser, nem se sabe concretamente donde vem nem de que lado sopra. Hoje os controlos de dopagem estão a funcionar efectivamente em quase todas as modalidades desportivas mas sobre aquele doping que se destinava a influ- ênciar o potencial de força ou velocidade de um atleta sobre os outros. Quase que se nota "à vista desarmada" que essa influência se faz nos dois sentidos, isto é, tanto pelo aumento das capacidades de certos atletas como para debili- tar as capacidades dos concorrentes. Tudo indica que as entidades que controlam os processos de doping estão lon- ge de perceberem o que se passa em algumas modalidades, como se influen- ciam os resultados e que métodos se usam. Não existem explicações para determinados comportamentos em provas cujos resultados parecem fora da realidade, uns excessivamente positivos outros pessimamente negativos, nomeadamente em atletas de alta craveira. Quem controla com métodos desajustados no tempo em relação aos avanços científicos, apenas controla o que já caiu em desuso. Métodos obsoletos apenas podem controlar sistemas de dopagem obsoletos. A ciência leva sempre vantagem sobre os dogmas, nomeadamente os que o Tempo corrompe. O fenómeno é sempre aproveitado pelas influências sem escrúpulos. Talvez um dia o "Laser" se torne obsoleto, quem sabe! .

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

ANDAM GAIVOTAS EM TERRA

Neste reino das quimeras políticas... Uns puxam para terra, outros empurram para o mar. E assim vão minando, por um lado, e revelando por outro, o seu próprio sentido "ilógico partidário" com que (dizem) pretendem ser coesos e ter sentido de Estado. Uns já constituíram (e registaram) movimentos políticos que irão acabar em novos partidos para concorrerem às próximas eleições... outros andam a "gri- tar" aos sete ventos, ora que é necessário ser oposição forte ora lançando "ba- ses" para um novo partido. Uns gritam nos pontais que quem não aparece também não é necessário e, ainda que murchos hão-de sobreviver aos desacertos. Outros calam-se, talvez porque o Tempo não está para asneiras ou percebam que quando o galo canta é a horas certas. O povo vai amadurecendo e já percebe quando os "slogans" têm nexo ou aquilo que transmitem faz sentido e se adequa a uma realidade que, não sendo a mais desejada, não há outra para comparação. A pobreza política desincentiva as eu- forias. Se determinados ecos dos bastidores coincidem com algumas tendências dis- cursivas, ainda que pouco perceptíveis, é porque alguma coisa se trama no Rei- no dos fazedores... Os meus amigos sabem ler? E ouvir? Damo-nos conta que as gaivotas estão em terra! Estará para breve a tempes- tade? As que vêm do lado da Madeira ajustam-se às que surgem de outros quadran- tes ... O novo partido será uma realidade que já começou? E o PPD (vulgo PSD), acaba sem mais nem menos? Juntar-se-ão todos num partido presidencial (desejo de alguns) ou a formula de- sagregadora tem mais força e os ventos do norte, empurrando a frente fria lá mais para o sul vai acalmar os ânimos e voltam ao mesmo? Onde irão aos gaivotas da Madeira adquirir o seu sentido de voo? Quando se misturam "pretensos" valores cristãos com movimentos políticos é sempre bom saber de que lado sopra o vento. Resta, também, saber observar os movimentos das gaivotas porque, sempre disse o povo, "aves de mar em terra é sinal de vendaval". Não sei bem o que é mas, que elas andam em terra andam! Haverá ventos constantes para arejarem um partido da direita suficientemente forte? A ver vamos. .

domingo, 10 de agosto de 2008

AS FORÇAS TELÚRICAS MOVIMENTAM-SE

Sopram ventos de quadrantes desconhecidos que deixam no ar ondas de incerteza. Vamos assistindo a notícias alarmantes que, depois, dão em na- da. Destinar-se-ão a criar ansiedade no povo? Primeiro veio a público aquela espécie de análise sem sentido que a Sedes lançou, chamando a atenção para "os problemas que aí vinham". As des- graças anunciadas não aconteceram a não ser as paralisações de camionis- tas com justificações e reinvidicações sem sentido, de tal modo aberrantes que não se chegou a saber se eram empregados a fazer greve ou se eram os patrões a fazer "black out". Claro que a partir de um movimento sem sentido não se chegaria a lado nenhum. "aquela montanha pariu um rato". Recentemente o Pr. da República veio anunciar uma comunicação ao país com grande estrondo mediático e a criar expectativas alarmantes à popu- lação, que mais parecia o início de perturbações na nossa pacata democra- cia. Na rifa saíram pequenas inconstitucionalidades nos Açores. Mais uma vez "a montanha pariu um rato". No meio de tudo isto corre nos meios mediáticos que o Pr. da República anda rodeado de um "aparato" de segurança nunca visto. Mais parecem as deslocações " Kadaphianas" ou "Bushianas". Se aumentam os índices de segurança é porque alguma coisa se passa que o "Zé" não sabe. E nós, portugueses, a lembrar-mo-nos que os dois anteriores presiden- tes andavam livremente pelas ruas, no meio do povo, nas praias, nas maratonas, etc., demonstrando que temos um povo maduro e revelan- do ausência de problemas nesta jovem democracia. Voltando à segurança, do que terá medo o Sr. Presidente? O Pr. da República tem todo o direito de se rodear da segurança que julgar conveniente para protecção efectiva da instituição a que dá corpo mas, essa situação pressupõe que há problemas e aos olhos e ouvidos do povo isso cria insegurança e medo. Há um rol de individualidades que se coloca à boleia do Presidente, com as suas análises mais ou menos incongruentes, inconsistentes e sem qualquer sentido. Uns misturam economia com política, isto é, explicando uma para as- sociar a outra sem que nada de concreto digam e, como as explicações assentam em bases sem sentido saem pseudo análises (LCC). No seu lugar eu não assinaria os artigos como professor universitário. Outros dizem tudo o que pode servir de colagem ao Presidente mas não concretizam nada. Não se sabe em que factos ou leis se baseiam para as suas posições concordantes (JMJ). Ao menos fica escrito que se associaram às desgraças anunciadas. Será que a montanha está grávida novamente? E quem concorda com as posições presidenciais? Apoiantes: Sedes, Ramalho Eanes, Mota Amaral, ... "quem sabe ler que leia". Quem se lhes junta: J. Miguel Júdice, Campos e Cunha, ... significativo. A partir de todos estes cenários surge-nos uma pergunta: senhores eleitos, e não eleitos, que comandam os destinos políticos do país, o que se passa em concreto nos bastidores que nós (povo) não sabemos? Sabemos sim que, quando se atemoriza um povo, alguma coisa está para acontecer. Mas o quê? .

sábado, 2 de agosto de 2008

PRESID. DA REPÚBLICA, PORTA VOZ ...

