PROPÓSITO: DESCONFIE SEMPRE! Sempre que estiver a ler, ver ou ouvir e lhe parecer que está a "observar" a verdade, parecendo-lhe esta demasiado óbvia, duvide, porque alguma "coisa" haverá de errado naquilo que parece uma evidência. Lembre-se que os deuses estão em todo o lado, como dizem, mas sempre "ocultos" e você tem apenas dois olhos. Não seja ABÉCULA.
sexta-feira, 20 de março de 2009
OS DIREITOS DO PAPA
Perscrutando por esse mundo mediático fora o que faz correr rios de tinta, ficamos com uma quase certeza: uma gáfe saída de um personagem com uma das maiores visibilidades mediáticas, não deixa ninguém de fora da polémica.
É evidente que a gáfe só existe para os críticos do império católico. Todos os seus obedientes, ainda que mudos, concordam com o dito.
Voltando à gáfe, com que "direito" é que o Papa dá lições ao mundo sobre temas do sexo?
Esta pergunta surgiu-me por discordar da opinião de Vasco Pulido Valente: " o Papa está no seu direito e no seu papel" (sic).
VPV ter-se-á referido ao direito de cada cidadão se expressar como entender. Mas, no caso em concreto, não é isso que está em causa: ninguém tem o direito de influenciar a subida dos níveis da SIDA, muito menos no continente onde esse flagelo mata milhares de pessoas.
Se está no seu papel? Com certeza!
Pelo menos enquanto a "Lei" papal do ano de 1074 não for revogada não haverá casamentos para os padres católicos.
Ainda assim, a moral que o Papa continua a apregoar sobre as restrições do uso do preservativo é, no fundo, uma imoralidade.
Como é que alguém, ou comunidade, que há quase mil anos institucionalizou a abstinência, pode ter experiência para dar lições sobre o sexo?
Se é assim, onde está a moral?
A intenção continuada de criticar o uso do preservativo contraria a intenção de evangelizar um continente com um problema vital.
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quinta-feira, 5 de março de 2009
LIÇÃO DE JORNALISMO
Ao folhear o público, não posso deixar passar sem uma referência, e uma pitada de sal, o seu editorial de hoje.
Sem querer saber de quem é o "testículo", porque a avaliar pela "estrebaria(da)" diária, há tantos coxos por esse jornalismo fora que se "contam pelos dedos" os de "geno-glândulas" completas.
De uma coisa deve estar certo António Lobo Antunes, para além da sua "sátira-milagreira" da cabidela divina, aliás poeticamente bem colocada por quem o sabe fazer, a realidade não desonra ninguém. É que, quem escreve todos os dias nos pasquins sobre o que lhe vai no espírito não deve ser censurado por ser coxo de raciocínio ou utilizar apenas um órgão quando a natureza oferece dois. É correcta a sua observação, com a qual estou inteiramente de acordo mas, o que se pode fazer a quem é dada a liberdade de expressão e não sabe para que ponto do horizonte se virar? Há pessoas que viram as costas ao tempo e, estando em permanência contra os ventos, estão sempre com os cabelos em pé, o que lhes tolda o raciocínio.
Entre o divino e o testículo de quem quer que seja, não nos podemos aborrecer completamente pela intelectualidade que todos os dias é colocada na rua. Não é nossa a culpa! Obra divina? Quem recorrer à história ... encontrará ...
É neste sentido que quero elogiar o editorial do público de hoje. Diferente! Sem medo da verdade! É disto que a imprensa diária e os próprios jornalista precisam, nomeadamente, quando se nota que navegam num mar de ilusões, convencidos que utilizando a arma do quarto poder, em qualquer situação, isso lhes dá prestigio e inteligência.
O director do jornal que tire deste editorial o que lhe aprouver e que saiba determinar quais os limites do seu "poder". A liberdade existe enquanto, e se, existir democracia.
Numa sociedade aberta o jornalismo deve utilizar, se o raciocínio estiver assente numa figura de espectro horizontal cujo quadrante tenha trezentos e sessenta graus, todas as vias de critica que proporcionem à sociedade esclarecimentos, sem limites ocasionais e (ou) manipulados.
O que se passa no dia-a-dia é que os "coxos" estão virados, ou aptos, unicamente a utilizar apenas 25% desse espectro, sendo testemunhas, advogados e juízes para tudo o que lhes é dado escrever, sem um mínimo de escrúpulos sobre o que possa acontecer ao vizinho.
A isto chamam liberdade de imprensa e critério jornalístico, como se o "ser" testicularmente coxo estivesse apto a um raciocínio de 360º. Depois vão para casa todos contentes e satisfeitos pela ética aplicada
Os jornais de referência também têm destas coisas; ora admitem mais um abécula (pelo que escreve) para todos os dias escarrapachar todas as suas "desinteressantes parvoíces" ora admitem o editorial de um escritor que todos apreciam e vão gostar de ler.
O mundo é feito de contrastes.
As minhas desculpas a quem a carapuça não serve.
Depois queixem-se que as expectativas vindouras não são boas para o jornalismo.
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