sábado, 18 de julho de 2009

--------------A CENTRALIZAÇÃO DA IBÉRIA---------------

De vez em quando os canais informativos ligados ao cordão umbilical da "Santa Mãe" ressuscitam a velha "nova" questão. As "constantinas (de má memória) interferências na administração política da "Ibéria", cujos objectivos sempre foram a centralização em "Castilla" (vulgo Madrid) de um governo controlado a partir de Roma, já deveriam ter desaparecido desse "mapa de intenções" de agregação política dos dois países, que o patriarcado nunca deixou de tentar. Os já "velhos" portugueses nada têm a ver com qualquer monárquica vassalagem ao império, que ainda exista nos nossos dias. Ao fim de dezasseis séculos de vigência dos "abrangentes" objectivos da conquista do mundo de então, embora a partir do século XV se tenham "alargado" as fronteiras, esse objectivo prosseguiu com quebras de continuidade aqui e ali, já era tempo de uma revisão do processo para bem de inocentes que nada têm a ver com tais objectivos. Ainda que esteja em vigor o decreto do patriarcado de Roma que institui a sua província da Ibéria, impunha-se a abolição dessa retrograda intenção de juntar num ponto central da península a governação de um pretenso e único país ibérico. É certo que o poder todo juntinho é mais fácil de controlar mas ,Portugal não é uma qualquer nova freguesia onde a construção de uma nova paróquia resolva a necessidade de uma nova divisão administrativa local. A insistência nessa imbecilidade política, de colocar uma centralidade administrativa num ponto exacto da península, quando na verdade esse ponto nunca poderá sair de Roma sob pena de se começar a desmoronar o edifício, apenas se poderá atribuir às obscuras roupagens, "amarelecidas" pelos tempos, já não se ajustando à era do aprofundamento da globalização. Se os outros patriarcas, a partir do momento em que "esse mundo" foi dividido em cinco partes, tivessem tido os mesmos objectivos (canibalismo), a norte do mediterrâneo, pelo menos, teríamos tido uma guerra "civil" em permanência (se bem que ela sempre existiu nos bastidores mais promíscuos desses auto-representantes teificados). É certo que os avanços civilizacionais e a ciência aproximam as consciências não atadas a correntes ferrugentas que o tempo está a desfazer, ainda que se vão revestindo com novos materiais que as mentes livres vão dando à luz. Mil anos de obscurantismo foi o limite que a Natureza impôs, embora para muitos, "os não eleitos", a noite negra continue, não tendo sido abrangidos pela renascença. Mas, esqueçam-se os rejubiladores de vitórias aparentes porque o mundo não existirá sempre só para alguns e deixem-se de querer aproveitar as ligações desinteressadas de organismos bilaterais, cujos interesses são apenas a colaboração técnico cientifica inter-pares. O aproveitamento de ligações supra nacionais para introduzirem processos de evangelização como se de um vírus informático se tratasse, tarde ou cedo se descobrirá. A natureza (espaço-tempo) reporá, sempre, as ligações humanas no seu devido lugar. A vida é fruto da terra e os indivíduos, em último caso, darão sempre preferência ao seu recinto de nascimento. Não se confunda, hoje, a abolição de fronteiras com qualquer fenómeno sobre natural. O agrupamento de países europeus ocidentais nada tem a ver com instituições que, apesar de seculares, sempre andaram a reboque de iniciativas dos defensores da democracia, e muito menos com agrupamentos que nasceram da imperfeição. Lisboa é Lisboa e Madrid é Madrid e este facto pressupõe, naturalmente, independência... A ingenuidade (ou não) do jornalista que colocou em título, num dos periódicos, que "a Ibéria é cada vez mais uma realidade presente" desconhece o que a história regista sobre este novo (velho) assunto.

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