domingo, 9 de dezembro de 2007

COITADO DO ZÉ POVINHO

Outra vez Vasco P Valente As suas crónicas opinativas de fim de semana e a "aparente" ignorância histórica. VPV deveria saber, concretamente, o que escreve, pensar melhor o que vai dizer do povo português para que as suas "afirmações" não constituam um atentado à memória colectiva. Um historiador não pode basear-se em simples análises de "conjuntura" para classificar os portugueses disto ou daquilo. Um historiador não devia situar-se em "frases" já muito gastas e ultrapassadas para se "atirar de cabeça", descontrolada, contra a democracia. VPV, para defender a Monarquia não necessita de julgar mal o Povo Português, atirando-O para o último grau da inteligência humana. Será que VPV se considera um elemento do povo ou tem algum tipo de sangue não compatível? Um historiador tem a abrigação de saber quem trabalhou, e trabalha, diariamente, para conservar o atraso cultural do povo Português, quem lhe barra o caminho à aprendizagem e ao acesso ao conhecimento. Quém o mantem pobre, ignorante, indefeso, maleável, pronto a acreditar, hoje ,numa coisa e amanhã no seu contrário. Um historiador já deveria ter uma análise, ainda que guardada no seu "baú cerebral", do porquê de, após os primeiros dez anos de democracia, se ter reiniciado o movimento contrário àquilo que o povo desejava: reocupar o seu lugar no seio da comunidade de paises da linha da frente, com tudo o que lhe está associado, em termos de progresso humanístico. Um historiador isento, em vez de "crucificar" o povo, deveria denunciar quem, por exemplo, terá reiniciado o tortuoso caminho de aprendizagem da matemática e da língua pátria, após esse período de dez anos de evento 25 de Abril. Eu sei que VPV sabe que essas duas disciplinas são a base de qualquer avanço social na melhoria da inteligência colectiva. Daí a guerra, ainda actual, no sector do ensino em Portugal. Este último tema pode ser um desafio para que se debruce sobre temas importantes relativos ao estadio colectivo do povo português, nas sua opiniões de fim de semana. É possível que o tema não lhe interesse. Venha o Rei e estará tudo resolvido. Seja como quiser, no entanto, um historiador não se deve mostrar ignorante em termos históricos. Sabe que foi a Monarquia que ajudou ao "advento" da República, sem o que não teria havido êxito? Sabe! Provavelmente não lhe interessa, mas, essa posição não deveria implicar que tenha de recair sobre o Povo Português a responsabilidade pelos caminhos da "libertação" que continuam a ser-lhe fechados. É possível que esteja a exagerar mas sou um leitor que se irrita com os disparates que aparecem "escarrapachados" nos jornais, nomeadamente os relativos à "menorização" do Povo Português. A culpa morre sempre solteira?

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