sábado, 5 de outubro de 2019

A IMPORTÂNCIA DO TRATADO DE ZAMORA

A IMPORTÂNCIA DO TRATADO DE ZAMORA
Hoje, 5 de Outubro de 2019, Portugal completa 876 anos de independência.
A 5 de Outubro de 1143, sob influência do Arcebispo de Braga D. João Peculiar, e sob observância do Cardal Guido de Vico, italiano, Afonso Henriques de Portugal e Afonso VII de Leão, ao tempo intitulado imperador das Hispânias (não muçulmanas), reuniram-se em Zamora donde saiu o Tratado que confirmava a Independência de Portugal.
O Rio Vez foi testemunha importante das condições que levaram os dois primos a reunirem em Zamora para a assinatura do importante Tratado. Aí ainda não existiam castelhanices nem espanholices a quererem assenhoriar-se da Península.
Os 876 anos de independência de Portugal sobrepõem-se aos 500 anos de castelhanices que voltaram (continuam) a subjugação do Povo Luso.
O facto de o Decreto 421 da Santa Sé ter institucionalizado a sua Província da Ibéria, não dá o direito a qualquer outra República Ibérica, seja qual for o seu regime ou estatuto administrativo, de se arvorar em potência administrante da República Portuguesa, a mais antiga da Europa com as fronteiras definidas.
Apesar de alguns presidentes eleitos, lamentavelmente,darem sinais de subjugação, Portugal aí está no grupo que constituiu a União Europeia.
VIVA PORTUGAL.

sábado, 26 de dezembro de 2015

A INDEPENDÊNCIA DESLIZOU PELA FRONTEIRA





INDEPENDÊNCIA? QUE INDEPENDÊNCIA?


Deteta-se desde o início da “intentona”; tudo quanto o Estado Português poder pagar, tem os cofres espanhóis à espera. Castela não brincou quando os generais ultra conservadores se juntaram à Obra para refazerem a história a que, “por herança histórica, se julgam com direito”. E, com o conhecimento da “Coroa sem Coroa” que é totalmente dependente de Roma, os “velhos ventos”, quando voltaram não o fizeram a brincar. Desta vez utilizaram os paradoxos da democracia, buracos existentes na Ordem Politica que permitem a subjugação dos povos, e agora também com a ajuda de outro tipo de pretensões vindas do outro lado do abismo, juntaram-se para levar a cabo os seculares intentos de submeterem aos seus ditames a “sua” província rebelde de Portugal.
Agora é a CP que até há pouco tempo só dava prejuízo ao Estado Português, que pretende alugar composições a Espanha em períodos de muita procura. Qual a empresa que vai beneficiar? A multinacional Alstom1, pois então.
Desta história que agora se vai contando aos poucos, como se com o novo governo tivesse havido uma certa abertura para os meios de comunicação informarem o que calaram durante alguns anos, salta para a rua o que o Povo Português não sabia; a CP aluga automotoras a Espanha, pagando vários milhões de euros, até que se realizem determinados investimentos. Mas, como os da Obra estão no comando das administrações portuguesas afins, todos esses investimentos são protelados. Há sempre um “quê” para que não se iniciem. Entretanto, esses mesmos, os que têm estado a destruir tudo quanto consideram valias portuguesas desde há vários anos, sim esses, os mesmos que destruíram a Cometna, lembram-se com certeza os habitantes da zona de Lisboa, industria pesada que punha Portugal a exportar, como o caso das composições para a Argentina2, empresa que foi destruída, desmantelada como industria de base Portuguesa e depois vendida ao desbarato, tal como todas as destruições e vendas que se seguiram.
O novo comboio anunciado pelo administrador da Infraestruturas de Portugal, ficou-se apenas pelas intenções porque, a Obra, quando atuou no sentido da destruição da EMEF (vulgo privatização) não o fez apenas para realizar qualquer tipo de reforma estrutural que, na imprensa, era moda. O que lhe interessava era apenas destruir aquilo que tinha possibilidades de entrar na América Latina como produção portuguesa. Portugal, se tem de comprar, que compre à “autoridade” colonizadora. Todo este processo está impregnado de intenções politico económicas de controlo da atividade da indústria portuguesa.
Mas o que é que continua a fazer no lugar mais importante da Infraestruturas de Portugal, alguém que é controlado pela Obra?
O colonizador, para o ser, não dorme, já sabemos! Então é necessário travar os investimentos portugueses com potencial de desenvolvimento, e mais, não vão eles lembrar-se de construir uma linha férrea entre Sines e Beja ou recomeçar as obras da auto estrada entre Sines aeroporto de Beja, com todo o potencial que aquele aeroporto traria, lá se ia o controlo do aventureirismo luso, que sempre acompanhou Portugal quando este se sentiu livre.
Durmam bem, senhores políticos!

26/12/2015.
1Ver jornal público de 26/12/2015.
2Como se tratava da América Latina esta empresa tinha de ser destruída.

sábado, 25 de outubro de 2014

------------ OS LÓBIS ------------


A ATIVIDADE LÓBI
LEGALIZAÇÃO?

Lóbi, um termo que não é bem aceite pela sociedade portuguesa, diga-se, com alguma razão, porque quem atua na clandestinidade demonstra sempre algo de pouco ético e muito pouca moralidade, ou nenhuma. As más experiências que enfermam a vida dos portugueses, quando sentem que quase tudo lhes corre pelo pior sem que as causa venham à luz do dia, são sempre atribuídas, ainda que silenciosamente, a quem tem o poder de influenciar os acontecimentos sem que, “justificadamente”, possa ser acusado.
A legalização da “profissão de lóbi, acompanhada da respetiva responsabilização, pode ser um tema a introduzir na discussão política porque tem carater estruturante para a vida dos portugueses, bem como introduziria um fator de clarificação no seio da atividade dos média.
Embora a tentativa possa parecer uma intromissão na vida política portuguesa se for considerada uma legislação importada, essa atividade em Portugal, regulada por portuguesas e legislada por portugueses de modo a que não se assemelhe a uma cópia importada, por exemplo dos EUA, será um assunto interessante para a politica portuguesa a vários níveis.
A título de exemplo, embora essa atividade não se resuma a isto, a política portuguesa, no que se refere à sua ligação com as atuações mediáticas, revela-se muito escura, com largo prejuízo para a democracia portuguesa. Sabe-se que há grandes lóbis, muito poderosos, mas atuando escondidos, com inteira liberdade da influência na condução política e económica do país, de tal modo que nem os próprios políticos sabem, pelo menos assim parece, quem controla as suas ações e quem, no fundo, comanda o evoluir da sociedade portuguesa.
A legislação dos lóbis poderia trazer mais claridade à democracia portuguesa, caso a lei especificasse a responsabilidade de quem influencia acontecimentos, nomeadamente os que são nefastos para as diversas atividades dos portugueses, bem como para a clarificação de quem, na sombra, se imiscui na independência do país. Os portugueses sabem que há grupos clandestinos que interferem , não apenas na área dos negócios mas manipulam a ação interna levando o país à dependência política e económica como se de “novos” colonizadores se tratasse.
A regulamentação dessa atividade poderia chegar como um “produto” que iria aumentar as possibilidades de obtenção de mais “receita” para os média. Normalmente, quer seja legal ou ilegal, a atividade de lobísta, onde quer que exista, é muito lucrativa e isenta de impostos. Quem quiser beneficiar da atividade dos lóbis, tem sempre de pagar por isso. Então por que não legalizar a profissão?
Este tema não é despiciendo no que se refere à contabilização para o PIB. Há muitos estudos no que se refere a atividades clandestinas ou subterrâneas que na sua totalidade teriam uma contribuição para o PIB na ordem dos 25%. Cálculos feitos sempre por defeito, para não se errar, mas é minha convicção que toda essa atividade não contabilizada andará, em Portugal, pelos 32%. A atividade de lóbi é, com certeza, uma dessas, com um certo peso nas atividades clandestinas. Os média sabem-no bem. Mas se lucram, “alguns”, com isso, muito mais perderão, e além de não se livrarem de uma certa dependência desses lóbis.
J Faustino.

