domingo, 30 de dezembro de 2007

FREI BENTO E A LIXEIRA MEDIÁTICA

Olá Frei Bento! Até que enfim! Conseguiu escrever uma "crónica" em que estou inteiramente de acordo consigo, quanto aos conteúdos. A grande "massa" do povo português, em matéria de televisão, está nas mesmas condições que descreveu; tem apenas acesso aos quatro canais "ditos" generalistas. Teríamos de analisar mais em pormenor se o são. No entanto, recorrendo à sua própria descrição: desgraças, publicidade (enganosa?), e digo eu, lixo, a que se junta a divulgação, dizem os acusados, do sexo (aqui também mentem porque o que querem divulgar é a homossexualidade). Depois chamam-lhe serviço público. Esses "energumenos" que passam os dias a destruir e a "emporcalhar" a moral e a cultura portuguesas, clamam pela liberdade de imprensa sempre que alguém se atreve a por em causa o seu "quarto poder". Alguns desses jornalistas de capoeira (aqui o termo é correcto porque, nos aviários de hoje, não se sabe o que é galo ou o que é galinha) até são homenageados (e disputados pelos outros canais) quando transitam de um canal para o outro. Vá lá o "mafarrico" perceber isto. Não são apenas os noticiários que anunciam as desgraças, como escreveu. É a maioria dos programas em que se dedicam quase exclusivamente a destruir aquilo que outros tentam construir, sempre que o tema é informação. Parece que os quatro canais apenas recrutaram "jornalistas" que apenas aprenderam a dedicar-se à "propaganda" do contra. Demonstram ter as características de "um certo grau de analfabetismo" pela falta de respeito pelos outros, e alguns até são muito bem pagos por isso. Muitos desses energumenos passam a vida a "descobrir" defeitos no povo português, como se os próprios fossem de outra nacionalidade. Ou então, como se vêm ao espelho todos os dias, apenas sabem relatar aquilo que observam. O que, de facto, não existe nas franjas da nossa sociedade, onde existe algum poder, é o sentido de justiça. Meia dúzia de "andróides" que podem fazer o que quiserem com uma esferográfica, permanecem imunes a todo o tipo de atropelos, ao desrespeito pelos outros e à moral colectiva. Para além disso, copiam as notícias uns dos outros, ou as fontes são exactamente as mesmas porque os conteúdos são todos iguais. Pergunto-me se valerá a pena os accionistas das empresas, incluindo o Estado, estarem a pagar remunerações e outras benesses a multiplicar por quatro quando o "trabalho" é exactamente o mesmo. É a sociedade que temos Frei Bento. Mas, numa coisa eu tenho dúvidas. Sabemos, F. Bento Domingues e eu, que quem controla os média não está à vista. Nunca aparecem em lado nenhum, pelo menos como tendo essa função, no entanto sabe-se que estão a cumprir a sua missão. Pela minha parte, que eu saiba, nenhum dos meus amigos se dedica a essas funções secretas. E o Frei Bento, pode dizer o mesmo? Tenha ou não, uma coisa eu penso que é seu dever, tal como fez hoje. Como membro da Ordem dos Pregadores e com acesso ao público, deve pregar contra essas imbecilidades. Frei Bento, com toda a sinceridade, um bom ano de 2008.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

