segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O NOVO PARTIDO

Aquilo que já se esperava vai surgindo, pouco-a-pouco, como uma luzinha ao fundo do túnel. Ao anunciar-se um partido novo, ao mesmo tempo que se desvalorizam todos os já existentes, logo se adivinha que vem a reboque alguma intenção, não de- clarada, de áreas pouco confessionais, em política. O MEP, Movimento Esperança Portugal aí está. À partida muitos leram "esperança" como "salvação", não se enganando muito, uma vez que, pouco-a-pouco, a natureza desse partido se vai desvendando. Só nos faltava isso no nosso leque partidário para que a democracia do século XXI não ficasse desprovida da respectiva "tareia" religiosa. Ao apresentar-se aos média logo se posiciona na área dos dois maiores parti- dos. Obviamente! É aí que pode ir buscar o maior número de votos e, também, onde os instiga- dores do evento querem batalhar para que os partidos visados, que nunca ou raramente se confessam, sejam colocados em situação de fragilidade perante estratégias que ultrapassam fronteiras. Qual a primeira candidatura anunciada? Laurinda Alves, claro! Quem é? Provavelmente já só alguns se recordam da discussão sobre a lei do aborto e a posição aberrante que, ela, no fim veio a perder porque o povo não lhe deu razão. Sigam-lhe os intentos, quer do novo partido quer da candidata e depois se saberá se me enganei. É minha convicção que nenhum dos dirigentes do novo partido se lembrou de reler "os princípios de Peter". Quem voa para além dos seus limites nun- ca sabe onde vai aterrar. Arranjem os subterfúgios que quiserem para justificar uma atitude; a polí- tica tem de ser feita com os políticos ou não haverá democracia. .

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