25/10/2014.

terça-feira, 8 de julho de 2014

A NOVA INVASÃO CASTELHANA


DIÁRIO DE 7/7/14

A NOVA INVASÃO CASTELHANA

As notícias do dia, porque quem nos visita diz que quer confirmar a história, fizeram-me recordar uma parte negra da nossa História.
No final do século XV, para que Portugal pudesse pôr em prática toda a sua estratégia de libertação, de independência e de liberdade de seguir o seu caminho, teve de utilizar toda a sua inteligência, astúcia e capacidade de inovar, do ludibriar pelo silêncio das suas gentes todo o tipo de espionagem que na época se acumulava em Lisboa, sede do poder real. Foram decretadas leis que obrigavam ao juramento de fidelidade aos objetivos régios e à não divulgação de segredos de estado, nomeadamente a bordo, nas viagens marítimas, sob pena capital. Os segredos de estado eram apenas do conhecimento de grupos (secretos) geridos pela família real mais chegada e restrita. Era necessário o segredo absoluto dada a fúria avassaladora dos egrégios aliados aos castelhanos e venezianos. Quando o centro de todos aqueles ramos de espionagem descobriu os tais segredos, a Santa Sé, já os objetivos tinham sido cumpridos, como a descoberta do caminho para as índias pelo Sul e o entretenimento dos castelhanos para Ocidente por Salvador Fernandes (Z)Arco, que o Papa de então, castelhano, quando soube quem era, veio apelidar de ave colombina (ave rara). Por todo o lado passou a ser conhecido como Colon. Depois esses aventureiros, incluindo o Rei, pagaram com a vida a ousadia. Mas já não conseguiram impedir que a língua portuguesa chegasse a todos os cantos do mundo.
No final do século XX, e já entrados no século XXI, à semelhança do início do século XVI, aí temos novamente essa espécie de homens, como que amestrados por Roma (O.D.) e a castelhanagem, disfarçados de espanhóis, pela calada das nomeações subterrâneas, conquistar todos os lugares de topo, e dominar tudo quanto nos possa servir de fonte de riqueza e independência, numa espécie de coligação entre interesses não confessáveis e empresas fieis e úteis a Roma. Os centros de poder que não conseguem transferir para o lado de lá, são ocupados por eles próprios, por cá. Não existem lugares em quaisquer organismos considerados importantes para o funcionamento da economia que, por mera hipótese, seja ocupado por um independente ou político imune aos ditames desse conluio que vai minando as bases da independência portuguesa.
Atualmente culpam-se certas políticas e certas atuações de políticos, mesmo além fronteiras, de estarem a empobrecer o país, e culpa-se mesmo alguém que está do lado leste da União Europeia, que nada têm a ver com as políticas desastrosas internas que são as que verdadeiramente empobrecem o país. Parece que Ângela Merkel é pau para toda a obra.
Estão instalados por todo o lado, desde há mais de duas décadas, senão três, os homens daquele lóbi criado ali ao lado, os tais que Salazar e Cerejeira não quiseram deixar que se instalassem porque sabiam ao que esses energúmenos vinham. Foi necessária uma revolução democrática com uma nova Constituição, com as leis do liberalismo europeu, vindas da União Europeia, para que eles pudessem entrar e instalar-se. Já não é necessário instituir o dízimo. O roubo do “sangue” dos portugueses é legal. Quem joga com “Fé”, na apropriação da riqueza, está livre de acusação.
A coroa castelhana, perdão, espanhola, cada vez que muda o Papa tem de ir a Roma prestar vassalagem. Agora que mudou o Rei, foi a primeira saída: “Deus vos abençoai meus filhos, e cumpram o vosso dever histórico!
Isso, em parte, acabou de ser cumprido. A segunda viagem do novo Filipe, seguidor dos Filipes de má memória (?), foi a Portugal: “estou aqui para vos lembrar os laços históricos ...”! Cuidado com eles, que vêm donde nunca nos chegou “nem bom vento nem bom casamento”.
A invasão, a era assim o exige, pode vir camuflada de pacifista.
Mas o que é que o povo português pode fazer? Não tem historiadores que saibam história, ou se sabem estão virados para outro lado. Além disso, as janelas de Lisboa já não se debruçam para a rua.
Se continua em vigor o decreto da Santa Sé, que instituiu a sua Província da Ibéria com sede em Castela, os fiéis não podem fazer outra coisa que não cumprir o que está con(sagrado) na “Lei”, ainda que tenha a antiguidade de quase quatro séculos. E ainda temos de obedecer ao cristo (rei) que nos espia da sua morada, ali na outra banda.
As uniões politicas e económicas de hoje não existiam no século XVI, mas, se continuamos desatentos, a história pode repetir-se, mesmo com algumas uniões entre cidades fronteiriças que nos parecem “lucrativas” e de boa vizinhança, podemos vir a concluir que a “culpa irá continuar a morrer solteira”.
Pode não ser um despropósito, este pensamento de Invasão.

7/7/2014

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

------ A ARMADILHA ELEITORAL PARA 2015 ------


A ARMADILHA

Assegurar que no futuro proximo o poder não regresse às tendências que consolidaram o atual estatuto constitucional, se possivel modificando a Lei Base é uma estratégia politica que se está a revelar de um modo muito intensivo sobre a oposiçao do momento, o qual inclui slogans de salvação.
A tentativa de levar a oposição a negociar um qualquer acordo de regime é uma forma de tentar amarrar, nomeadamente a oposição que possa ter acesso ao poder, aos objetivos que estão delineados para que a direita volte a ganhar as proximas eleiçoes legislativas, em 2015. A história demonstra que quem faz acordo com o grupo politico no poder, caindo no slogam da salvação, está a garantir que esse partido no poder vai ganhar as eleições seguintes. Os frutos de uma qualquer politica, ainda que apoiada pela oposição, são sempre colhidos por quem está no governo. O eleitorado assume sempre que quem governa é responsável pelo estado do país. Neste momento, fazer um “acordo de regime” para que as tropelias de quem está no poder político tenham sucesso é um suicídio politico. Os partidos políticos existem por que têm visões diferentes de ver e gerir a coisa publica. Logo, se fazem acordo para que a política do adversario tenha “sucesso”, então os partidos que assim procederem não tem razão de existir.
Todo aquele militante que preconize um acordo com o adversário político para apoiar as suas opções politicas, seja a que títulor for, deve sair do partido onde milita. Para a resolução de situaçoes políticas conjunturais que alterem o funcionamento prático da diversidade política, o povo deve ser consultado; pergunte-se-lhe que partido quer para gerir essas situações políticas conjunturais ou se quer alguma alteração no equilibrio de base que sustenta a diversidade de pensamentos.
Se os que foram eleitos, por sua conta não conseguem resolver o problema a que se propuseram, perguntem ao povo que os elegeu se dá o seu acordo à politica seguida. De outra forma, pedindo colaboração a um adversário político é falsear as regras da democracia, com claro prejuizo para o povo.

9/11/2013.

