INDEPENDÊNCIA?
QUE INDEPENDÊNCIA?
Deteta-se desde o início da “intentona”; tudo quanto o Estado
Português poder pagar, tem os cofres espanhóis à espera. Castela
não brincou quando os generais ultra conservadores se juntaram à
Obra para refazerem a história a que, “por herança histórica,
se julgam com direito”. E, com o conhecimento da “Coroa sem
Coroa” que é totalmente dependente de Roma, os “velhos ventos”,
quando voltaram não o fizeram a brincar. Desta vez utilizaram os
paradoxos da democracia, buracos existentes na Ordem Politica que
permitem a subjugação dos povos, e agora também com a ajuda de
outro tipo de pretensões vindas do outro lado do abismo, juntaram-se
para levar a cabo os seculares intentos de submeterem aos seus
ditames a “sua” província rebelde de Portugal.
Agora é a CP que até há pouco tempo só dava prejuízo ao Estado
Português, que pretende alugar composições a Espanha em períodos
de muita procura. Qual a empresa que vai beneficiar? A multinacional
Alstom1,
pois então.
Desta história que agora se vai contando aos poucos, como se com o
novo governo tivesse havido uma certa abertura para os meios de
comunicação informarem o que calaram durante alguns anos, salta
para a rua o que o Povo Português não sabia; a CP aluga automotoras
a Espanha, pagando vários milhões de euros, até que se realizem
determinados investimentos. Mas, como os da Obra estão no comando
das administrações portuguesas afins, todos esses investimentos são
protelados. Há sempre um “quê” para que não se iniciem.
Entretanto, esses mesmos, os que têm estado a destruir tudo quanto
consideram valias portuguesas desde há vários anos, sim esses, os
mesmos que destruíram a Cometna, lembram-se com certeza os
habitantes da zona de Lisboa, industria pesada que punha Portugal a
exportar, como o caso das composições para a Argentina2,
empresa que foi destruída, desmantelada como industria de base
Portuguesa e depois vendida ao desbarato, tal como todas as
destruições e vendas que se seguiram.
O novo comboio anunciado pelo administrador da Infraestruturas de
Portugal, ficou-se apenas pelas intenções porque, a Obra, quando
atuou no sentido da destruição da EMEF (vulgo privatização) não
o fez apenas para realizar qualquer tipo de reforma estrutural que,
na imprensa, era moda. O que lhe interessava era apenas destruir
aquilo que tinha possibilidades de entrar na América Latina como
produção portuguesa. Portugal, se tem de comprar, que compre à
“autoridade” colonizadora. Todo este processo está impregnado de
intenções politico económicas de controlo da atividade da
indústria portuguesa.
Mas o que é que continua a fazer no lugar mais importante da
Infraestruturas de Portugal, alguém que é controlado pela Obra?
O colonizador, para o ser, não dorme, já sabemos! Então é
necessário travar os investimentos portugueses com potencial de
desenvolvimento, e mais, não vão eles lembrar-se de construir uma
linha férrea entre Sines e Beja ou recomeçar as obras da auto
estrada entre Sines aeroporto de Beja, com todo o potencial que
aquele aeroporto traria, lá se ia o controlo do aventureirismo luso,
que sempre acompanhou Portugal quando este se sentiu livre.
Durmam bem, senhores políticos!
26/12/2015.
1Ver
jornal público de 26/12/2015.
2Como
se tratava da América Latina esta empresa tinha de ser destruída.