sábado, 21 de novembro de 2009

-------OS NOVOS ROSTOS EUROPEUS-------

Escolha tão rápida quanto inesperada.
A surpresa caiu com tal estrondo em toda a imprensa da União Europeia que os normais fazedores de opinião ficaram sem uma ponta de velo para iniciarem a meada.
Todas as hipóteses que haviam sido jogadas para cima da mesa, à espera que a bolinha caísse num dos quadradinhos, ficaram vazias.
Mas, derrotas, se com estas nomeações existem, não foram para os apostadores da imprensa. Haverá protagonistas cuja derrota tenha representado o fracasso de uma vida, por muito brilhante que ela tenha sido.
Ninguém se terá lembrado que Deus nem tudo pode e, quem anda a saltar de altar em altar, na esperança que o divino o veja, tal como já tinha acontecido a quem, ao tempo, não era conhecido, esqueceu algum pormenor ou, no jogo de bastidores, não se tratou de influenciar a homilia apropriada.
Esqueceram-se, por exemplo, que Bush já tinha terminado o mandato e, embora o outro principal parceiro ... ainda ocupe o seu altar, era simples de prever que o jogo, a fazer-se, seria numa outra mesa. A quadricula a preencher, certamente seria de outra cor.
Quando Barroso apareceu à luz da Europa, houve um bruaá de espanto; a maioria aceitou mas, ninguém percebeu, nem como nem porquê.
Blair talvez soubesse. Tudo indica que sim, dado o seu caminho no pós primeiro ministro de Inglaterra, mas errou no Verbo. Como não se comemorava nenhuma batalha de Waterloo, ninguém se lembrou de proporcionar qualquer acontecimento que justificasse o encontro desejado. Então, a palavra não foi adequada. Sem ligação entre os respectivos poderes, perdeu!
E agora?
É claro que, como aconteceu antes, os agora nomeados irão assumir os lugares e, daqui a algum tempo, chegarão os respectivos elogios. Na União Europeia, e durante os próximos anos, a grande responsabilidade continuará nos governos do estados. Não poderá ser diferente, para bem da União, portanto, os nomes pouco interessam.
A responsabilidade de contentar 500 milhões de europeus continuará repartida.
Blair seria factor de desequilíbrios vindos de lobbies não confessados, além dos sinais de dependência que já havia demonstrado.
Surpresa?
Se sim, está visto que o poder de observação dos média anda muitas vezes por terrenos alagadiços e arenosos. Os mais experimentados não. Esses sabem que sempre terrenos movediços, e como tal não dão palpites, esperam o evoluir dos acontecimentos. Talvez seja por isso que são os que têm menos voz.
Esperemos agora os seus comentários.
.