terça-feira, 16 de abril de 2013

-----------O EURO E OS CRIMES SEM CASTIGO-----------

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Os profetas da desgraça, jornalistas incluídos, já quase a dão como certa. Uma eventual saída de Portugal da zona euro, coisa que não está definida como se iria efetivar, não poderia ser apenas para resolver, se resolvesse, o problema das contas externas. O “movimento conjuntural” nesse sentido, nos finais de 2012, parecia ter estado adormecido, porque se acreditava que a União Europeia tinha sido capaz de suster os problemas financeiros criados às economias do sul, mais débeis. No entanto verificava-se que toda a banca da zona continuava “proibida” de conceder crédito, nomeadamente à industria, logo não havia condições para o arranque do crescimento tão necessário. Hoje já sabemos que tudo continuou em marcha como tinha sido delineado por volta de 2004, após o encontro Bush-Papa.
Se um tal acontecimento se efetivar, a destruição da moeda única europeia ou a sua redução a dois ou três países, o que a deixaria sem qualquer expressão universal, jamais se poderiam deixar ficar sem mais, os prevaricadores nos seus sofás, entulhados em altas somas de juros sacados aos estados da União mais débeis financeiramente, conseguidos pelo ataque ás dívidas soberanas.
Sabendo que se trata de uma agressão externa, preparada desde 2004, a esses estados, com cumplicidades internas, os autores de tais desmandos teriam de ser procurados e entregues ao TPI, por associação criminosa de larga escala internacional, na presunção de que têm praticado crimes contra a humanidade,
Não será difícil chegar aos prevaricadores externos, pois o objetivo principal é acabar com a moeda única europeia, “custe o que custar”, e outros que, pela mesma associação, desejam ver altos índices de miséria, para continuarem na senda dos comandos politico religiosos.
Os cúmplices internos de cada estado são parte integrante dessa associação criminosa, e atuam num processo de duplo crime, porque também atuam contra os seus próprios estados.
Se não se criar esse movimento de contestação, com intervenção judicial, perderemos todos, os do norte e os do Sul, que vêm e e sentem toda esta agressão a países soberanos, …, na continuação do aumento dos índices de miséria e na impotência perante a certeza de que a “Culpa Vai Morrer Solteira”.
Uma coisa são os políticos que, na sua senda de se substituírem uns aos outros na condução dos destinos políticos dos estados, desligados das intentonas destes lóbies, outra são os criminosos em larga escala que além de conduzirem à crescente miséria e com a sua ação promoverem o aumento da criminalidade interna, tal como roubos e assaltos de vária ordem, a violência onde os mais idosos e desamparados vivem num estado de medo constante, quiçá saindo desta vida mais cedo devido a suicídios, desordens entre famílias pela perda dos seus empregos, doenças devido ao medo e insegurança semelhantes a epidemias, enquanto os prevaricadores se esmeram na obtenção de grandes somas financeiras sujas, pelo poder que essas riquezas lhes trazem e o controlo infinito sobre toda a finança em rede. Um euro valorizado, quando transferido para o país dos dólares, leva uma riqueza acrescida. Por isso, contradição das contradições, vai continuar a um câmbio alto até cair.
Os últras de qualquer país do mundo que na sua ação de arrecadações multimilionárias a partir da facilidade que os registos financeiros lhes dão, provocando tais crimes contra a humanidade, um dia terão de perder a sua “imunidade”, e os povos terão de pedir justiça a quem tem a incumbência de a fazer, utilizando esse poder legal que até hoje tem ficado preso nos gabinetes do medo.
O resultado de um Sadam que queria deixar de comercializar com base no dólar foi pagar com a vida tal ousadia. Uma Argentina que igualou o peso ao dólar e que por isso, internamente, já subalternizava a moeda norte americana, foi o seu povo que pagou com a miséria que ainda perdura. Com a União Europeia não pode suceder coisa idêntica: esta tem de reagir e punir os prevaricadores sejam eles de que parte do mundo forem. E esta ação tem de ser urgente porque a queda da moeda única estava prevista, desde o início, para altura em que está agendada (coincidência?) a tomada de posse de um novo governador para o Banco do Reino Unido, que obviamente terá grande influência na praça financeira de Londres, “Mark Carney”, calcule-se. Os ingleses abdicam, pela primeira vez na sua história, de um inglés para gerir o Banco Central do Reino Unido, entregando o comando a essa sumidade que vem do Canadá pela mão do Goldman Sachs (mais um seu ex empregado para adicionar aos que ocupam quase todos o lugares de comando dos destinos financeiros da União Europeia e de grande parte dos seus países, uma situação que o tal “jornalismo” cala). Como é que os ingleses abdicam de gerir aquilo de que mais se orgulham e que têm justificado para não aderirem ao euro? Esse novo chefe poderoso que vem do outro lado do Atlântico tomará posse em Julho de 2013.
Aquela data, que seria para comemorar as exéquias do euro, só não será cumprida se os povos europeus tomarem qualquer atitude que influencie os políticos de cada país, nomeadamente os do Sul da União Europeia, na convicção de que os outros estados também serão muito afetados se a moeda única acabar.
12/4/2013.

quarta-feira, 20 de março de 2013

----------- OS SECRETISMOS DE ROMA -----------


                                       AS RAZÕES DE BENTO XVI

As notas que nos chegam de Paris, dos especialistas em assuntos do Vaticano, e de outras informações que fomos adquirindo quando estes assuntos quentes ainda não tinham saído para a praça pública dizem que a renuncia nada teve a ver com assuntos de fé. As apetências febris financeiras de hoje, invadiram os conclaves que entre as nomeações papais se vão fazendo, longe da populaça que diariamente enche a Praça de São Pedro ou a que diariamente bebe, e jamais se sacia, desse cálice que os média todos os dias enchem com palavreados dirigidos às correntes massivas da obediência cega. O Papa Bento XVI terá decidido renunciar em Março passado, após regressar da sua viagem ao México e a Cuba. Terá descoberto, numa informação elaborada por um grupo de cardeais, grandes irregularidades onde estes enunciaram comprometedores desvios ao sentido espiritual que deve dominar a Igreja Romana: corrupção, finanças obscuras, lavagem de dinheiro, guerras fratricidas pelo poder, lutas entre fações e, mais recentemente, o roubo de documentos secretos.
Se este último facto se tornou agora conhecido, os outros mencionados já eram badalados aí por zonas onde a censura católica se distraía. E, tratando-se essencialmente de poder e dinheiro, qual o grupo implicado? Há quem acredite que o Opus Dei tem as mão limpas.
Apesar da propaganda das infalibilidades papais, diz-se que o imperial governo de Bento XVI decorreu muito longe das verdades do céu e muito perto dos grandes pecados terrestres, sendo o Vaticano um dos estados mais obscuros do planeta.
Enquanto aquele tipo de máfia calabrosa teve a sua base de refúgio unicamente em território a sul de Roma, o seu “sustentáculo confessional” funcionou sempre sem grandes escapes, sem fumaradas que intoxicassem as plebles do resto do mundo ocidental, e tudo decorreu sem que qualquer manifestação de justiça se fizesse ouvir. Os dinheiros do chefe mafioso da Cosa Nostra estavam depositados no IOR, o banco da Santa Sé. Mas, tudo tem um fim e esse poder mafioso que floresceu na segunda metade do século XX, extinguiu-se e apenas se notam resquícios, estando os últimos chefes a contas com a justiça. No seu auge não existia quem os intimidasse e, no reduto imperial, tudo é imune.
Os tempos mudaram, como sempre e, quando essa base sustentáculo permitiu que uma prelatura criada noutro Estado, fora de Itália, tomasse o lugar da antiga organização “protegida”, estava dado o primeiro passo para a implosão daquele império milenar. O Opus Dei não nasceu por necessidades de espalhar a fé. A sua criação destinou-se a promover um contrapoder civil que a igreja de Roma naquele momento não tinha, lá onde a voracidade do seu criador a pretendia, nem a sua criação foi intenção do papado.
Bento XVI, ao deixar-se eleger por essa organização criada fora de Itália, enliou-se a si próprio e, consequentemente, novelou o próprio império que tinha de dirigir, numa teia de gananciosos tal que jamais esse império voltará a ser o centro das atenções ocidentais como já fora. Desta vez não será apenas cisma como há séculos, mas dupla papal em que um deles pretende-se que seja o visível e o outro o emérito que, quando a tempestade acalmar e as águas regressarem aos seus leitos de aparente paz, poderá sobressair a fase da lenta implosão, mais alargada, porque a necessidade de seguir a reboque da evolução faz entoar as vozes muito para além dos limites de Roma e, o facto de se ter de modernizar, porque o Tempo o exige, ainda que teologicamente tentem observar e acompanhar as tendências, estarão sempre na carruagem de traz, como condição de manter aquele conservadorismo bacoco que se conhece. Diz-se por aí, que o ministério de Ratzinger, apoiando ou não as teologias da libertação, não conseguiu perceber a sociedade do século XXI, nem entendeu lá do alto do seu altar, o mundo que estava à sua frente.
Bento XVI terá contratado um jornalista norte americano, Greg Burke, membro do Opus Dei, que fora integrante da agência Reuters, da revista Time e das cadeias Fox, com a intenção de este contribuir para a melhoria da imagem da Igreja Católica, ao que este terá correspondido com a intenção, disse, de fazer luz. O Sumo e quem o aconselha não perceberam que seria uma contradição tentar abrir as janelas daquele conclave permanente a concorrentes de outro tipo de imperialismo, uma vez que na condução do estado do Papado nada pode ser claro e tal intenção morreu por aí. Os dias parecem decorrer apenas em horas de lusco-fusco.
Desta nomeação se terá servido J.W. Bush para engendrar um acordo com o Papa, em 2004, com a intenção de desmantelar a moeda única europeia, ao colaborarem , os dois estados, nos pontos de interesse de cada um. Os do outro lado do Atlântico, embora não declarado, pela desintegração da moeda única europeia, o que, por arrastamento, empurraria a União Europeia para a desintegração política, ficando os da margem do Mediterrâneo a gerir a seu belo prazer os estilhaços e os cacos do conjunto da cozinha europeia que, como sempre, a fé apregoada se dá muito bem no seio da miséria e da confusão. Assim a união do poder católico continuaria com sede em Roma, como rezam os pergaminhos do império. O ponto fulcral que baralhou toda esta questão, de quem desmantela o quê, terá surgido quando perceberam que o processo arruinava também a Itália e aí, todas as correntes de transmissão controladas pelo Goldman Sachs, Montis e Cª, emperraram.
Os aconselhantes de Ratzinger não perceberam que os dois objetivos eram antagónicos e então, como sempre, o fio condutor parte pelo lado financeiramente mais fraco. Teria sido fácil de entender que a ladroagem financeira que gravita à volta do Vaticano é muito vulnerável e que a ladroagem também financeira vinda do outro lado do Atlântico, com a experiência da Inteligência aí sediada , ramificada pelas praças europeias, não combinavam nos seus fins. Nos princípios da atual crise das dívidas soberanas, Ratzinger nomeou o banqueiro Ettori Gotti Tedeschi, um próximo do Opus-Dei, diz-se, representante do Banco Santander em Itália, Presidente de banco do Vaticano para tentar limpar a imagem bastante turva desse labirinto das contas da Santa Sé, em que o arcebispo norte americano Paul Marcinkus a tinha deixado, este chamado banqueiro de Deus, onde a corrupção e a lavagem de dinheiro de origens desconhecidas fazia a base financeira intocável do poder mafioso. Quando da detenção do mordomo do Papa devido ao escândalo dos documentos roubados, Tedeschi foi demitido por supostas irregularidades na gestão. Tudo indica que as irregularidades no banco do Vaticano, mais conhecidas desde os anos 80, tinham a mão do Opus Dei e eram propositadas, uma vez que estes, ao tempo, constituíram uma associação de propaganda 2, conhecida como P-2, que se dizia maçónica, quando se sabia que para a Igreja Católica a maçonaria era o inimigo figadal. A intenção seria deitar para cima da maçonaria os escândalos que preparavam utilizando o banco do Vaticano.
Assim percebe-se o porquê da Igreja Católica ser atualmente o reflexo da atual decadência da sociedade ocidental em tudo o que de pérfido ela tem.
A nova Santa Sé deverá ser tomada totalmente por dentro pela prelatura Opus Dei, se um novo Papa não trouxer a força necessária para por ordem nas intenções daqueles que querendo o poder que essa instituição milenar comporta aliando-o ao poder financeiro agora mais do que nunca apetecível para jogar na cena da globalização.
Este é o caminho para o abismo donde, o que de lá se salvar, não se sabe quando, trará apenas o nome de Sé como caso remoto e possivelmente passado à história.
Um homem apenas, por muito que o Divino o proteja, quando se aproxima do final da sua passagem terrena, jamais terá “arcaboiço” para suportar o peso que uma instituição de tal dimensão comporta e, como demonstra a situação atual, ou se alteram as próprias leis administrativas ou há que pedir ajuda. É o que parece estar a acontecer.
10/3/2013