O anúncio não correspondeu às expectativas do prenúncio. Jornalistas, nomeadamente, esperavam outra coisa, tal como muitos se manifestaram. Queriam, talvez, que houvesse "sangue na arena", o que seria um autêntico achado de ouro nesta quadra de lazer em que, provavelmente, muitos regressariam dos seus banhos de sol para se juntarem ao batalhão mediático de peões-de-brega. O possível aumento de vendas assim o determinaria. Afinal "a montanha pariu um rato". Que sorte marreca. Resta-nos esperar para Setembro, quando os holofotes se reacenderem. Em todo o caso, espanto meu! Porquê interromper as férias ou os seus preparativos, propondo alterações numa lei aprovada por unanimidade na Assembleia da República? Tempo! Ganhar tempo? Se assim foi, lá terá o Sr. Presidente da República feito o frete. A política tem os seus meandros e, quando os bastidores pressionam há que tomar uma atitude. Um cordelinho, esticado, aos partidários do"jardinismo", que o "Sr. Sil- va lá do contenente" pode desfiar, não ficará nada mal, mesmo que, mais uma vez, se favoreçam os inimigos da limitação de mandatos. Espero que o Sr. Presidente da República se lembre que ele próprio tem esse limite. Mas, o cerne da questão está nas eleições para a Região Autónoma dos Açores. Have- rá alguma tentativa de atrasar o processo, remetendo a nova regulamentação para daqui a quatro anos? Seja como for o que me parece é que o anúncio funcionou como um "judas a beijar-se a si próprio", para atender a pressões; eu pecador me confesso. Retoquem e reaprovem lá a lei, mas "dêem corda aos sapatos..." .

terça-feira, 15 de julho de 2008

O DRAMA DO POVO PORTUGUÊS

Professor Artur Anselmo, o problema é o porquê. Todos reconhecem a deseducação do Povo Português. Muitos dizem coisas dos portugueses, verdadeiras ... acontecem no dia-a-dia. Todos discursam ou escrevem que o Povo Português é isto e aquilo ... e nada do que seja bom lhe é atribuído. Ninguém acerta no porquê. Quem tenta ex- plicar só diz disparates. Mas, terá sido sempre assim? Não! A grande massa do Povo Português desconhece que Portugal já foi exemplo para a Europa (e para o mundo) mas, nessa altura ainda era independente. Muito poucos sabem que a partir de D. João III, Portugal perdeu, definitiva- mente, a independência. Intrigante? Há por aí alguém que saiba verdadeira- mente de história? Fez-se uma nova revolução em 1974. Muitos referem; já foi há mais de trinta anos e estamos cada vez pior ... Primeiro ponto: a revolução de 1974 durou apenas dez anos. Muito poucos se conseguiram aperceber dessa "evolução". Em síntese: as análises feitas ao comportamento do Povo Português assentam em bases irreais. Segundo ponto: houve progressos? Sim! Os que têm a ver com o tempo. Fi- caram as instituições democráticas, tudo o resto retrocedeu. Como muito bem disse o Prof. Artur Anselmo, Portugal foi o país da Europa com mais tempo de inquisição. Foi-lhe incutida a "forma" cultural de falta de auto estima. Foi-lhe incutida a "forma" do conviver social com a desconfiança porque, para o Vencedor, fun- cionava, e era incentivada a denúncia, com ou sem verdade. A confissão foi utilizada para reprimir o Povo e para lhe incutir o que de pior uma sociedade pode ter. Se alguém tiver dúvidas sobre o porquê dos defeitos que regressaram ao comportamento do Povo Português procure entender a evolução da socie- dade portuguesa no "pós dez anos" da revolução de 1974, e compare-a com outras épocas históricas. Quem (no escuro) domina os cordelinhos sabe que aquele Povo Português que foi ... continua latente e pode voltar a qualquer momento, por isso, não pode ter rédea solta. Sem cultura, pobrezinho e indefeso é remédio "Santo". .

quinta-feira, 3 de julho de 2008

É A IDEOLOGIA DO ESTADO NOVO

Um certo analfabetismo jornalístico volta a manifestar-se, a avaliar pelas comparações históricas ... Então, "querem lá ver" que JMF se manifesta contra a intenção dos deputados se "pro- porem" acabar com os pobres? Continuo a ver o Público como um jornal de referência, por isso, verificar que donde deveriam sair artigos pensados com "cabeça, tronco e membros", pelo menos quando se pretende "atakar" membros dos órgãos de soberania. O quarto poder não foi eleito para coisa nenhuma. É possível que ainda existam muitos portugueses com esse pensamento mas, como mais ninguém tem coragem para o escrever, com receio de alguma censura popular, eis que JMF se substitui a essas correntes que se julgavam defuntas neste início do século XXI. Vai daí sai um editorial de cariz "fascistóide", contra a tentativa de propor que se tente acabar com os pobres. E que justificação apresenta? Uma comparação "entre o cu e as calças", perdão, () ai este português! Então não é que vai comparar uma situação inglesa pós segunda guerra mundial e outra pós "prec" em Portugal para desancar naqueles deputados que, hoje, primeira década do novo milénio, se manifestam contra a situação dos "deserdados"? É claro que quem assim se exprime só pode ser apelidado de "tocado por uma boa dose de analfabetismo histórico". Há cinquenta anos em Inglaterra ou há trinta em Portugal, os povos "aspiravam" a deixarem de ser pobres. Hoje, uma percentagem de ambos os povos quer deixar de o ser e. por isso, pressiona os políticos. É claro que um jornalista que "escarrapacha" no seu jornal os seus eivados pensamentos, bem pode citar este ou aquele escritor que só escreverá incongruências. Enfim, sempre se aprende com as asneiras do outros... É da história meu amigo. JMF; entrámos na UE, não estamos no pós guerra. . .

