O “Mercado”, em linguagem jornalística, é personagem
indefinida: nervoso, excitado, vivo, penalizante, indomável, etc.,
dita sentenças de morte aos mais fracos e débeis e, pior ainda,
pode fazer festas milionárias em cima dos seus defuntos.
Mas serão coisas de outro mundo? Não! Todos conhecidos e alguns com
rostos que se descobrem aí por todos os escaparates. Apesar de
estarem na origem de muitas desgraças de muitos milhões de
pessoas, não há jurista que se atreva a evocar leis humanitárias
sobre os seus comportamentos nem administrador de justiça que se
atreva a puni-los, embora saibamos que as máquinas e os cálculos
que elas debitam aos indefesos, ainda que sejam países, sejam
manipuladas por mão humanas, normalmente as de funcionários de
“bilionários”, uns e outros sem escrúpulos, apenas na convicção
que o registo financeiro se transforma em dinheiro vivo com todo o
poder que lhe está associado.
Aquilo a que chamam mercado e quem assim se pronuncia sem mais
explicações jamais passa daí, não é mais do que o sítio para
onde as tecnologias da informação convergem, impulsionadas pelos
seus agentes, conhecidos mas pouco divulgados, onde jogam camuflados
os detratores que desestabilizam e lucram com as finanças públicas
de outros, como gatos escondidos com o rabo de fora. Todo o espaço é
preparado para que ninguém tenha a veleidade de lhes pisar o rabo e
assim, os miados que se ouvem são os dos ratitos, coitaditos, que lá
vão tentando equilibrar as porções de queijo que distribuem aos
pequeninos.
São felinos que espreitam o rato, que na sua necessidade de procurar
alimento para os seus inocentes, caiem facilmente nas suas garras,
sem que se apercebam que são vulneráveis e jamais dispostos a lhes
pisarem o rabo ou revelando-o ao vulgo e que os obriguem a soltar um
miado com estrondo para que toda a praça se agite.
Claro que alguns ainda vão bichanando por aqui e ali mas, o felino
embora esteja sempre vigilante, se estiver de barriga cheia, olha-o
com algum desprezo e deixa-o ir porque um pequeno resmungo pelos
sítios menos visíveis não atiça a bicharada.
As elites europeias? Existem? Onde?
Assim, o Goldman S. e mais alguns grandes em poder financeiro,
sente-se na pele do rei dos felinos e faz dos seus poderosos clientes
uns inocentes escondidos à procura de uns milhões porque a praça
europeia é rica e de outro lado qualquer do planeta seria muito
difícil retirar tais valias para criar bilionários a custa da
pobreza de outros. É esse o chamado “mercado” que certo
jornalismo divulga aos sete ventos que, regra geral, estão nervosos,
escondendo os nomes com que apelidam os gatos que enriquecem à custa
de milhões de famintos europeus. Não admira que alguns jornalista
sejam mais ricos que os seus patrões.
Bem gostaria de saber como vão ficar aqueles que colaboram no saque
daqueles que definem estas agressões externas a países soberanos
europeus, se um dia se lembrarem de participar à justiça tais atos.
30/6/2012
Sem comentários:
Enviar um comentário