sábado, 26 de dezembro de 2015

A INDEPENDÊNCIA DESLIZOU PELA FRONTEIRA





INDEPENDÊNCIA? QUE INDEPENDÊNCIA?


Deteta-se desde o início da “intentona”; tudo quanto o Estado Português poder pagar, tem os cofres espanhóis à espera. Castela não brincou quando os generais ultra conservadores se juntaram à Obra para refazerem a história a que, “por herança histórica, se julgam com direito”. E, com o conhecimento da “Coroa sem Coroa” que é totalmente dependente de Roma, os “velhos ventos”, quando voltaram não o fizeram a brincar. Desta vez utilizaram os paradoxos da democracia, buracos existentes na Ordem Politica que permitem a subjugação dos povos, e agora também com a ajuda de outro tipo de pretensões vindas do outro lado do abismo, juntaram-se para levar a cabo os seculares intentos de submeterem aos seus ditames a “sua” província rebelde de Portugal.
Agora é a CP que até há pouco tempo só dava prejuízo ao Estado Português, que pretende alugar composições a Espanha em períodos de muita procura. Qual a empresa que vai beneficiar? A multinacional Alstom1, pois então.
Desta história que agora se vai contando aos poucos, como se com o novo governo tivesse havido uma certa abertura para os meios de comunicação informarem o que calaram durante alguns anos, salta para a rua o que o Povo Português não sabia; a CP aluga automotoras a Espanha, pagando vários milhões de euros, até que se realizem determinados investimentos. Mas, como os da Obra estão no comando das administrações portuguesas afins, todos esses investimentos são protelados. Há sempre um “quê” para que não se iniciem. Entretanto, esses mesmos, os que têm estado a destruir tudo quanto consideram valias portuguesas desde há vários anos, sim esses, os mesmos que destruíram a Cometna, lembram-se com certeza os habitantes da zona de Lisboa, industria pesada que punha Portugal a exportar, como o caso das composições para a Argentina2, empresa que foi destruída, desmantelada como industria de base Portuguesa e depois vendida ao desbarato, tal como todas as destruições e vendas que se seguiram.
O novo comboio anunciado pelo administrador da Infraestruturas de Portugal, ficou-se apenas pelas intenções porque, a Obra, quando atuou no sentido da destruição da EMEF (vulgo privatização) não o fez apenas para realizar qualquer tipo de reforma estrutural que, na imprensa, era moda. O que lhe interessava era apenas destruir aquilo que tinha possibilidades de entrar na América Latina como produção portuguesa. Portugal, se tem de comprar, que compre à “autoridade” colonizadora. Todo este processo está impregnado de intenções politico económicas de controlo da atividade da indústria portuguesa.
Mas o que é que continua a fazer no lugar mais importante da Infraestruturas de Portugal, alguém que é controlado pela Obra?
O colonizador, para o ser, não dorme, já sabemos! Então é necessário travar os investimentos portugueses com potencial de desenvolvimento, e mais, não vão eles lembrar-se de construir uma linha férrea entre Sines e Beja ou recomeçar as obras da auto estrada entre Sines aeroporto de Beja, com todo o potencial que aquele aeroporto traria, lá se ia o controlo do aventureirismo luso, que sempre acompanhou Portugal quando este se sentiu livre.
Durmam bem, senhores políticos!

26/12/2015.
1Ver jornal público de 26/12/2015.
2Como se tratava da América Latina esta empresa tinha de ser destruída.