sábado, 14 de junho de 2008

AOS PESSOANOS, A EFEMÉRIDE

A minha contribuição. . SER PESSOANO . Ser pessoano é ver nele o Homem Com maiúsculas Pessoa e Humanidade É pertencer aos que não dormem Unidos por um dom de claridade . Ser Pessoa é ser pátrio com vaidade É lutar pelos direitos do seu homónimo Procurando demonstrar toda a verdade Realizando-se num seu heterónimo . E quando a "luz é perfeita e exacta" Sentir a Vida abstracção e beleza Perceber chegada a Dádiva mais grata . É deambular o sonho de rua em rua Vendo o império rumo à incerteza Mais longe da verdade nua e crua. . .

sábado, 7 de junho de 2008

OS MÉDIA E O DEUS DOS VENTOS

Começa a vir à superfície o que os "peões" da Sedes insinuaram há alguns meses,
na sua profecia da desgraça.
Quem lê e quem se interroga sobre as informações que vão sendo atiradas ao vul-
go com algum estrondo, apercebe-se que alguma "coisa"... se está a preparar nos
bastidores.
Assim, desconfiámos de imediato que a saída daquela "macacada" informativa da
Sedes não passava de um "avé-Maria" encomendado e, como aqueles intelectuais
do suicídio não passam de peões, seria de levantar a questão, donde teria vindo e
a que desgraça se referiam.
Claro que os restantes peões, quase 100% dos média dos quais alguns já ouviram
falar em independência, passaram a avivar e a multiplicar a desgraça. Contudo, a
maior desgraça é aquele que a divulga não se apercebendo que o seu 4º poder é
um peão colectivo ao sabor do Deus-dos-ventos; conforme o quadrante de onde
sopra assim é a sua dança.
Não vale a pena perguntar aos "energumenos" de esferográfica em punho, se co-
nhecem algum período da história de Portugal em que a situação tenha estado me-
lhor. O pedinte elogia o senhor se este "ceder" com alguma generosidade mas,
verifica sempre, com atenção, a dádiva e, ao virar de costas roga-lhe uma praga
se entender que a miséria anda por todo o lado, mesmo onde não se vê. O 4º po-
der nem chega a ser pedinte.
Tiveste a ousadia de travar as intenções agregadores de alguma belmirolice?
Toma!
Queres travar o poder mediático de alguma SIC que passeia por aí?
Toma!
Quem se atreve a desafiar o poder, aquele que não se vê, cai da cadeira sem
saber como, esteja onde estiver.
A desgraça começa sempre pela boca de alguns mas o eco espalha-se rapidamen-
te a todo o povo, sem se questionar.
Por razões desconhecidas (ou talvez não) escreve-se que devido a determinados
acontecimentos ou a divulgação de certo agregado económico o governo, qualquer
que ele seja, obteve uma vitória para, passados alguns meses os mesmos peões
passarem a crucifica-lo exactamente pelos mesmos motivos.
O que vai acontecer daqui a algum tempo já alguns sabem ou decidiram. Basta que
se analisem certos casamentos de conveniência entre certos poderes internacionais,
ainda que, por vezes nos pareçam antagónicos.
Quem não sabe que esses casamentos existem, sorte a sua, vive Feliz.
Cuidem-se.
.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

QUE EUROPEUS BACOCOS

Até onde chegará a bacoquice dos europeus (do euro) que deixam aos estrategas dos E.U.A. o
caminho livre para o enriquecimento à custa da desvalorização do dólar?
Intrigante? Nem por isso se acreditarmos no nosso próprio raciocínio.
A valorização do euro é um meio... e ao BCE não se podem atirar culpas da sua análise da si-
tuação económica. A sua politica monetária é correcta.
Quanto às politicas do estados membros, os quinze (que passarão a dezasseis) são um fra-
cásso fenomenal. Estão embebidos na verborreia da concorrência dos mercados, permitem
que "um monopólio" mundial lhes sugue "mais valias", de montantes astronómicos.
Assim, do outro lado do mundo, mesmo com a crise da construção que arranjaram devido
às desregulamentações financeiras e, tendo a "bolha" rebentado nas suas mãos, usam o
petróleo como fonte de enriquecimento.
Quem, dos mais entendidos em economia global não sabe que 1 euro vale mais de 1,5 dólares?
Quem, dos estudiosos das coisas de economia, dos governos, dos professores, das universida-
des, não sabe que os E.U.A. controlam mais de 70% do comércio mundial do petróleo?
Para onde vão os lucros crescentes das petrolíferas, apesar destas crises anunciadas?
Que mentira se deixa propagar por essa Europa fora, de que o petróleo aumenta de preço,
sendo isso uma pequena percentagem da verdade? Não será o dólar norte-americano
que desvaloriza em excesso?
Já algum dos governos dos quinze (BCE incluído) se lembrou de investigar o porquê
das multinacionais norte americanas terem passado a utilizar o euro... em vez do dólar?
Já se deram conta que há norte-americanos a emigrarem para a Europa? Curioso! Antiga-
mente eram os portugueses mas agora já pouco resulta. Não há vantagem no câmbio.
Só para lembrar aos senhores (mendigos) europeus. As reuniões de alto nível, meio secretas,
são um remédio para o seu adormecimento.
Quando a anunciada crise acabar, terão crescido os multimilionários lá do outro lado.
Fiem-se nas parvoíces dos média e depois queixem-se.
.

LEMBRANÇAS DO NOSSO TEMPO

Hoje vamos deixar a política de lado e voltar à poesia
porque a alimentação do espírito deve ser "frugal" e
variada.
Para os meus amigos que espalham por este mundo os
os seus olhares, espreitando a saudade do Tempo, aqui
vos deixo o meu moderno contributo, nesta "cantata"
livre.
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RECORDAÇÕES DO PARAÍSO
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Já os rebanhos não correm
naquela alvura luzente e verde
onde o fiel, naquele espaço bucólico,
zela que intenções do zorro gorem,
esse astuto, oportunidade não perde
se lhe segredar o sopro eólico.
.
.
Já não ouço a melodia do vento
pela encosta acima, acelerando,
que, sorvendo nuvens de outro lugar
vão remolhando a cada momento
e banhando o prado verde que, crescendo,
põe todos os "Béés" a mamar.
.
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Que montes se elevavam aos céus
moldando a rede que enchia os rios,
retocando com a aurora do "Louro",
centelha espessa desse Deus,
abrindo suas madeixas como fios
e iluminando, com sua áurea de ouro.
.
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Sobre a erva erecta ou rasteira
tirolirolava, a miúdo a flauta,
voando para além da pradaria,
deixando ao fiel a canseira
de farejar enquanto o zagal canta
o hino àquela extensa montaria.
.
.
Hoje, quem passeia no paraíso
olha o rebanho, de outro mundo,
sem o Deus Louro por perto
esqueceu a flauta e o guizo
e de binóculo, vê Portugal profundo
e o ouro das madeixas preto.
.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

