quarta-feira, 17 de outubro de 2007

FALTA DE CULTURA DEMOCRÁTICA?

Ou será falta de "escrúpulos" mesmo entre letrados? Será analfabetismo oposicionista? Eis uma questão importante para a vida de um país do "Primeiro Mundo" em que todos, governantes e governados, se deveriam esforçar para transmitirem ao colectivo nacional as respostas convenientes. O problema da "disfunção" democrática, observada diariamente, pela falta de respeito que se verifica para com as figuras nacionais constitucionalmente consagradas, é um sintoma de terceiro mundismo. Esta constatação é espalhada aos "sete-ventos", quase em simultâneo, pelo nosso jornalismo de capoeira. O analfabetismo demonstrado nas "campanhas" jornalísticas por quem tem a função, principal, de informar, não deveria existir nos critérios de independência reinvidicados e utilizados para divulgação de notícias de interesse público. As "figuras" da República Portuguesa, além do Chefe de Estado, legislativas, executivas, judiciais, independentemente de quem ocupa o lugar no momento, devem ser respeitadas. Não é raro ouvirem-se ou lerem-se impropérios a figuras pertencentes aos órgãos acima citados, e logo empolados pelos jornalistas, denegrindo e ofendendo as figuras em causa, quer como pessoas em si, detentoras de todos os seus direitos, quer como representantes legais dos cargos, como se de uma importante notícia se tratasse. São, ainda, os resquícios de um "prec" que denegria todos as pessoas que pensavam de modo diferente, quer fossem de esquerda ou de direita? O Facto era (e é) fomentado por figuras colocadas nos lugares certos, "emanadas" por instituições interessadas na desacreditação da democracia. Os beligerantes, autores desses incultos actos e os jornalistas, clamam de seguida que é a liberdade de expressão. Querem calar-nos! Dizem. Analfabetismo? Pior! Má educação! A crítica pode sempre ser feita, usando mais ou menos intensamente o discurso contra aquilo com que não estamos de acordo mas, para não perdermos a razão, nunca devemos ofender o outro, quer enquanto cidadão quer como desempenhando um cargo público. Que país de "Primeiro Mundo" será este que venha a ser necessário recorrer, um dia, a "leis" sansionatórias para corrigir actos de linguagem impróprios ou insultos? Que partidos povoam o universo político português que, parecendo não terem nada a propor para melhoria da gestão da "coisa", se dedicam única e exclusivamente a tratarem os seus adversários como inimigos, destruindo assim, perante o povo, a credibilidade política e, consequentemente, a sua? Masoquismo político? Que sindicatos e outras organizações, não se dirigindo naturalmente aos órgãos próprios com quem devem dialogar em primeira mão, se dedicam, com impropérios ou ofensas pessoais, a denegrirem as figuras nacionais, quer ao cargo quer à pessoa, demonstrando um certa cultura de lixeira? Ainda temos o hábito de "cantar", "a luta continua o governo para a rua"? Evoluídos! E os jornalistas, gostam? Quando chegaremos à idade adulta? Quando chegará a vez dos órgãos próprios se debruçarem sobre a boa conduta democrática, o respeito pelo outro, os limites da liberdade, a ética da boa informação, a proverem a "justiça" para todos esses actos que desvirtuam e limitam uma boa conduta social? Atenção autoridades legislativas, a iniciativa é vossa! Sabendo que por detrás de todas estas actuações na cena política (e social) portuguesa está sempre, pelo menos, uma instituição que nunca é vista nem achada para coisa nenhuma, não vale a pena apontar peões porque estes estarão sempre "inculpados". Estarão protegidos por Deus? Um dia, para que Portugal volte a ser uma das sociedades mais avançadas do mundo, todos os agentes democráticos terão de se debruçar, verdadeiramente, sobre o assunto. Até lá, paciência! Portugal agoniza! Mantenhamo-nos como "abéculas" e depois queixemo-nos.

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