GUERRA FRIA POR DEUS

A guerra fria acabou? Quem julgou que o muro de Berlim tinha sido a única causa desse relevante conflito do Século XX e, com o seu desmoronamento, a guerra fria acabara, enganou-se. Enganaram-se aqueles que viam na guerra fria um conflito político apenas entre as duas grandes potências mundiais do momento. Existem sempre razões, ocultas, ou simplesmente desconhecidas, que ditam o desenrolar dos acontecimentos. Ortodoxos e Católicos nunca serão "santos" quando as sociedades onde se acolhem entram em conflito. A maioria das religiões prega a paz, para "Zé Povinho" ouvir; o poeta António Aleixo não esteve de acordo. Que o digam os anglicanos que nunca estiveram descansados no seu reduto quanto às investidas do Império católico Romano. Se em alguns períodos houve a sensação que a paz se tinha instalado, ou que as tentativas de instalar o diálogo ecuménico eram sinais de restabelecimento dos cordões umbilicais com Roma, desenganem-se porque os "desarranjos intestinais" acabam sempre por complicar o ambiente Cristão. A Rainha que se cuide, que reveja a consistência do seu estatuto de independência porque corre o risco de vir a ter a excomunhão com castigo. Afinal quem faz a "Ponte". Os ingleses dão a ideia que, tradicionalmente são senhores do seu nariz e não cedem a intromissões que, idas do Sul, encontram sempre dificuldades para entrarem no consciente anglo-saxónico. Ou estaremos num período regressivo desse intelectualismo, transformando a sua sociedade, em geral, ora em bobos da corte ora em novos servos de Roma, como se essa fatalidade fosse um destino programado, de modo que a sua rebeldia religiosa tivesse o seu Tempo? Se não forem esses os sinais, o que pensar da notícia de que Tony Blair se tinha convertido ao catolicismo? Como interpretar essa cerimónia mediática em vésperas de Natal? Por que não se converteu enquanto ocupou o cargo de Primeiro Ministro? neste caso a cerimónia teria tido um impacto mediático maior. Ou será apenas o sinal, inequívoco, que Deus se instalou definitivamente em Roma e aí continuará "seculo seculorum"? É costume dizer-se que, mais tarde ou mais cedo, os serviços prestados serão recompensados. Tony Blair e Guterres, dois ex-governantes europeus, após terminarem os seus mandatos seguiram caminhos semelhantes. Um como Alto Comissário para os refugiados, o outro como Alto representante para "os conflitos do Médio Oriente". Mas o que é que estas duas personalidades têm a ver com o assunto descrito? A quem não perceber, também não vale a pena explicar. Estes novos sinais do Tempo poderão querer dizer que apesar de Deus se ter "sitiado" em Roma não dorme sobre o que se passa no mundo, e continuará, por "todo o lado", atento ao evoluir das missões. Com Tony Blair, Guterres ou outros, Roma continuará a pressionar "Cantuária". Haverá, ainda, muito Tempo e muito Espaço para as pelejas, até que a guerra fria e surda produza os seus efeitos. Como o que transparece na alta política nunca é, apenas, fumo, os dois estadistas terão cumprido as suas obrigações. Aos visados, às instituições, ainda que com o atraso desta publicação, um Natal espiritualíssimo.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

ONDE LEVA O PENSAMENTO?

... de mansinho te conheci nas nossas idílicas lides de mansinho subscrevi teus pensamentos livres logo, de mansinho a eles aderi. ... Belo pensamento Zé! Um Feliz Natal na companhia de quem mais ames. Um F. abraço, jcf

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

UM CONTO DE OUTRO PLANETA

Existe nos limites infinitos do Cosmos um Planeta quase saturado de "Andróides", que gira, aparentemente, subjugado pela sua Estrela como todos os outros, mas com características especiais. A regularidade dos seus períodos de exposição à Luz e a sua verticalidade posicional, cuja mutação é imperceptível para o comum dos "Andróides", emprestam-lhe uma galáctica quietude para que as suas componentes mais ínfimas se agreguem em diferentes "composições" e se transformem em Seres das mais variadas formas, como se tivesse havido um Arquitecto Inicial, carregado de ideais de "Beleza Cósmica", esquecendo-se que os "Andróides" seriam susceptíveis de virem a adquirir defeitos, contrariando a sua Génese Natural. Imagine-se que, no seio dessas "espécies", existe uma que, não se mostrando na sua plenitude, actua com visibilidade para aquilo que parece razoável e aceite pelos demais "Andróides" e na invisibilidade para aquilo que quer manipular mas não é aceitável, visando as suas intenções colonizadoras desse Globo, o qual se julga livre no seu espaço de "vegetação" cósmica. Imagine-se que essa espécie, no percurso da sua história evolutiva rumo a objectivos não declarados ou propositadamente distorcidos, teve necessidade de elaborar um código de conduta para prevenir e regular os defeitos adquiridos, isto é, regras próprias mais restritas que aquelas que o "Arquitecto", naturalmente, delineou. Se foi necessário fazer restrições às "prerrogativas naturais" porque o espaço e os recursos tinham de ser cada vez mais repartidos, estava criado o caminho para que uma das variedades de "Andróides", ora visível ora invisível, ora clara ora escura para o comum das espécies,se apoderasse das mentes distraídas para jogar a sua hegemonia ao correr dos Tempos. De vez em quando o comum dos "andróides" agita-se, quer alterar regras, adequá-las ao Tempo. Se a proposta objecto da reforma é "razoável", bem aceite pela comunidade, a visibilidade é notória e anunciada aos "cordeirinhos" que, boquiabertos, bloqueados, aceitam com a maior das naturalidades (ignorância?). Se a regra a alterar passar o limite do "razoável" criando descontentamentos, então, a manipulação passa ao "invisível", actuando a "seita" de modo a que outros grupos façam o trabalho "sujo", salvaguardando a "imagem" desses "Andróides" por excelência. Este conjunto de regras que devem ser alteradas por imposição Temporal, têm de deixar margem para aqueles que , tendo todo o sistema preparado para receberem, antes de quaisquer outros, a informação sobre o que se passa no planeta e em todos os lugares, em todos os recantos, salvaguarde os seus. Há sempre este ou aquele que se presume "imune" a tudo o que lhe é incumbido fazer. Tem de haver, sempre, margem de manobra para que a "Espécie Eleita" decida, em primeira mão, se aquele protegido mas suspeito de ilícitos deve ou não ser sujeito às regras punitivas devido ao seu incumprimento do estabelecido. Nesse Planeta de perfeitas regras cósmicas não se pode aplicar o Processo Penal directamente a partir do que foi resolvido passar a escrito. Mas, na passagem para a visibilidade, têm de ser deixadas janelas abertas para evitar julgamentos, antes que as regras escritas produzam os seus efeitos e possam ser aplicadas. Os "Andróides" críticos do sistema dizem que o aumento da impunidade é, apenas, o sintoma da crise daquilo a que se convencionou chamar "Estado". Têm toda a razão, o objectivo é precisamente esse! "Spectemur Agendo". Se um dia a "Coisa" passasse a correr sem essa "crise", os partidários do "claro-escuro" teriam grandes problemas para o domínio da "espécie" a que, naturalmente, pertencem. E, assim, o Planeta vai viajando através do Cosmos, submetido à sua Estrela, por sua vez à sua Galáxia e, cá no "Reino dos Andróides", estes vão, individualmente, vivendo, morrendo, sem que o anunciado caminho para a "Perfeição" idealizado, não passe da encruzilhada. Os pensadores e fazedores das regras bem podem continuar a palavrear-se, por todos os meios onde possam ser ouvidos, esgrimindo argumentos uns contra os outros. Não passarão do imperfeito. Este conto de outro planeta "quase" se aplica na totalidade ao único conhecido com vida à sua superfície. Não fora o privilégio do "subterrâneo" e o ajustamento seria perfeito. Errado? Avise-se o "Demos" Um democrata, perfeitamente adepto da independência de quem julga.