MANUEL ALEGRE COMO PEÃO

Está em curso, com vista às próximas eleições parlamentares, um "esquema" idêntico ao que foi utilizado na última eleição para a Presidência da República. A direita por si só não tem votos suficientes para ganhar as eleições com maioria absoluta ou mesmo para governar de acordo com os seus desígnios. É, por isso, necessário dividir o eleitorado do PS.
Manuel Alegre é o veículo. A sua ingenuidade revolucionária e de afirmação esquerdista presta-se, abertamente, a que o poder de instrumentalizar a mente colectiva actue na cena política a seu belo prazer.
Nunca imaginei o político, o poeta, M. A., instrumentalizado, ... usando a sua visibilidade mediática para lutarem contra aquilo que ele próprio defende.
É um facto o que diz; Portugal precisa de uma nova revolução. Concordo inteiramente com o seu pensamento (com o que pensamos) sobre o que se está a passar em matéria de desigualdades, etc.. Apenas um lembrete; tal situação social portuguesa não é de agora. Recomeçou há mais de vinte anos, embora poucos tenham dado por isso, incluindo M. A.. Provavelmente naqueles anos em que ele andou distraído com a sua poesia.
O PS aplica políticas de direita? E o M. A., preocupou-se com o descontrolo das contas públicas? Penso que sim! Então como resolvia o problema?
Para chamar a atenção dos portugueses, um socialista não deve utilizar os mesmos processos utilizados pelos adversários políticos, juntando-se a eles, que apenas visam a desacreditação do PS. Esses pequenos partidos não se vêm com hipóteses de contraírem responsabilidades governativas, pelo que podem anunciar todos os disparates que entenderem.
O PS herdou uma situação crítica, com grandes responsabilidades imputadas à direita e, ao encontrar-se com esse menino nos braços, mediante o aperto e muito bem da UE, qual seria o caminho?
Democracia popular? Em que era estamos?
Uma coisa é certa; são necessárias as chamadas de atenção, com alguma permanência, para que o esquecimento não se apodere de quem tem a função de distribuição mas, lutar contra o único partido português que melhor a pode praticar é uma actuação que carece de muita reflexão.
Manuel, entregar o poder político à direita é o contrário daquilo que pretendes. Ver-te como peão da direita e da estratégia da Igreja é que nunca me tinha passado pela cabeça.
Estou errado?

MANUEL ALEGRE E A "SUA" ESQUERDA

A esquerda portuguesa, por vezes, deixa-nos incrédulos pelas intrigantes atitudes políticas que, manifestando-se na sua área política, colabora com os "inimigos" que sempre actuaram no sentido de devolverem o poder político à direita retrógrada (camuflada sobre outra capa) que sempre destruiu as hipóteses de Portugal acompanhar o pelotão da frente do desenvolvimento.
O "camarada", denominação que obriga a uma certa justeza de actuação perante os seus pares, tem obrigação de saber, para além do vulgo, que a procura do Graal é a procura da "Verdade" e, como não é de admitir que Manuel Alegre desconheça a realidade política, nomeadamente porque foi preso e exilado político, a sua postura parece uma contradição algo aberrante, colaborando, de "mãos dadas", com os apêndices dos seus carrascos, sempre com a pira pronta para lhe lançarem a tocha.
Os estrategos políticos do "Governo Católico para Portugal" devem estar a rir às gargalhadas e a esfregarem as mãos de contentes, espreitando a cena.
O movimento Graal é de esquerda? Admite-se a tendência mas, sem rejeitar a dúvida, querem lá ver que a Igreja Católica sempre foi de esquerda e "Eu" nunca dei por isso?
Mas que distracção!
Numa coisa eu concordo com M. A.; estarão lá, na pretensa festa, "muitas" (?) organizações que o apoiaram na candidatura à Presidência da República. A Igreja Católica obviamente! O caricato da situação é que dá a impressão que M. A., já a algum tempo de distância, ainda não percebeu por que foi apoiado por aquela instituição.
A liberdade de opinião e todas as demais liberdades que existem num partido como o PS não implica que um militante, por muito alto que se tenha alcandorado, deva juntar-se à oposição, declarada ou não, fazendo um comício contra o próprio partido.
Será que no PS não existem órgãos ou espaços onde as divergências se façam ouvir ou será que M. A. apenas se identifica com uma esquerda à sua maneira, como um poema que se escreve para o "Zé" se deleitar, sem que se aperceba se o significado, ainda que com rima correcta, se ajusta ou não à realidade?
Solidarizar-se com os cidadãos contra certa políticas ... é politicamente saudável mas, lutar contra o próprio partido, de fora para dentro, parece grave. Há qualquer coisa que não joga bem e, normalmente, a culpa nunca é apenas de uma das partes.
Outra coisa não muito clara se passa para que as influências se estejam a fazer sentir de fora para dentro. E não é só de agora.
Com grande desilusão minha tenho de concluir: o REVOLUCIONÁRIO que não conhece o seu principal inimigo não o é.
Além disso, nunca tive grande apreço pelos movimentos que se dizem independentes.
Cuidem-se

sexta-feira, 16 de maio de 2008

HAVERÁ JORNALISMO ESTUPIDO?

