terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

AJUSTIÇA EM TRIBUNAL

O programa RTP Prós-e-Contras levou, na última Segunda Feira, 11/2/08, a justiça portuguesa a tribunal público. Houve queixosos, advogados de defesa, acusadores públicos, esgrimiram-se argumentos, culpou-se o Estado, culpou-se o Sistema e, por fim, a culpa ficou solteira. Apesar da discussão entusiasmante, nada de lá saiu que o Zé Pouvinho já não soubesse. Ficou a impressão que havia magistrados "á rasca" dando a impressão de não saberem o que responder ou como tornear as questões, se bem que fosse necessário preservar segredos. Quem se apresentou a julgamento? Parece que magistrados e advogados em causa própria, pois não são eles que administram a justiça? Se os magistrados não sabem responder aos enviesamentos do sistema, que dirá o cidadão? Há medo de imposições exteriores ao sistema? Ninguém duvide! Mas então que justiça podemos esperar desta democracia mesclada? Como chegámos aqui? Alguém, no fundo, sabe o que aconteceu, o que fez para baralhar todo o sistema mas, essa invisibilidade terá de ficar como está; o veículo não é autorizado a pronunciar-se. Devíamos ao menos saber quando e como o sistema começou a ser emperrado. Quando se diz que os juizes não podem ser dependentes, o que é da mais elementar observância, ficamos a saber que, de facto, alguma dependência há. Mantendo-se a actual relação de forças (políticas) visíveis ou não, o sistema judicial português chegará algum dia a libertar-se de espartilhos? A morosidade ... está nos tribunais de 1ª Instancia? Claro! O prevaricador (invisível) sabe por onde começar. Os séculos de experiência valem muito. O que é certo é que ninguém sabe "quem" provocou o entupimento do sistema, ou ninguém quer saber, no entanto esse "quem" sabia que era mais fácil retomar o poder provocando o caos. Acorda meu bom Povo.

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