sábado, 22 de dezembro de 2012

------------PORTUGAL NAUFRAGADO --------------


Em finais de ano esquecemos
toda a purga malfeitora
política destruidora
mesmo assim bem desejamos.


Nesta Europa de alegorias, sofismas, boatos, mentiras, vitima de saques e de extorsões legaliza­das pelo fechar de olhos dos seus dirigentes ao serviço de terceiros, não existe qualquer reação aos ataques externos à sua soberania, com sérios prejuízos para os seus cidadãos.
Assim Portugal não escapa a essas intentonas, sendo vítima das suas próprias vulnerabilidades, numa clara perda de independência, como se num regresso ao século XVI, em que nem as profis­sões nem as produções de base eram livres de se auto sustentarem.
Entre seareiros e moleiros existe uma eólica disfunção: se a uns falta o sopro … os outros não proporcionam o pão.
Entre ferreiros e alquimistas existe uma forja onde o carvão não fogueia e a areia não caldeia: sem a procura da transformação das limalhas em ouro, acabou-se a ilusão.
Os almocreves ficam a meio caminho, de rumo perdido, desorientados pelos ventos descontrola­dos que sopram de quadrantes contrários. Erram nas políticas que apontam vias íngremes e os bur­ros recusam transportar as altas cargas. Os donos das portagens, devido à escassez da passagem de caminheiros, aplicam altas taxas aos que tentam prosseguir os seus próprios caminhos.
Os “portugas”, apelidados de tudo o que de pior existe na nomenclatura de uma rastejante políti­ca, resta-lhes continuar pobrezinhos, coitadinhos, aos sabor das vozes do adro, onde os votos de po­breza são anestésicos de resignação. Resta-lhes esperar que apareçam políticos com inteligência própria, em que se assumam mais como patriotas do que amigos unicamente de si próprios, onde os bolsos valham menos que os acenos dos transportadores de enormes registos da finança informática, vinda de fora, vampiros que voam à velocidade da luz, mitigando esperanças, retornando com o sa­que de sangue dos pobres desamparados, que se moem a si mesmos em torturas, orientados por gui­as que não entendem.
O Portugal independente, sonhado por uns e ainda desejado por outros, aqueles que sabem histó­ria, jamais o será. Se este cantinho continuar definhando pelas correntes submersas onde as “troi­kas”, não apenas as de hoje mas as de sempre, em jogo combinado o mantêm sob garras imperiais que, como o tubarão invisível das profundezas, abocanham as presas distraídas à superfície.
Portugal está fundido por essa massa agregadora de seareiros, almocreves e alquimistas da me­dalhística transformação do século XXI, copiando os métodos vindos do final do século XVI, os que lavam mediaticamente o coletivo, e ao mesmo tempo, donos das portagens para outra margem, único lugar de onde poderia partir para o início de novas etapas. Até lá têm de contentar-se com o cheiro das disfunções eólicas, baforadas, que “ministrosos” e outros que o não são, uns vindo de outras paragens, enviados para que o saque siga em segurança, e outros, de bem mais perto, para assegurarem que o recrutamento volte a encher de pobretanas os grandes movimentos de inconfessáveis desígnios, onde a submissão seja o garante de que esta região continue em reza de ordeira.
São forjas a frio, onde as massas de ar que no subterrâneo informático circulam, paralisam as su­perfícies onde a canalha vegeta e onde “jornalistas analfabrutos” ajudam a semear ventos de miséria que se espalham por todo o lado. São gases tóxicos que saem disparados do subsolo da finança, que os registos informáticos, concebidos pelos tentáculos do gigante sem escrúpulos, anicham em bol­sos, ora na direção de Leste ora voando para além-mar, lá donde vêm os agentes do nosso ocaso, e vão espalhando impurezas pelos ares que chegam ao destino já com a matéria prima, quiçá livre de taxas na origem, com que enchem os cofres, solucionando os efeitos do estoiro da bolha.
Enquanto a canalha esfomeada blasfema, o pároco chefe manda-os calar, esse DESDEUSADO que traz ao peito o que não devia pelo enorme pecado que transmite via média, também sem quais­quer escrúpulos. Quer impor o silêncio perante a fome que certamente lhe trará perspetivas de mui­tos servos. E o tal jornalismo fedorento, que deveria constituir a porta da salvação e a barreira ao que de fora nos silencia, funciona como o vento de Oeste ou de Norte que o poeta Alegre imortali­zou; “cala a desgraça”.
O que interessa a dor? Se os donos da moeda eletrónica fizessem favores aos pobres todos seri­am endinheirados. Não pode ser!
O alquimista não previu que essa mente eletrónica não fosse fundida por métodos tradicionais. Os rapazolas políticos, ainda que com voz de homem, são presa fácil na forja dos Goldman ou dos Stanley, sem limites de criação e atuação nos mercados que constituem, jogando nos dois lados da apresentação da mercadoria (sem quaisquer problemas de justiça), ora fazem subir o preço para venderem com o lucro que querem, ora fazem descer os preços para comprarem ao custo que lhes convier, ou ainda à medida da clientela que constitui o tal mercado que nenhum interveniente nos média se atreve a definir divulgando personagens, atirando-os para a luz do dia. Há com certeza um jornalismo instrumentalizado, com ou sem conhecimento, que chama a isto mercado. Nada nem ninguém os controla. Basta que lhes acenem, lá nas reuniões de alto poder para onde os mais influ­entes são, quando julgado conveniente, convidados, aí se sentem protegidos pelo poder oculto que impõe a tais amestrados tudo o que muito bem entendem, para que permitam que essa espécie de áciaria informática multiplique os registos, adocicados com altas taxas de sangue para vampiriza­rem, em segurança e até à saciedade, se para essa raça que voa do outro lado do abismo tal limite existir.
Pensava eu que os seareiros, os moleiros, os ferreiros, os alquimistas de toda a Europa eram in­teligentes e asseguravam fortes sebes de segurança contra os ventos que lhes secam, de muitos la­dos, as fontes do pioneirismo europeu em todos os setores que caracterizam uma sociedade livre. Enganei-me! Para Portugal, permanecem as viroses vindas algures do Mediterrâneo, e talvez para a Europa, onde o nazismo não terá desaparecido, ou ainda a raça bravia que outrora do Norte se eva­diu, esteja a regressar do lado de lá, caraterizem o colunato União Europeia.
Estultícia minha: o Zé não me percebe! O saque continuará até à rendição total, como se viu em outras partes do mundo. Resta-nos regressar àquelas profissões que já tínhamos esquecido, mas agora esse regresso será doloroso.
O afogamento, já lhe ouvi chamar outro nome, estava na forja assim como o “hipo estoiro”, marcados para meados de 2013. Ainda não desistiram.
Não há justiça que entenda a conjuntura. Ou então as leis andam entretidas aí por quaisquer ga­binetes, em sociedades legalistas, que ética e moralmente simbolizam a imperfeição. E tudo os ven­tos políticos sopram. O medo e a insegurança também chega a este pilar da democracia. Que impo­tência: os tentáculos dos agressores parecem venerados.