E eu que deixei de acreditar, quer em estupidez quer em analfabetismo. Imaginem que há um primeiro-ministro que se desloca com uma grande comitiva empresarial à Venezuela para tratar de acordos e vários negócios para o país... Pois bem! Esta referência não teria grande significado não fora a extraordinária oportunidade que o país teve (e as respectivas empresas) de, praticamente, substituir posições anteriormente detidas por multinacionais, nesse "cenário" da economia mundial, nomeadamente norte-americanas e espanholas. A Venezuela é um país riquíssimo em recursos naturais e, o que parece desconhecer-se na generalidade, o seu povo vive miseravelmente. O que acontecia? As tais multinacionais sugavam essas riquezas de modo que nem o próprio Estado beneficiava delas. De um tal cenário não custa nada perceber o porquê da intervenção que correu mundo; "porque no te callas?" Obviamente... Em termos políticos, o redactor destas linhas nada tem a ver com Hugo Chavez, que fique claro. Pois bem, o país desse senhor primeiro-ministro realizou a proeza de substituir multinacionais poderosíssimas em contratos internacionais, acontecimento raro num país deserdado. Não seria este facto importante motivo para regozijo, nomeadamente dos jornais e jornalistas que acompanharam o feito? Qual o meu maior espanto quando um jornalista escreve um artigo (análise) em que coloca como título "A viagem mais desastrosa do primeiro-ministro". Qual o conteúdo? Vejam só. Sobre o importante acontecimento, zero! Então e o que foi essa coisa desastrosa? O primeiro-ministro fumou no avião, e outros problema de lana-caprina com a comitiva, onde a segurança não pode deixar que aconteçam quaisquer brincadeiras. Então um jornalista que propagandeia a desgraça dos acontecimentos, mentindo, acusa a máquina de propaganda do primeiro-ministro? Escreve que a "estória" duma fumadela é passada para primeiro plano sendo os importantes acordos relegados para segundo plano? Quem é que ele está a acusar e a denegrir, os seus colegas jornalistas ou a comitiva do primeiro ministro? Saberá esse jornalista o que é ou não importante para o pais? Pasme-se, como é que jornais de referência têm jornalistas ao seu serviço que não sabem distinguir a importância dos acontecimentos. Não quero acreditar em tamanha estupidez. Alguma coisa está mal contada no artigo(análise) desse jornal. Provavelmente não houve quaisquer hipóteses de fazer reportagens (análises?) sobre sexo e daí a frustração. O jornalista que tem apenas para relatar o que de menos bom acontece numa reunião tão importante não merece qualquer espaço seja em que periódico for. Nem mesmo no "Crime". O que vale é que o primeiro-ministro desse país é um democrata convicto e está à altura das suas responsabilidades e, sendo assim, temos de admitir "artigos estúpidos". Dizem que assim o país tem o jornalismo que merece. (tem ???).

quinta-feira, 1 de maio de 2008

O CONHECIMENTO E A HISTÓRIA

O Sr. Presidente da República "mostrou-se apreensivo pelo facto dos jovens portugueses entre os 15 e os 19 anos e ... os 29, se mostrarem, praticamente, analfabetos em relação à política ..." O estudo que ele próprio terá encomendado à Universidade Católica (a que outra instituição haveria de ser?), a avaliar pela data do propósito e o contexto em que foi exposto ao público, parece querer culpar algo ou alguém (?) pelo "alheamento" de certas camadas jovens da política. Obviamente que a culpa de certo estádio de desenvolvimento social em dado momento, nunca é do "veículo" avaliador ou de quem manda avaliar mas, sem que certezas se tenham, haverá sempre "suspeitos insuspeitáveis" para que a culpa possa morrer solteira. De quem é a culpa de uma grande parte dos jovens portugueses de hoje se alhear da política? Todos sabemos que, neste mundo, em matéria de ganhos e perdas civilizacionais, mesmo em períodos de "safra e incertezas climáticas", só colhe quem semeia. Uma sementeira de batatas nunca produziu trigo. Além disso, terá a sementeira sido feita em bom tempo? Os conhecimentos e a preparação para o aumento constante do conhecimento não se faz em dois dias. Se estivermos a falar de política ..., nem numa legislatura de quatro anos... O desenvolvimento geral de uma geração demora tantos anos quantos aqueles para os quais já é possível fazer a tal sondagem de "averiguação" de conhecimentos dos visados; dez, quinze, vinte, vinte e cinco e mais anos. Escolhamos um período qualquer! Quem estava no poder (político?) no momento, com possibilidades de lançar a tal sementeira? Saber quem terá sido não seria difícil. O problema é saber quem terá influenciado o poder político desse momento. São as actuais explicações mais ou menos absurdas lançadas na imprensa que distorcem os caminhos para se encontrarem os verdadeiros responsáveis políticos da situação. Claro que o Sr. Presidente da República sabe muito bem quem foi durante todo o seu percurso político mas não tem de se justificar. A sua iniciativa, louvável, apenas nos lembrou que no passado não se tomaram as correctas medidas de política. É necessário lembrar isso aos portugueses. É claro, também, que já poucos se lembram da revolução de 1974 e, para ajudar a esse estado geral de desconhecimento, mesmo nos de mais idade e com mais atenção dada à política, apenas uma ínfima parte sabe da "revolução" de 1984/85. É da "História".

terça-feira, 22 de abril de 2008

O PEREGRINO BENTO XVI E OS LOUCOS

É no mínimo curiosa a assunção que se extrai dos "discursos"(?) de Ratzinger nos EUA, enquanto Bento XVI, quando se refere a organismos de âmbito universal. Tratando-se da ONU, não há dúvidas nenhumas que o peregrino sabe qual a preponderância mundial que advém da ligação aquela super-estrutura, a que se submetem quase todos os estados do Globo. Sendo a organização universalmente defensora dos direitos humanos, facilmente se deduz que é um meio muito importante para se poderem atingir objectivos universais. Apesar de se saber que há no seu seio países que violam os direitos humanos, não é difícil deduzir o porquê desse aparente paradoxo. É que a caminhada para a "Aldeia Global" ainda vai no principio e "os caminhos fazem-se caminhando". Quem tem objectivos afins bastar-lhe-á aproveitar a boleia. O "Zé Povinho" não se dá conta que a corrida aos universalismos nem somente está em marcha como se desenvolve nos bastidores como uma "guerra surda" tal que faz mexer todo o ambiente que nos rodeia. Os peritos históricos saberão que uma "Guerra Universal" nunca se ganha num dia, nem ..., nem numa geração. Esse caminho é sempre percorrido por "batalhas ganhas", "batalhas perdidas", ... , "desvios no Tempo", ... Sabemos que "instrumentos" não naturais ..., com o Tempo tornam-se obsoletos,... Mas a persistência moldará o caminho. Claro que a Igreja Católica sabe que para se atingir um estatuto universal, minimamente observado, é necessário aliar a religião à política e intrometer-se nesse caminho universalmente aceite, versando conceitos de um futuro por todos procurado. Assim, faz todo o sentido que Bento XVI tenha apelado à Casa Branca para apoiar a ONU, sendo esta uma Instituição privilegiada, em cujos objectivos a Igreja está empenhada. Uma vez que as pedras estão a ser colocadas nos lugares certos, quando um dia os EUA perderem o estatuto de guias universais, a "Instituição" estará salvaguardada e seguirá o abençoado caminho. Mas neste aparente mundo de loucos, terei observado bem? Será que o louco sou eu e as "tendências" são outras? Gostaria de passar por cá na próxima reencarnação!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

