DIÁRIO DE 7/7/14
A NOVA INVASÃO CASTELHANA
As notícias do dia, porque quem nos visita diz que quer confirmar a
história, fizeram-me recordar uma parte negra da nossa História.
No final do século XV, para que Portugal pudesse pôr em prática
toda a sua estratégia de libertação, de independência e de
liberdade de seguir o seu caminho, teve de utilizar toda a sua
inteligência, astúcia e capacidade de inovar, do ludibriar pelo
silêncio das suas gentes todo o tipo de espionagem que na época se
acumulava em Lisboa, sede do poder real. Foram decretadas leis que
obrigavam ao juramento de fidelidade aos objetivos régios e à não
divulgação de segredos de estado, nomeadamente a bordo, nas viagens
marítimas, sob pena capital. Os segredos de estado eram apenas do
conhecimento de grupos (secretos) geridos pela família real
mais chegada e restrita. Era necessário o segredo absoluto dada a
fúria avassaladora dos egrégios aliados aos castelhanos e
venezianos. Quando o centro de todos aqueles ramos de espionagem
descobriu os tais segredos, a Santa Sé, já os objetivos tinham sido
cumpridos, como a descoberta do caminho para as índias pelo Sul e o
entretenimento dos castelhanos para Ocidente por Salvador Fernandes
(Z)Arco, que o Papa de então, castelhano, quando soube quem era,
veio apelidar de ave colombina (ave rara). Por todo o lado passou a
ser conhecido como Colon. Depois esses aventureiros, incluindo o Rei,
pagaram com a vida a ousadia. Mas já não conseguiram impedir que a
língua portuguesa chegasse a todos os cantos do mundo.
No final do século XX, e já entrados no século XXI, à semelhança
do início do século XVI, aí temos novamente essa espécie de
homens, como que amestrados por Roma (O.D.) e a castelhanagem,
disfarçados de espanhóis, pela calada das nomeações subterrâneas,
conquistar todos os lugares de topo, e dominar tudo quanto nos possa
servir de fonte de riqueza e independência, numa espécie de
coligação entre interesses não confessáveis e empresas fieis e
úteis a Roma. Os centros de poder que não conseguem transferir para
o lado de lá, são ocupados por eles próprios, por cá. Não
existem lugares em quaisquer organismos considerados importantes
para o funcionamento da economia que, por mera hipótese, seja
ocupado por um independente ou político imune aos ditames desse
conluio que vai minando as bases da independência portuguesa.
Atualmente culpam-se certas políticas e certas atuações de
políticos, mesmo além fronteiras, de estarem a empobrecer o país,
e culpa-se mesmo alguém que está do lado leste da União Europeia,
que nada têm a ver com as políticas desastrosas internas que são
as que verdadeiramente empobrecem o país. Parece que Ângela Merkel
é pau para toda a obra.
Estão instalados por todo o lado, desde há mais de duas décadas,
senão três, os homens daquele lóbi criado ali ao lado, os tais que
Salazar e Cerejeira não quiseram deixar que se instalassem porque
sabiam ao que esses energúmenos vinham. Foi necessária uma
revolução democrática com uma nova Constituição, com as leis do
liberalismo europeu, vindas da União Europeia, para que eles
pudessem entrar e instalar-se. Já não é necessário instituir o
dízimo. O roubo do “sangue” dos portugueses é legal. Quem joga
com “Fé”, na apropriação da riqueza, está livre de acusação.
A coroa castelhana, perdão, espanhola, cada vez que muda o Papa tem
de ir a Roma prestar vassalagem. Agora que mudou o Rei, foi a
primeira saída: “Deus vos abençoai meus filhos, e cumpram o
vosso dever histórico!
Isso, em parte, acabou de ser cumprido. A segunda viagem do novo
Filipe, seguidor dos Filipes de má memória (?), foi a Portugal:
“estou aqui para vos lembrar os laços históricos ...”!
Cuidado com eles, que vêm donde nunca nos chegou “nem bom vento
nem bom casamento”.
A invasão, a era assim o exige, pode vir camuflada de pacifista.
Mas o que é que o povo português pode fazer? Não tem historiadores
que saibam história, ou se sabem estão virados para outro lado.
Além disso, as janelas de Lisboa já não se debruçam para a rua.
Se continua em vigor o decreto da Santa Sé, que
instituiu a sua Província da Ibéria com sede em Castela, os fiéis
não podem fazer outra coisa que não cumprir o que está
con(sagrado) na “Lei”, ainda que tenha a antiguidade de quase
quatro séculos. E
ainda temos de obedecer ao cristo (rei) que nos espia da sua morada,
ali na outra banda.
As uniões politicas e económicas de hoje não
existiam no século XVI, mas, se continuamos desatentos, a
história pode repetir-se, mesmo com
algumas uniões entre cidades fronteiriças que nos parecem
“lucrativas” e de boa vizinhança, podemos
vir a concluir que a “culpa
irá
continuar a morrer solteira”.
Pode não ser um despropósito, este
pensamento de Invasão.
7/7/2014