Que ano horrível nos espera
que podemos aguardar?
Em tempos saímos do mar
viemos naufragar em terra.
.
14/12/2012.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

----------- UM NOBEL COM INTELIGÊNCIA -----------


                                             VISÃO DE FUTURO

Vivendo expectantes, todos os europeus de qualquer quadrante, sobre um futuro que nos parece surgir com ameaças de condições desumanas, com sérios avanços no retrocesso do bem-estar de todo o cidadão europeu, não apenas daqueles que à luz do dia observam e vivem os problemas do dia-a-dia, mas também aqueles que logo aí estarão para nos substituir, teremos de nos alertar uns aos outros das investidas que outros, cuja roupagem e respeito pela vida humana e o seu direito a um mundo livre, provavelmente ficaram presos na coroa da Estátua da Liberdade cujas lágrimas de ferro não são visíveis pelos europeus que a construíram como símbolo e marcação de uma etapa que se destinava a levar a tão desejada LIBERDADE a todo o mundo.
A partir do anúncio da atribuição do Nobel, que prestem atenção aqueles que estão a empurrar a União Europeia para as lixeiras da “ordem financeira internacional”, com ou sem conhecimento do que estão a fazer, nomeadamente contribuindo para aumentar a oferta de produtos tóxicos que num jogo sujo, sem regras nem limites, desestabilizam a União, ao mesmo tempo que nesse jogo contribuem para aumentar o número de “bilionários” que se escondem atrás da referida estátua, no meio de uma crise imposta aos europeus e que os próprios americanos nomeados Nobel já chamam de crise mundial, como se o mundo coubesse dentro das fronteiras e dos disparates dos norte americanos.
Doravante, quem tentar destruir definitivamente a União Europeia, precursora da Democracia, da Liberdade, da Paz e dos avanços de bem-estar da Humanidade, terá de lembrar-se que a atribuição de um prémio globalmente reconhecido, pode ter respostas adequadas da globalidade a esse crime de invasão de países pacíficos e a essa falta de respeito pelos Direitos Humanos.
O euro tem de acabar custe o que custar?
E a justiça criminal internacional onde está?
21/102012.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

-------------A CRIISE PROGRAMADA-------------


   A UNIÃO EUROPEIA, ALEMANHA E EURO

Os contornos em que se discute o problema criado à União Europeia, mesmo no seio daquele país que se diz ser charneira da euro-zona e aceite pelos próprios como o centro onde se resolverão todas as confusões criadas à volta da existência do euro, é uma panóplia de versos e palavras sem sentido, tendo em vista a resolução do grave problema criado à União, apesar da Alemanha se sentir num caminho de poder celestial pelo recurso geral às suas tomadas de posição quanto à resolução dos problemas que estão na “Ordem-do-Dia”, visto que ninguém parece estar ao corrente do móbil do crime contra a soberania da União, nem mesmo o conjunto dos cinco sábios economistas que dão assessoria a Merkel, que apenas discutem o sentido da manutenção do poder da Alemanha sobre os destinos da União Europeia mas sem referirem uma única palavra sobre as causas concretas do que está a acontecer.
Nas elites dos restantes países, por vezes o problema é aflorado mas muito camufladamente, apenas detetado por alguns que estão dentro das verdadeiras causas, as quais têm o propósito de desintegrar a União e acabar com a moeda única, e são por isso coniventes, o que em caso de “queixa formal contra incertos por crimes contra a humanidade” estes serão também réus criminosos, visto que colaboram internamente (em cada um dos seus países) a favor de terceiros contra uma União Europeia de quatrocentos milhões de pessoas. A manifestação contra os agressores parece não estar nos propósitos de quem marca, ou quer marcar, o passo dos destinos da União. Terão essas elites, todos os nomes “sonantes” que ocupam os lugares de topo dos órgãos da União Europeia e quase todos os governantes dos países da zona euro, incluindo os “cinco sábios” alemães, sido funcionários do Goldman Sachs?
Se a resposta a esta questão for afirmativa, então preparemos-nos todos, os habitantes dos dezassete e por arrastamento os restantes europeus e todo o resto do mundo, para as consequências do desaparecimento da moeda única europeia. Os norte americanos, nomeadamente os “ultra” defensores da hegemonia global do dólar, vivem em pânico pelo facto de, se continuarem as atuais tendências globais, a sua moeda passar para quarto ou quinto lugar nas preferências da moeda base dos contratos de negócios e da formação de preços a nível mundial. Se o euro não acabar, pensam, será esse, resultado dentro de alguns anos. Isto significaria uma redução considerável no aparecimento de bilionários nos EUA, o que acabará sempre por acontecer visto que a contínua ascensão dos gigantes emergentes não tem travão possível.
Uma consequência, fora de qualquer hipótese académica que esteja a ser considerada: se a moeda única acabar, a União Europeia e todos os europeus serão “lixo”, tal como já estão a ser tratados.
Os agressores, externos (com apoio interno), à soberania da União Europeia são conhecidos, os seus colaboradores internos também, e a “justiça” internacional, nomeadamente a europeia não existe! O que esperam para criar um “abaixo assinado”, interpondo uma ação judicial denunciando crimes contra a humanidade? Quando toda a Europa estiver na miséria, a exemplo do que já aconteceu a outros países, em algumas zonas do globo que ousaram desafiar a hegemonia do dólar norte americano, já não valerá a pena procurar qualquer julgamento: o mais certo é necessitarmos de um novo plano Marshal ou qualquer coisa parecida, por que a miséria em muitos países dos vinte e sete estará instalada.
Uma coisa é certa. A União Europeia não é a Argentina onde foi muito fácil destruir o peso como moeda, ao tempo, equivalente ao dólar, tendo levado mais cerca de quarenta milhões de pessoas à miséria, depois de lhe terem levado todas as suas riquezas. Aprenderam?
A união Europeia não é o Iraque onde se podem lançar bombas de destruição massiva e onde se pode destruir todo um património secular, distribuindo a fome e a morte por todo aquele deserto. As intenções de deixar de utilizar o dólar norte americano como “moeda padrão” acabaram e o seu promotor acabou também sem vida.
E na União Europeia? Apenas existem uns “ultra”, milionários alemães, discutindo o circulo do seu umbigo, enquanto o Goldman Sachs, e outros congéneres que se aproveitam da situação, vai delapidando as riquezas europeias e impondo sanções, com ameaças severas, aos banqueiros nacionais que ousem contrariar as indicações de corte geral da concessão de crédito às suas economias e outro tipo de aplicações que a plebe não vê.
O facto de estes últimos serem, de vez em quando, convidados a participarem em certas reuniões secretas dominadas pelos gorilas financeiros norte americanos, não é razão para terem medo de defender os seus países. Aqueles banqueiros que nesta agressão à União Europeia têm colaborado também devem ser incluídos na futura queixa crime contra a humanidade, já pensada em muitos sítios, mas por medo ainda não avançou.
Esperam o quê? Que a medíocre classe política atual tome medidas?


