quinta-feira, 22 de novembro de 2007

OS EDITORIAIS E OS DIRECTORES

Como classificar alguém que, tendo a "prerrogativa" de usar um jornal para expor os seus pensamentos, se dedica a fazer conjecturas sobre os casos mediáticos do momento, deixando a impressão que não está minimamente preparado para tais análises com algum sentido? Jornalista? Se o editorialista tem uma visão parcial do assunto que vai tratar, mais valia que colocasse alguém mais habilitado a escrever sobre o tema. A não ser que a posição que queira tomar se destine a agradar apenas a alguém e, nesse caso, não interessa se o que escreve faz sentido. A questão coloca-se sempre: a imprensa deve ser livre? Deve, sem qualquer margem para dúvidas! Mas devemos escrever o que nos apetece? Sim! Sim desde que ..., e a liberdade dos outros? A imprensa venezuelana deve ser livre? Deve! Sem margem para dúvidas. A imprensa venezuelana era livre antes de Hugo Chaves? Não! Somete alguns editorialistas com JMF, que evidenciam alguma "ignorância" (primária) em termos de jogos internacionais, podem escrever, ou dar a entender, que a imprensa é livre sempre que o poder político não intervém. Quem está há muito na imprensa deveria saber que esta nunca é livre, nomeadamente no seu caso, em que, se tiver um descuido e colocar o pé, perdão, a caneta fora das "linhas" ..., corre o risco de levar um "chuto" que o mandam escrever editoriais para outro pasquim. JMF deveria ter vergonha quando tenta, ainda que sub-repticiamente, colocar Mário Soares na "lama", por este ter posições que, no momento, parecem desajustadas. A sua visão do mundo está muito para além daqueles que têm apenas como experiência, escrevinhar editoriais. Todo o mundo sabe que M. Soares está sempre ao lado daqueles (povos) que são explorados. É, portanto, necessário dar tempo ao tempo. As respostas hão-de surgir. Mas há uma "blasfémia" ainda maior de JMF. É a de tentar culpar Hugo Chaves pela miséria em que vive o povo venezuelano. Quer dizer, chegou agora e já é responsável pelo que tem sido feito desde há décadas? Sr. editorialista, há quantos anos é que a Venezuela tem petróleo? Pensou nisso? A Venezuela tem essa fonte de riqueza que é, hoje, o petróleo, e o seu povo vive miseravelmente. Para onde foram as receitas? Ao tentar defender a pretensa liberdade de imprensa está a esconder o facto. Pode ser por ignorância histórica. Mas, está a defender quem? O povo venezuelano ou as multinacionais, principalmente espanholas, que têm sugado essas riquezas? O Sr. também é dos tais que pensa que o episódio do "porque non te callas" é meramente ocasional? Os "sanguessugas" estiveram até ao momento a perpectuar a pobreza do povo venezuelano. Como se corrige isso? Com a sua ideia de liberdade de imprensa? O Sr. escreveu uma carrada de asneiras no seu editorial. Pense bem nisso e medite nas suas tendências mediático-libertárias. Independentemente do conteudo do seu artigo e do seu objectivo, o tema é um lugar comum. Já quase toda a imprensa disse a mesma coisa e, nesse caso, no seu editorial referiu-se a coisas de "lana-caprina". Deseja agradar a quem? Ao seu patrão? à Igreja ou ao seu rei vassalo? A quém? Pessoalmente não aprovo quaisquer atentados à democracia, tal como a entendemos na Europa mas, também me irritam posições parciais, sem um mínimo de análise sobre aquilo que se escreve e que revelam um perfeito desconhecimento em matéria de economia internacional. Tem muitos conhecimentos sobre Mao Zedong? Comparou bem as situações? Mande alguém analisar a redação antes de "demagogiar".

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