sábado, 25 de outubro de 2014

------------ OS LÓBIS ------------


A ATIVIDADE LÓBI
LEGALIZAÇÃO?

Lóbi, um termo que não é bem aceite pela sociedade portuguesa, diga-se, com alguma razão, porque quem atua na clandestinidade demonstra sempre algo de pouco ético e muito pouca moralidade, ou nenhuma. As más experiências que enfermam a vida dos portugueses, quando sentem que quase tudo lhes corre pelo pior sem que as causa venham à luz do dia, são sempre atribuídas, ainda que silenciosamente, a quem tem o poder de influenciar os acontecimentos sem que, “justificadamente”, possa ser acusado.
A legalização da “profissão de lóbi, acompanhada da respetiva responsabilização, pode ser um tema a introduzir na discussão política porque tem carater estruturante para a vida dos portugueses, bem como introduziria um fator de clarificação no seio da atividade dos média.
Embora a tentativa possa parecer uma intromissão na vida política portuguesa se for considerada uma legislação importada, essa atividade em Portugal, regulada por portuguesas e legislada por portugueses de modo a que não se assemelhe a uma cópia importada, por exemplo dos EUA, será um assunto interessante para a politica portuguesa a vários níveis.
A título de exemplo, embora essa atividade não se resuma a isto, a política portuguesa, no que se refere à sua ligação com as atuações mediáticas, revela-se muito escura, com largo prejuízo para a democracia portuguesa. Sabe-se que há grandes lóbis, muito poderosos, mas atuando escondidos, com inteira liberdade da influência na condução política e económica do país, de tal modo que nem os próprios políticos sabem, pelo menos assim parece, quem controla as suas ações e quem, no fundo, comanda o evoluir da sociedade portuguesa.
A legislação dos lóbis poderia trazer mais claridade à democracia portuguesa, caso a lei especificasse a responsabilidade de quem influencia acontecimentos, nomeadamente os que são nefastos para as diversas atividades dos portugueses, bem como para a clarificação de quem, na sombra, se imiscui na independência do país. Os portugueses sabem que há grupos clandestinos que interferem , não apenas na área dos negócios mas manipulam a ação interna levando o país à dependência política e económica como se de “novos” colonizadores se tratasse.
A regulamentação dessa atividade poderia chegar como um “produto” que iria aumentar as possibilidades de obtenção de mais “receita” para os média. Normalmente, quer seja legal ou ilegal, a atividade de lobísta, onde quer que exista, é muito lucrativa e isenta de impostos. Quem quiser beneficiar da atividade dos lóbis, tem sempre de pagar por isso. Então por que não legalizar a profissão?
Este tema não é despiciendo no que se refere à contabilização para o PIB. Há muitos estudos no que se refere a atividades clandestinas ou subterrâneas que na sua totalidade teriam uma contribuição para o PIB na ordem dos 25%. Cálculos feitos sempre por defeito, para não se errar, mas é minha convicção que toda essa atividade não contabilizada andará, em Portugal, pelos 32%. A atividade de lóbi é, com certeza, uma dessas, com um certo peso nas atividades clandestinas. Os média sabem-no bem. Mas se lucram, “alguns”, com isso, muito mais perderão, e além de não se livrarem de uma certa dependência desses lóbis.
J Faustino.

25/10/2014.