sábado, 7 de julho de 2012

---------A DEMOCRACIA EM PERIGO-------------


    È muito triste e confrangedor para qualquer democrata ter um Presidente da República apupado, ainda que isso fosse apenas um caso de diferentes interpretações quanto ao espírito da Constituição.
O PR pode não concordar com manifestações populares se assim o entender mas tem de saber ler o que o povo subscreve quando se manifesta e, democraticamente, não será astúcia agir de modo a agravar esses descontentamentos populares.
As funções de PR, de acordo com a Constituição, não lhe permitem concordar com períodos de vazio na aplicação da Lei Fundamental. Se os órgãos de fiscalização competentes, quando são chamados a pronunciar-se, “dizem ao povo”, nas suas considerações e vereditos, que determinados atos de outros órgãos de soberania são inconstitucionais, o PR não pode promulgar esses atos, para mais sabendo-se que essas “medidas de política” à partida eram discordantes da Lei fundamental, e então o processo não pode ser aplicado enquanto persistirem dúvidas sobre a legalidade da medida de política.
Sr. Presidente, suspender a Constituição, seja qual for o motivo evocado, sem que essa decisão resulte de vontade popular, corresponde a um “golpe de Estado”. Quaisquer “troikas” (ou tricas) que nos cheguem de estrangeiros, ainda que venham com o estatuto de possuir poderes ilimitados em registos financeiros (essa moeda escritural que o Sr. PR muito bem conhece) podem propor as medidas que entenderem, incluindo as que ferem a constituição da República Portuguesa. Os órgãos administrativos do Estado Português, que juraram cumprir a Constituição, não se podem submeter a ondas de desestabilização que queiram impor ao Povo Português, menosprezando-o e tratando-o como lixo, medidas que levam a transferir grandes somas em juros e comissões para organismos fi­nanceiros que essas “troikas” representam. Quem tem um mandato do Povo para o defender, tem de cumprir os seus juramentos.
Se os órgãos de soberania tomam medidas de política, quaisquer que sejam, menosprezando a Constituição, então Portugal tem um problema muito grave: as instituições democráticas estão em perigo. Nesse caso o PR tem de ter pelo menos uma de duas atitudes: demite o governo e solicita aos partidos políticos que reponham a legalidade constituindo outro ou, em caso de resistência, dis­solve o parlamento para que através do voto popular se reponha a legalidade democrática. Há ainda outra hipótese que deve considerar se continuar a não sentir cumprida a Constituição: demite-se e pede ao Povo que através do voto reponha do mesmo modo, a legalidade democrática.
7/7/2012.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

MERCADO OU GATO ESCONDIDO

 
O “Mercado”, em linguagem jornalística, é personagem indefinida: nervoso, excitado, vivo, penalizante, indomável, etc., dita sentenças de morte aos mais fracos e débeis e, pior ainda, pode fazer festas milionárias em cima dos seus defuntos.
Mas serão coisas de outro mundo? Não! Todos conhecidos e alguns com rostos que se descobrem aí por todos os escaparates. Apesar de estarem na origem de muitas desgraças de muitos milhões de pessoas, não há jurista que se atreva a evocar leis humanitárias sobre os seus comportamentos nem administrador de justiça que se atreva a puni-los, embora saibamos que as máquinas e os cálculos que elas debitam aos indefesos, ainda que sejam países, sejam manipuladas por mão humanas, normalmente as de funcionários de “bilionários”, uns e outros sem escrúpulos, apenas na convicção que o registo financeiro se transforma em dinheiro vivo com todo o poder que lhe está associado.
Aquilo a que chamam mercado e quem assim se pronuncia sem mais explicações jamais passa daí, não é mais do que o sítio para onde as tecnologias da informação convergem, impulsionadas pelos seus agentes, conhecidos mas pouco divulgados, onde jogam camuflados os detratores que desestabilizam e lucram com as finanças públicas de outros, como gatos escondidos com o rabo de fora. Todo o espaço é preparado para que ninguém tenha a veleidade de lhes pisar o rabo e assim, os miados que se ouvem são os dos ratitos, coitaditos, que lá vão tentando equilibrar as porções de queijo que distribuem aos pequeninos.
São felinos que espreitam o rato, que na sua necessidade de procurar alimento para os seus inocentes, caiem facilmente nas suas garras, sem que se apercebam que são vulneráveis e jamais dispostos a lhes pisarem o rabo ou revelando-o ao vulgo e que os obriguem a soltar um miado com estrondo para que toda a praça se agite.
Claro que alguns ainda vão bichanando por aqui e ali mas, o felino embora esteja sempre vigilante, se estiver de barriga cheia, olha-o com algum desprezo e deixa-o ir porque um pequeno resmungo pelos sítios menos visíveis não atiça a bicharada.
As elites europeias? Existem? Onde?
Assim, o Goldman S. e mais alguns grandes em poder financeiro, sente-se na pele do rei dos felinos e faz dos seus poderosos clientes uns inocentes escondidos à procura de uns milhões porque a praça europeia é rica e de outro lado qualquer do planeta seria muito difícil retirar tais valias para criar bilionários a custa da pobreza de outros. É esse o chamado “mercado” que certo jornalismo divulga aos sete ventos que, regra geral, estão nervosos, escondendo os nomes com que apelidam os gatos que enriquecem à custa de milhões de famintos europeus. Não admira que alguns jornalista sejam mais ricos que os seus patrões.
Bem gostaria de saber como vão ficar aqueles que colaboram no saque daqueles que definem estas agressões externas a países soberanos europeus, se um dia se lembrarem de participar à justiça tais atos.
30/6/2012