REPÚBLICA, VEM AÍ MAIS UMA BATALHA

Está lançada uma espécie de guerra "surda" pelos louros (?) nas próximas comemorações dos cem anos da implantação da República. Outubro de 2010 ainda está a ano e meio de distância e já os "batalhões" comemorativos se posicionam na quadratura defensiva donde repercutirão os ataques ou defesas mediáticas que tentarão espalhar pelas ruas dos campos de batalha onde a populaça se agrupará para assistir, como sempre, a mentiras ou meias verdades, tentando cada facção, provocar o maior número de "ricochetes" que, no fundo, em vez de esclarecimentos, apenas baralharão, de novo, as consciências. Quem estará em confronto? Como já anunciado, a Igreja Católica por um lado e anticlericalismos por outro a que se juntarão republicanos de várias tendências. É uma confrontação política que se anuncia mas, como a história nos ensina, toda uma multidão de espectadores continuará a não perceber nada, em concreto, do que na verdade se passou, quem influenciou o quê, e a partir donde saiu a sentença de morte. Um dia a verdade subirá ao vulgo. Cem anos depois, quem não gostaria de ser esclarecido?

segunda-feira, 14 de abril de 2008

GOLPE DE ESTADO NA MADEIRA

Já sabíamos que a democracia na Madeira tinha apenas o "nome" e, de vez em quando, eleições. A prática deixava antever que nem somente a oposição era considerada uma "escumalha" como as hierarquias entre órgãos de soberania estavam invertidas. É a Assembleia que tem a prerrogativa de fiscalizar os actos do Governo e de escolher quem e quando recebe. Nestas condições, o que existe na Região Autónoma da Madeira é uma ditadura, figura de administração política que tem subjacente a negação da democracia. De outro modo, também é universalmente aceite que para haver democracia, os três pilares que a suportam têm de ser independentes; legislativo, executivo e judicial. A actuação antidemocrática mais contundente é a recusa (pelo presidente do governo) em receber no Parlamento o Senhor Presidente da República. Trata-se do principal órgão de soberania, eleito pelo Povo, o qual tem o direito de escolher, pelo menos quando se trate de órgãos de soberania eleitos, onde e quando quer ir. A situação de "recusa", tal como foi anunciada corresponde a um "golpe-de-estado". Em meu entender, a verificar-se o que tem sido anunciado, há uma "relevante" falta de consideração (menosprezo) pela principal figura do país, pelo que há motivos para a dissolução do Parlamento da Madeira, incluindo a respectiva participação judicial (?) ...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

...ANTES O QUE TEMOS QUE TAL SORTE

O que nos irá acontecer na próxima legislatura? Se o desejo de alguns espíritos de além norte se concretizar, o regresso à posição cimeira na Administração da Coisa Pública por uma determinada corrente política não augura futuro risonho quer para a projecção portuguesa no mundo quer para o desejável desenvolvimento interno de uma cultura política que transmita aos portugueses confiança no futuro. Quem quer que seja que se candidate ao lugar, deve ter presente que os actos que envolvem o futuro dos portugueses são de notória responsabilidade. A caricata proposta de um desses candidatos a "servo do Reino dos Portugueses" é ilustrativa dessa bebedeira de grupo que sempre atrasa a recuperação de um estado sóbrio, de pensamento correcto, livre e de objectivos claros via Século XXI. Luís Filipe Menezes, calculem, aventou que as situações de prevenção da constitucionalidade deveriam caber aos tribunais comuns. Quem tem a pretensão de um dia administrar o seu país prepara-se para levar consigo o conceito de que as questões constitucionais são um problema comum, banal (que me desculpem os tribunais comuns). Já não bastava a montanha de processos em que os tribunais estão "embrulhados", ainda lhes querem empurrar outros que requerem muita concentração, sabedoria, disponibilidade de tempo e ausência de pressões, nomeadamente de politiquices de rua. É uma situação confrangedora que apareçam políticos com pretensões a administrar a coisa pública e que, dizendo o que pensam, atiram órgãos de soberania para a sarjeta das coisas comuns. Sem pensarem o que dizem, tratam a Instituição Presidência da República como se esta não merecesse o mais alto respeito de todos os portugueses. Que o Senhor Presidente da República perdoe aos inocentes.

terça-feira, 8 de abril de 2008

O UNIVERSAL, A VERDADE E O TEMPO

Meus amigos, notícias são notícias, factos são factos. Quem se "despe" perante as "multidões" quando o seu "género" sempre foi estar atrás das cortinas é porque sofre de quaisquer carências e está em desespero. O pânico nunca foi bom conselheiro, pelo contrário, quando o deixamos entrar numa qualquer franja das "tropas", o desastre está iminente. Não nos interessa (muito) quem entrou (a seu tempo) numa qualquer situação desregularizada e, neste momento, esteja a tentar recuperar, o mais breve possível, a tal posição concordante que sempre leva o seu tempo a concretizar. Se existir a verdade, ela então boiará. O Universo é o Universo e Roma é Roma. Qualquer semelhança entre a "dimensão" dos dois caminhos e a tentativa de os atingir pela mesma vereda, levará, sempre, a um beco sem saída. Bastar-nos-á continuarmos, espiritualmente, de acordo com os princípios, e o caminho continuar-nos-á aberto, desde que estejamos atentos, quer à nossa situação regular e universal quer às intromissões daqueles que necessitam manter-nos sob seu controlo para atingirem os seus fins, quer ainda àqueles que querem o que, de acordo com as regras (universais), é nosso, situação que pretendem readquirir. Os média nunca foram bons caminhos para se atingirem certos patamares da "filosofia" universal em que estamos inseridos, e quem necessita de divulgação é porque tem alguns problemas de existência. A precipitação será nossa inimiga. Mantenhamos a compostura e nada de subjugações ao que quer que seja.