terça-feira, 8 de julho de 2014

A NOVA INVASÃO CASTELHANA


DIÁRIO DE 7/7/14

A NOVA INVASÃO CASTELHANA

As notícias do dia, porque quem nos visita diz que quer confirmar a história, fizeram-me recordar uma parte negra da nossa História.
No final do século XV, para que Portugal pudesse pôr em prática toda a sua estratégia de libertação, de independência e de liberdade de seguir o seu caminho, teve de utilizar toda a sua inteligência, astúcia e capacidade de inovar, do ludibriar pelo silêncio das suas gentes todo o tipo de espionagem que na época se acumulava em Lisboa, sede do poder real. Foram decretadas leis que obrigavam ao juramento de fidelidade aos objetivos régios e à não divulgação de segredos de estado, nomeadamente a bordo, nas viagens marítimas, sob pena capital. Os segredos de estado eram apenas do conhecimento de grupos (secretos) geridos pela família real mais chegada e restrita. Era necessário o segredo absoluto dada a fúria avassaladora dos egrégios aliados aos castelhanos e venezianos. Quando o centro de todos aqueles ramos de espionagem descobriu os tais segredos, a Santa Sé, já os objetivos tinham sido cumpridos, como a descoberta do caminho para as índias pelo Sul e o entretenimento dos castelhanos para Ocidente por Salvador Fernandes (Z)Arco, que o Papa de então, castelhano, quando soube quem era, veio apelidar de ave colombina (ave rara). Por todo o lado passou a ser conhecido como Colon. Depois esses aventureiros, incluindo o Rei, pagaram com a vida a ousadia. Mas já não conseguiram impedir que a língua portuguesa chegasse a todos os cantos do mundo.
No final do século XX, e já entrados no século XXI, à semelhança do início do século XVI, aí temos novamente essa espécie de homens, como que amestrados por Roma (O.D.) e a castelhanagem, disfarçados de espanhóis, pela calada das nomeações subterrâneas, conquistar todos os lugares de topo, e dominar tudo quanto nos possa servir de fonte de riqueza e independência, numa espécie de coligação entre interesses não confessáveis e empresas fieis e úteis a Roma. Os centros de poder que não conseguem transferir para o lado de lá, são ocupados por eles próprios, por cá. Não existem lugares em quaisquer organismos considerados importantes para o funcionamento da economia que, por mera hipótese, seja ocupado por um independente ou político imune aos ditames desse conluio que vai minando as bases da independência portuguesa.
Atualmente culpam-se certas políticas e certas atuações de políticos, mesmo além fronteiras, de estarem a empobrecer o país, e culpa-se mesmo alguém que está do lado leste da União Europeia, que nada têm a ver com as políticas desastrosas internas que são as que verdadeiramente empobrecem o país. Parece que Ângela Merkel é pau para toda a obra.
Estão instalados por todo o lado, desde há mais de duas décadas, senão três, os homens daquele lóbi criado ali ao lado, os tais que Salazar e Cerejeira não quiseram deixar que se instalassem porque sabiam ao que esses energúmenos vinham. Foi necessária uma revolução democrática com uma nova Constituição, com as leis do liberalismo europeu, vindas da União Europeia, para que eles pudessem entrar e instalar-se. Já não é necessário instituir o dízimo. O roubo do “sangue” dos portugueses é legal. Quem joga com “Fé”, na apropriação da riqueza, está livre de acusação.
A coroa castelhana, perdão, espanhola, cada vez que muda o Papa tem de ir a Roma prestar vassalagem. Agora que mudou o Rei, foi a primeira saída: “Deus vos abençoai meus filhos, e cumpram o vosso dever histórico!
Isso, em parte, acabou de ser cumprido. A segunda viagem do novo Filipe, seguidor dos Filipes de má memória (?), foi a Portugal: “estou aqui para vos lembrar os laços históricos ...”! Cuidado com eles, que vêm donde nunca nos chegou “nem bom vento nem bom casamento”.
A invasão, a era assim o exige, pode vir camuflada de pacifista.
Mas o que é que o povo português pode fazer? Não tem historiadores que saibam história, ou se sabem estão virados para outro lado. Além disso, as janelas de Lisboa já não se debruçam para a rua.
Se continua em vigor o decreto da Santa Sé, que instituiu a sua Província da Ibéria com sede em Castela, os fiéis não podem fazer outra coisa que não cumprir o que está con(sagrado) na “Lei”, ainda que tenha a antiguidade de quase quatro séculos. E ainda temos de obedecer ao cristo (rei) que nos espia da sua morada, ali na outra banda.
As uniões politicas e económicas de hoje não existiam no século XVI, mas, se continuamos desatentos, a história pode repetir-se, mesmo com algumas uniões entre cidades fronteiriças que nos parecem “lucrativas” e de boa vizinhança, podemos vir a concluir que a “culpa irá continuar a morrer solteira”.
Pode não ser um despropósito, este pensamento de Invasão.

7/7/2014