terça-feira, 29 de maio de 2012

----------- OS SETE MAIS UM ----------------


                             RICOS E PODEROSOS

Este ano a cimeira do G8, que reuniu do outro lado do Atlântico, parece ter regredido quanto à sua foto de representantes em que a Rússia terá participado apenas como “observador”; o G8 voltou à fase do G7 +1, além do particular entre o americano e o francês.
Este retrato, entre Obama e Hollande, com o dólar versus euro a incomodar as almofadas dos so­fás, pode significar que nos EUA há duas fações que se guerreiam no campo político e monetário e na sua vertente externa.
Por um lado os norte americanos necessitam do maior mercado consumidor do mundo, a União Europeia a 27, que existe do lado de cá, para revitalizarem a sua economia, e por outro querem aca­bar como o euro para segurarem a hegemonia da sua moeda. Quem vencerá e qual o reflexo para o exterior?
Se os norte americanos continuarem a destruir a economia europeia, existindo alguma “força” deste lado deve ser-lhes dito que a União Europeia terá de deixar de colaborar com a política exter­na norte americana, seja qual for o pretexto que evocam para tal, nas suas necessidades de interven­ção militar, por exemplo, para debelar focos de terrorismo, ainda que a insegurança ameace todas as democracias e a paz mundial, tema muito caro para a Europa Ocidental.
O retrato atual entre as duas potências parece uma daquelas fotos antigas, a preto e branco, em dias de inverno muito nebulosos. As duas potências são as principais componentes da NATO, onde há décadas colaboram num esquema de defesa que até agora parece ter sido eficaz, no entanto uma agride a outra, na tentativa de levar o povo desta à miséria porque aquela quer destruir a moeda que ameaça a hegemonia do dólar. Acordos por cima da mesa ataques destruidores por baixo.
Intrigante! Trata-se de uma declaração de guerra intestina. Terá sido tudo bem ponderado?
Em que era estamos? No início do século XXI, ou regressámos ás primeiras décadas do século passado, em que o poder ainda se rebelava pelo alargamento de fronteiras, numa espécie de fobia para constituir impérios territoriais, submersos nas fronteiras do império católico romano, onde os povos eram submetidos à mais baixa e nefasta das escravidões e do desprezo?
Os norte americanos terão esquecido os seus pais fundadores?
Se um dia vos exigido o pagamento dos prejuízos causados à União Europeia e indiretamente a outros países, como consta nas convenções internacionais, onde vão buscar essa montanha de dólares?

20/2/2012.

A EFICÁCIA NECESSITA TEMPO

A crise das dívidas soberanas, que neste momento já se chama abertamente crise do euro, demorou oito anos a preparar.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

-----------A ECONOMIA DE VITOR BENTO-----------

Li hoje num jornal diário uma entrevista ao Dr. Vítor Bento, acerca do lançamento de um seu livro de economia. Não posso conhecer o conteúdo do livro porque na entrevista não vai além de umas quantas respostas a outras tantas perguntas daquelas corriqueiras que circulam por aí nas gritarias dos média falados e escritos. Se juntar o conteúdo desta entrevista ao conteúdo de um livro recentemente editado, a pedido, segundo o autor, sobre a Economia Portuguesa nas últimas décadas, de Luciano Amaral, onde o que dizem algumas estatísticas contrasta com a parte final em que se resume, ou se dá a opinião final contrária ao que se extrai da verdade dos números, mais parecem romances encomendados para terem um final arrasador do que o primor ético que um economista deve ter em prejuízo da politiquice. Como não é possível analisar neste espaço e por esta via comunicacional todo o conteúdo da entrevista, ficar-me-ei pelo conteúdo alegórico do nó cego. ... existe, de fato, um nó cego na sociedade portuguesa há alguns séculos, não apenas desde 1990, como diz VB, e que causa problemas à Economia Portuguesa como reflexo desse estrangulamento mas, não aquele que o entrevistado identifica. O problema é mais "sofisticado" e, em termos analíticos, muito mais difícil de "desapertar". É necessário saber história e não apenas a económica. Hemorragia hoje? Não senhor economista! Essa é que começou, de fato, por volta de 1990, e desde então jamais houve concerto possível. - Talvez que este venturoso economista tenha alguma coisa a ver com aquele período. Estou a especular porque não tenho a certeza, e nunca se sabe muito bem por que correm certas juventudes, quando correm, mas as identidades políticas sugerem que não andarei muito longe da realidade -. Em economia, quando se é jovem, interessa mais a ideologia do momento (espécie de) que os efeitos práticos de uma teoria recentemente aprendida, mas que na prática, por uma razão ou outra, não se confirma. Os livros de grandes autores nunca refletem (nem podiam) concretamente uma realidade posterior, e não é fácil juntar-se aquilo que se aprendeu com essas leituras para se resolverem problemas do momento. A maturidade será sempre boa conselheira. Claro que nesse princípio de década, a ferida começou a alastrar e a sua abrangência em meados da mesma só poderia acabar na tal hemorragia com que agora, outros, se debatem com problemas para a tentarem estancar, sem possibilidades de voltar a 1990 para emendar o erro. O que aquele economista identifica, seria de fácil resolução, evitando recorrer a análises superficiais, do tipo das que poluem os média falados e escritos por esse país fora, como se "gerir" a economia de um país fosse uma brincadeira de jovens à procura de emprego e de jornalistas pouco revestidos de responsabilidade, cujo único objetivo é a afirmação de um poder sem escrúpulos de um lado, e a venda de jornais e captação de audiências de outro. (Ainda não deitaram o governo abaixo!) O que VB propõe, em concreto, seria uma alteração de política económica para se passar de um "nó cego" a um "nó aselha", em que os menos entendidos na matéria o desapertariam com a maior das facilidades para colocarem a roleta do privado (não o privado enquanto tal) a transferir o ónus das crises para o comum dos desfavorecidos, com anúncios de grandes "jackpots" mas que nunca saem a quem quer que seja. A visão económica de que é com empresários muito ricos (em poder financeiro) que se constroem as sociedades livres, democráticas e de nível social avançado é um conceito do passado e com ciclos de má memória, além de sempre se ter verificado o contrario daquilo que o vulgo sempre espera. Essa visão indica que há economistas que tentam, sem se inibirem de analisar a economia à "luz" (ou às escuras) de uma visão meramente política, sem fundamento quanto ao estado atual da redes internacionais que ditam as suas leis, e sem uma análise aprofundada das causas do aqui e agora, o que, obviamente, faz com que as conclusões sejam uma panóplia de resultados enviesados, ajudando a aumentar os problemas da Economia Portuguesa. Baixa de salários em Portugal para viabilizar a economia? Ou como diz VB para que se possa encetar a via do crescimento? Estará ele na China e não nos disse nada? Qual os reflexos de uma tal política? Melhor seria que explicasse no seu livro de economia, o que é isso de crescimento. Será acertar no euromilhões? Espero que o Sr. PR filtre as opiniões de certos Conselheiros, pelo menos em matéria de economia, senão arrisca-se, quiçá, muito brevemente, a sofrer um retrocesso no apoio que o público português lhe dispensa, pelo menos aquela parte, que não é pequena e que receia que lhe reduzam os parcos salários. . 18/10/2010.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