sábado, 5 de abril de 2008

O IMPÉRIO E OS PONTOS NOS II

Segundo a imprensa diária, a CEP reuniu e nomeou, renomeou e ditou o seu programa de "governo". Como neste caso se trata de um "governo" representante do Império, não de um reino ou de uma república, as suas determinações são para serem levadas à prática. E acabou! Quais as determinações? Há uma que é fulcral ... A CEP pretende "restabelecer a confiança mutua entre todos os agentes educativos". Claro! Os senhores que conservam o Dom com que a "história" os agraciou, sabem muito bem o que fizeram. Já é bom sintoma falar-se em refazer alguma coisa. Quando a Democracia Portuguesa triunfou, o controlo político da Igreja foi rio abaixo. Tal como em outras épocas, havia que retomar o poder e toda a influência perdida. Como é que isso (sempre se fez) se faz? Primeiro destruindo, desorganizando, baralhando, criando instabilidade, ... Depois, quando toda essa influência e poder tiverem sido recuperados, toca a refazer tudo de novo, na condição de, evidentemente, o processo evoluir sob controlo. É a cultura, pois claro. As questões de divórcio não foram tratadas na conferência? Óbvio! Mas para quem está atento àquilo que, directamente, não aparece na imprensa. Durante esta legislatura haverá contenção e alguns temas tabus passarão. "Acordos" (políticos?) são acordos e os caminhos para Roma não se construíram nem se construirão num dia. Parece confuso mas quem manda, manda e o respeitinho é muito bonito. Os poderes democraticamente eleitos que se cuidem e verifiquem se, nomeadamente, a sua independência decorre conforme o instituído.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

JUSTIÇA PORTUGUESA? UM BRINQUEDO

O que esperará um povo da justiça do seu país? Eficácia nas suas investigações? Firmeza e justeza nas suas decisões? ...? Chega a ser desconcertante a capacidade que certas organizações da sociedade portuguesa têm para, utilizando o tempo e estatutos de órgãos colectivos (que provavelmente manipulam) "julgarem" como se de juízes em causa própria se tratasse, para pressionarem as instituições de Direito Constitucional, a jogarem o poder de que dispõem, para aplicarem as leis, pela "janela fora". As possíveis sanções que sofreriam os principais implicados no caso "Apito Dourado", pessoas e agremiações, não terão qualquer efeito prático se vier a acontecer o que, parece, está em andamento. Por um lado, o modo como se acelera a ascensão do leader do campeonato, ganhando sempre aconteça o que acontecer, e o modo como perdem pontos os seus adversários, perseguidores directos, leva a que, se a penalização for seis pontos, será o mesmo que coisa nenhuma. Chega a ser intrigante como os adversários directos (do leader), além da desestabilização constante, perdem pontos e os seus jogadores chave ficam lesionados. Haverá algum semideus, do contra, influente no futebol ou será que um qualquer processo científico chega a todo o lado, actua e permanece imperceptível? Que estranho acontecer apenas aos segundos classificados. Por outro lado, é de suspeitar dos casos relatados que vão a julgamento no caso "Apito Dourado"; ao longo de pelo menos duas décadas, as vozes do povo relatavam coisas incríveis, resultados não normais, ..., influenciados por quem dispunha do poder discricionário no futebol português. Porquê o julgamento apenas de dois jogos onde se pretende que não tenha havido dolo algum, portanto não se provando as acusações? Quem conseguiu que fossem apenas esses dois casos a serem sujeitos a julgamento? Quem influenciou ou está a influenciar a liga para que o processo apenas se tenha desencadeado "nesta altura do campeonato"? Ao longo dessas duas décadas nós víamos como as coisas se passavam em campo e ouvíamos as sentenças que, na televisão, o "Chefe Supremo do Futebol" ditava; a equipa tal, enquanto eu poder não voltará à primeira liga. E assim tem acontecido. Como isto foi dito em televisão, a RTP tem estas gravações, a não ser que por algum acaso (?) tenham sido destruídas. No caso tratou-se do Portimonense. Ou me engano muito ou a montanha (justiça) pariu um rato. O que mais pesa no consciente da maioria dos portugueses é a sensação de que o poder judicial instituído é, de facto, um ratito perante os elefantes, poderosos, eficazmente organizados. Ai Portugal Portugal ...

domingo, 23 de março de 2008

O PORTUGAL POLÍTICO EM TRANSFORMAÇÃO

Desde há poucos meses que se sente pairar na paisagem (geral ?) política portuguesa algum fumo com inclinações de mudança, sinal que os ventos estão em fase de viragem. Para onde? É a questão! São os anúncios da criação de espaços de reflexão, justificando a necessidade de reformar actuações, filosofias, comportamentos ... Embriões de novos partidos? A maioria dos seus constituintes terão esse sentimento como finalidade, já que nada acontece por acaso. Outros, como sempre, vão ver no que dá. A partir das eleições de ... 2009 (?), ver-se-á o que acontece, no entanto, não me admiraria que nos bastidores (subterrâneos) estivesse a ser congeminado um partido de poder, diferente dos actuais, para passar a dominar a política portuguesa durante muitos anos. As tentativas de instrumentalização da opinião pública para considerarem a classe política (portuguesa) como a lixeira nacional não param de mexer. A nossa história conta-nos alguns exemplos. Estejam atentos.

sábado, 22 de março de 2008

OS HOMENS ... ESTÃO NA TERRA

Os meus amigos são sempre meus amigos, independentemente das sua opções, quer estejam, em pensamento, na Terra, no Mar ou no Ar, ou em qualquer outro lugar que, por imaginação, os conforte. Que bonito é dizer para os seus que a Quadra é de convívio em família e de união. As palavras de conforto àqueles cujo acesso a explicações menos plausíveis está fora do seu alcance não implicam quaisquer tipos de censura, antes são tomadas como sintomas de tolerância que merecem a estima daqueles que compreendem determinados "estados de espírito". Os meus amigos, por vezes, voam para além do visível mas, como o seu "perfil" humano é completo, sei que regressam sempre no momento certo. Um Grande Abraço.

quinta-feira, 13 de março de 2008

DESGRAÇAS BENFIQUISTAS

Um abraço aos meus amigos. Não fiquem tristes porque o que é esperado não constitui surpresa. Parece que a ralé futebolística a actuar em Portugal jogou esta noite em Madrid. Um dia teremos de volta o Benfica.

quarta-feira, 12 de março de 2008

MAU TEMPO NA PROVÍNCIA DA IBÉRIA?

