sexta-feira, 20 de março de 2009

OS DIREITOS DO PAPA

Perscrutando por esse mundo mediático fora o que faz correr rios de tinta, ficamos com uma quase certeza: uma gáfe saída de um personagem com uma das maiores visibilidades mediáticas, não deixa ninguém de fora da polémica. É evidente que a gáfe só existe para os críticos do império católico. Todos os seus obedientes, ainda que mudos, concordam com o dito. Voltando à gáfe, com que "direito" é que o Papa dá lições ao mundo sobre temas do sexo? Esta pergunta surgiu-me por discordar da opinião de Vasco Pulido Valente: " o Papa está no seu direito e no seu papel" (sic). VPV ter-se-á referido ao direito de cada cidadão se expressar como entender. Mas, no caso em concreto, não é isso que está em causa: ninguém tem o direito de influenciar a subida dos níveis da SIDA, muito menos no continente onde esse flagelo mata milhares de pessoas. Se está no seu papel? Com certeza! Pelo menos enquanto a "Lei" papal do ano de 1074 não for revogada não haverá casamentos para os padres católicos. Ainda assim, a moral que o Papa continua a apregoar sobre as restrições do uso do preservativo é, no fundo, uma imoralidade. Como é que alguém, ou comunidade, que há quase mil anos institucionalizou a abstinência, pode ter experiência para dar lições sobre o sexo? Se é assim, onde está a moral? A intenção continuada de criticar o uso do preservativo contraria a intenção de evangelizar um continente com um problema vital. .

1 comentário:

Aquem Tejo disse...

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