sábado, 5 de abril de 2008

O IMPÉRIO E OS PONTOS NOS II

Segundo a imprensa diária, a CEP reuniu e nomeou, renomeou e ditou o seu programa de "governo". Como neste caso se trata de um "governo" representante do Império, não de um reino ou de uma república, as suas determinações são para serem levadas à prática. E acabou! Quais as determinações? Há uma que é fulcral ... A CEP pretende "restabelecer a confiança mutua entre todos os agentes educativos". Claro! Os senhores que conservam o Dom com que a "história" os agraciou, sabem muito bem o que fizeram. Já é bom sintoma falar-se em refazer alguma coisa. Quando a Democracia Portuguesa triunfou, o controlo político da Igreja foi rio abaixo. Tal como em outras épocas, havia que retomar o poder e toda a influência perdida. Como é que isso (sempre se fez) se faz? Primeiro destruindo, desorganizando, baralhando, criando instabilidade, ... Depois, quando toda essa influência e poder tiverem sido recuperados, toca a refazer tudo de novo, na condição de, evidentemente, o processo evoluir sob controlo. É a cultura, pois claro. As questões de divórcio não foram tratadas na conferência? Óbvio! Mas para quem está atento àquilo que, directamente, não aparece na imprensa. Durante esta legislatura haverá contenção e alguns temas tabus passarão. "Acordos" (políticos?) são acordos e os caminhos para Roma não se construíram nem se construirão num dia. Parece confuso mas quem manda, manda e o respeitinho é muito bonito. Os poderes democraticamente eleitos que se cuidem e verifiquem se, nomeadamente, a sua independência decorre conforme o instituído.

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