domingo, 9 de dezembro de 2007

COITADO DO ZÉ POVINHO

Outra vez Vasco P Valente As suas crónicas opinativas de fim de semana e a "aparente" ignorância histórica. VPV deveria saber, concretamente, o que escreve, pensar melhor o que vai dizer do povo português para que as suas "afirmações" não constituam um atentado à memória colectiva. Um historiador não pode basear-se em simples análises de "conjuntura" para classificar os portugueses disto ou daquilo. Um historiador não devia situar-se em "frases" já muito gastas e ultrapassadas para se "atirar de cabeça", descontrolada, contra a democracia. VPV, para defender a Monarquia não necessita de julgar mal o Povo Português, atirando-O para o último grau da inteligência humana. Será que VPV se considera um elemento do povo ou tem algum tipo de sangue não compatível? Um historiador tem a abrigação de saber quem trabalhou, e trabalha, diariamente, para conservar o atraso cultural do povo Português, quem lhe barra o caminho à aprendizagem e ao acesso ao conhecimento. Quém o mantem pobre, ignorante, indefeso, maleável, pronto a acreditar, hoje ,numa coisa e amanhã no seu contrário. Um historiador já deveria ter uma análise, ainda que guardada no seu "baú cerebral", do porquê de, após os primeiros dez anos de democracia, se ter reiniciado o movimento contrário àquilo que o povo desejava: reocupar o seu lugar no seio da comunidade de paises da linha da frente, com tudo o que lhe está associado, em termos de progresso humanístico. Um historiador isento, em vez de "crucificar" o povo, deveria denunciar quem, por exemplo, terá reiniciado o tortuoso caminho de aprendizagem da matemática e da língua pátria, após esse período de dez anos de evento 25 de Abril. Eu sei que VPV sabe que essas duas disciplinas são a base de qualquer avanço social na melhoria da inteligência colectiva. Daí a guerra, ainda actual, no sector do ensino em Portugal. Este último tema pode ser um desafio para que se debruce sobre temas importantes relativos ao estadio colectivo do povo português, nas sua opiniões de fim de semana. É possível que o tema não lhe interesse. Venha o Rei e estará tudo resolvido. Seja como quiser, no entanto, um historiador não se deve mostrar ignorante em termos históricos. Sabe que foi a Monarquia que ajudou ao "advento" da República, sem o que não teria havido êxito? Sabe! Provavelmente não lhe interessa, mas, essa posição não deveria implicar que tenha de recair sobre o Povo Português a responsabilidade pelos caminhos da "libertação" que continuam a ser-lhe fechados. É possível que esteja a exagerar mas sou um leitor que se irrita com os disparates que aparecem "escarrapachados" nos jornais, nomeadamente os relativos à "menorização" do Povo Português. A culpa morre sempre solteira?