Parece que com ligeira antecedência os (pseudo?) intelectuais da Sedes anunciaram um furacão para a relativamente calma sociedade portuguesa. Os resultados eram imprevisíveis no que de pior poderia acontecer. Logo a seguir sucederam-se situações de assassinato nas regiões de Lisboa e Porto. Um vendaval de professores invadiu Lisboa sem que se saiba, concretamente, o que pretendem, se a defesa da sua reforma aos 55 anos se a ausência de avaliação. O mal estar político da população é sintoma inventado pela Sedes que põem, também, os homens da justiça na lama, etc.. Tenho uma dúvida! Com qual dos males os anunciantes são coniventes? Tanto quanto se sabe são portugueses como todos nós e, se há influências negativas na vida social portuguesa elas vêm de grupos influentes e não do Zé Povinho. Onde foram os homens da Sedes buscar a ideia de alertar (instrumentalizar?) o povo? A que tipo de crise social difícil de resolver se estavam a referir? Ao que já sucedeu, que não é nenhum furacão, ou ao que ainda está para suceder? Esse fenómeno era extensível a toda a península? Estará a paz na CE em perigo? Alguém lhes encomendou esse alerta ou sabem coisas que não dizem. Que noticia estranha.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A REVOLUÇÃO DA SEDES

Está em preparação um qualquer tipo de revolução ou tomada de poder que viole a normalidade democrática? A Sedes produziu um documento que, analisado à luz da normalidade democrática, seria considerado como uma tentativa ingénua e abortiva de subverter a normal passividade dos portugueses. Constância Cunha e Sá no seu "Espaço Público" quase reafirma que esse tipo de revolução está iminente ao referir, também, as opiniões catastróficas de Garcia Leandro. Sabemos que o Povo Português se manifesta quase sempre contra qualquer coisa mas, sendo pacífico, só entra em ebulição quando é instrumentalizado. O que estará por de traz desta tentativa de desestabilização da Vida Nacional? Sabemos que o actual Governo, porque com maioria absoluta no Parlamento, de outro modo era difícil, teve de fazer uma política restritiva para resolver alguns problemas de estrutura, tendo ao tempo avisado que o ia fazer. Obviamente que toda a gente refila sempre que os sacrifícios lhe chegam à porta e ainda pior se acicatada pela oposição. No entanto, esse estado reinvidicativo não justifica a sublevação anunciada. O que é que se passa nos bastidores? É já a preparação para a campanha eleitoral de 2009? Não terão acordado cedo de mais? Será apenas para manter a desestabilização das consciências ou tem propósitos obscuros de orientações não "confessionais", com intenções de subversão da democracia? Não seria difícil seguir algumas pistas se tivéssemos um jornalismo inteligente e livre. Quem são os homens da Sedes? Quem é o General Garcia Leandro? A que fonte vão todas essas pessoas beber? Claro que a lista não se resume às personalidades acima citadas. O rol é muito vasto. Mas o que leva jornalistas experientes a discorrerem sobre a possibilidade de próximos acontecimentos políticos de consequências imprevisíveis? Será que eles sabem, responsavelmente, do que escrevem? É claro que Constança Cunha e Sá deveria saber o que é propaganda, o que é mediocridade e o que são os resquícios de jornalistas fedorentos que, a partir de certo momento começaram a avisar-se uns aos outros que o "o estado de graça" já ia longe e era chegado o momento de usarem o seu "quarto" poder para destruírem políticos. A arrogante jornalista não se dará conta que está apenas a repetir o que já cheira mal em toda a praça mediática? Uma boa jornalista não vai apanhar as canas dos foguetes que os seus "colegas" (?) lançaram. A inteligência nunca fez mal a ninguém, a caixa de ressonância é que pode ferir o ouvido.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

AS INVESTIDAS DE JOSÉ MANUEL FERNANDES

JMF não perde uma oportunidade de bisbilhotar nos sítios onde possa encontrar matéria para investir contra os seus rivais próximos do governo, nem que para isso vá buscar os desabafos de alguns políticos menos visíveis, desde que estes possam colmatar a sua ignorância perante atitudes e comportamentos com carácter de instrumentalização política. É, como se constata, bastante vulnerável àqueles que actuam na sombra, inventando situações catastróficas, males endémicos, acusações infundadas, ..., como que preparando o caminho para o que vem a seguir, não se sabendo bem quando, mas cujo acto já está "tramado". A um JMF, funcionando como "Patrão" de um jornal que é lido pela classe portuguesa mais esclarecida, pede-se que seja inteligente e que, em vez de "piamente" repetir as asneiras lançadas para o ar com grande estrondo, reflicta sobre análises feitas por organizações desvirtuadas dos seus propósitos iniciais, como é a Sedes. A demonstração, por JMF, da sua fraca cultura histórica leva-o a reproduzir disparates que se destinam a manter o Povo sob o efeito permanente de um "medo aterrador" para que o rebanho possa continuar a ser controlado. Claro, outra coisa não faz do que comportar-se como um dos "lambe-botas". No momento em que o governo quer lançar a sua mensagem estabilizadora da sociedade, penso que no intuito de gerir expectativas, porque é politicamente legítimo que o faça, ainda que se queira dizer que o país está mal ou menos mal, eis que surge o contrapoder, com a graça de Deus, a profetizar a desgraça; vem aí uma catástrofe. JMF, sendo o bobo, repercute todas aquelas pseudo-análises que meia dúzia de papa-açordas são coagidos a publicar, sob pena de serem excomungados. Saberá o esclarecido jornalista que sempre foi assim, isto é, quando Deus retomou todo o poder, como foi o caso da revolução republicana? Se acha que esta "acusação" é infundada, o que espera para fazer umas leituras sobre cada uma das épocas semelhantes? Se o fizer talvez encontre algumas respostas para o comportamento do (coitado) Povo Português, em vez de usar os editoriais para reproduzir disparates. Apesar de tudo há sempre uma certa dose de tolerância; sabemos que a independência jornalística anda sempre presa por uma guita.