-----------PARADOXOS E PARADIGMAS-----------

Na arena política, com a vedação central de tábuas podres, em que se transformou o país, o "Pontal" está para o Algarve, no que refere à "disenteria festiva" anual do PPD/PSD, como a festa anual do "Avante" está para o país, no que se refere à descarga ventosa nessa feirante baía do Seixal. Os primeiros, cada vez que têm oportunidade de se fazerem ouvir através dos watts de saída que as colunas mediáticas colocam à sua disposição, se não me engano é todos os dias, tentam uma desintoxicação dos ventrículos, difundindo lástimas (com lágrimas ...) sobre "este pior país do mundo" cuja população estará, na sua totalidade, a morrer de fome. O povo pronunciou-se há pouco tempo, ditou resultados, mas ter-se-á equivocado. O que estas vozes acutilantes quererão dizer é que é necessário corrigir o povo, que será o próprio culpado de ser analfabeto. Nunca perceberá de política, por isso tem de ter um tutor. A avalanche nortenha, de séculos a séculos sai do bairro e atira-se às águas que correm sempre para qualquer sítio mais abaixo ... Não fora o sol e a praia no Agosto algarvio e nem "botas" nem "macários" botariam a boca no "trombone". Isto de acesso a poleiros só para lá do Mondego. Os mouros ou pedintes do Sul que se fiquem pelo burgo. Os segundos descarregam em cada momento que se lhes aproxima um microfone, todas a suas raivas e recalcamentos, excessos de testosterona acumulada desde há trinta e cinco anos, quando não conseguiram levar a "República " para a cama e depois devolve-la com outros trajos. Daí a necessidade de deitarem ao vento todos esses recalcamentos que se traduzem sempre nos mesmos sons, tornando a música tão corriqueira que não há quem lhe queira dar ouvidos. Nota-se até nos próprios, que de tanto imitarem o galo até já cantam com notas mudas. O que é necessário é "derrotar" seja o que for. O inimigo subjacente é o mesmo que até ao momento dos cravos os empurraram para a então clandestinidade e que julgam ainda "pidescarem" aí por qualquer esquina. Tudo se passa como se pressentissem um inimigo à solta mas, como é apenas pressentimento, despromove-se quem se julga que ocupa o lugar. É possível que tenham razão mas, como desconhecem ou demonstram desconhecer em absoluto, onde está o principal inimigo, uma vez que apenas é apontado em abstrato, as suas prováveis boas intenções ficam-se pelas "carícias ao nosso povo". Na maioria ( a que deveria existir de fato ...) não se detecta um recado que tente esclarecer e sossegar verdadeiramente quem na plebe tem dúvidas sobre as gritarias que ofuscam a realidade. As vias de acesso aos promontórios da divulgação secaram e, não podendo o barco navegar, ainda que à vista mas de acordo com quem comanda ao leme, parece andar à deriva num mar que todos desconhecemos: não ouviram ... não comentam, não informaram ... não sabem, não estavam lá ... desconhecem ... Se não há acutilância no que deve ser esclarecido, ainda que com alguma dose de arrogância, permite-se que o acusador sentencie. Aos outros dois partidozecos nada mais lhes é conhecido do que ruído, cada um com as suas dislexias verborreicas, monótonas e sem conteúdo palpável. Ficam-se apenas pelo ditado visto que em prosa parlatória, inovadora ou de conteúdo ... nada se vislumbra. Permita-me o meu amigo BB que acrescente uma pequena "definição" a uma passagem do seu extraordinário artigo no DN: "... Vai sendo hábito afirmar desatinos que deixam os social-democratas, aliás direita liberal, embevecidos e os socialista, aliás social-democratas, irritados", que esta coisa de esquerda e direita anda muito confusa e, senão de fato, por vezes inverte-se o eixo cartesiano. Tornou-se hábito na "vox populi" empregar o termo paradigma para tudo e mais alguma coisa. Logo se vê que bem poucos sabem consultar um dicionário, nomeadamente os que têm voz nas sinfonias mediáticas. O que se nota no funcionamento da sociedade portuguesa, mais propriamente na política, é uma sucessão de paradoxos interligados. Mas mais importante do que esta crítica: será que um dia os dez milhões de amorfos lusitanos vão descobrir o seu inimigo comum? J Faustino.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

-----------A CPLP E A GUINÉ EQUATORIAL-----------

Amigo Mia Couto, é justíssima a tua preocupação.
Ficámos cheios, e de bem conhecer o que é um regime ditatorial, mas lembra-te de algo mais, para além desse importante sentimento; existe sempre um povo que sofre perante a existência de uma ditadura, seja em que continente ou lugar do mundo.
Vives diariamente um casamento do qual jamais te poderás divorciar até ao fim dos teus dias; a língua portuguesa.
Sendo a língua mais rica do mundo e da qual tens o privilégio de te servires, no bom sentido, para exprimires as tuas preocupações, visões do mundo, etc., é também aquela que necessita de toda a liberdade para que o mundo conheça todas as inquietudes sociais de quem a usa, e com ela tece os fios condutores que divulgam regras de boa convivência, e que ajudam a harmonizar a luta pela libertação dos povos.
Aqueles que ainda são bafejados pela má sorte de viverem subjugados, não devem ser por nós sacrificados só porque em dado momento um ditador se instalou no lugar onde se pode mexer e distorcer os caminhos da liberdade.
Faz um pequeno sacrifício e permite que durante algum tempo esse espírito execrável de ditador, que tira a liberdade ao povo que o sustenta, seja ele próprio que aos poucos vá gerindo uma onda que facilite o caminho para a integração no nosso sistema livre, de amplitude universal, e que, por abranger praticamente todos os continentes, aí se vá moldando e ajustando aos desígnios do mundo democrático, ou que ao menos constitua uma luzinha de esperança para aquele povo.
A nossa, CPLP, não voltará a um tempo de má memória porque sobre as suas cinzas conquistámos a nossa liberdade, pelo menos a de poder "dizer". Ao invés, aquele povo tão necessitado da tua, nossa, ajuda, merece um pouco de sacrifício para que com maior celeridade aqueles dias se percebam.
O facto de aparecerem "negócios" pelo meio, para além de uma exploração cujos benefícios se "esquecem" do povo, pode constituir um veículo para transformações sociais. É necessário que os espíritos livres, como o teu, estejam atentos ao momento.
Sendo eu amante dessa liberdade, por que para quem escreve, e nomeadamente faz poesia, esse aparente nada é um alimento diário. Então, como abomino as ditaduras ou os impérios sejam quais forem as formas ou as justificações que os sustentam, também reconheço que a maioria dos povos a sul da Sara necessitam de um órgão administrativo central que os proteja e ao mesmo tempo ponha rédea, quiçá pela diversidade tribal ou outras facções que se digladiam e que compõem essas sociedades ainda pouco evoluídas.
Entendamos esse sacrifício da integração (observação) como uma ajuda para que o povo da Guiné Equatorial se liberte.
Quanto àquilo que penso sobre o que dessa integração possa advir, resume-se a uma máxima que deveria ser comum a todos os escritores e povos livres: "solidariedade para com todos os povos do mundo".
E, ainda em jeito de conclusão, se rejeitamos sem mais, pedidos de adesão, não fará qualquer sentido aprovarmos planos de promoção da língua portuguesa no mundo.
Boas leituras.
.

terça-feira, 29 de junho de 2010

----------- POLÍTICA INTERNACIONAL -----------

... A China deu mais um passo para a sua consolidação como uma das maiores forças económicas actuais de intervenção no comércio mundial mas, também, um passo que viabiliza o reconhecimento de Taiwan como país independente. Ao assinar um acordo (mais um) entre os dois "países", qualquer que seja a explicação, cooperação económica, ajuda aos países para saírem da recessão mundial, etc., acabou de dizer ao resto do mundo que é lícito negociar directamente com os próprios e reconhecer Taiwan como estrutura económica e política independente cujos destinos serão da responsabilidade dos seus habitantes. Doravante, o país que não reconhecer Taiwan como um parceiro para os negócios, ou que simplesmente não comercialize directamente com os seus organismos económicos e empresas, julgar-se-á que é por simples (?) receio de represálias ou por contenção, devido a sensibilidades diplomáticas, mas nunca como agressividade económica no jogo do comércio internacional, dada a necessidade que a maioria dos países tem de ter ofensivas comerciais na procura de novos mercados. Em termos de comércio, neste mundo a todos os níveis globalizado, os perdedores serão sempre os pouco aventureiros. Apesar das manifestações contra o recente acordo da oposição taiwanesa, por que poderá viabilizar a unificação, os tempos mudaram e as autoridades de Taiwan podem fazer crer à opinião pública mundial que o acordo económico com a China é um reconhecimento tácito das duas estruturas políticas como independentes. Este acordo pode também querer dizer que a necessidade da China se desenvolver e acompanhar económica e científicamente o resto do mundo a obrigou a um abandono dos conceitos antigos de posse ... e o reconhecimento de que a evolução do comércio mundial se sobrepõe, e revoluciona preconceitos. Em matéria de acordos internacionais, diz o representante de Taiwan em Portugal ao jornal público, "se Portugal quiser estamos de acordo"! O que esperamos? ...

domingo, 27 de junho de 2010

-----------ONDE ESTÃO OS PATRIOTAS-----------

... Aos meus leitores. Após este interregno sem escrever comentários no blogue, devido a outros assuntos a que tive de prestar atenção, volto hoje a criticar aquilo que me parece um enorme desprezo pelo futuro dos portugueses. Em anteriores comentários não escrevi abertamente sobre política, embora a crítica a qualquer facto que ocorra no país a tenha sempre subjacente. Hoje, e como todo o cidadão português, tenho o direito de me exprimir, porque na vida política deste nosso cantinho lusitano, surgem (continuam ...) casos que me obrigam a reagir e porque sinto estarem em causa as boas expectativas de futuro que o povo português deseja e merece. Uma alta personalidade eleita pelo povo tem de ser ao mesmo tempo respeitada como tal, ouvida quando se dirige aos portugueses e, tão mais importante, ter ela própria em seu conceito, as responsabilidade pelo efeitos que as suas intervenções provocam em toda a população, pelo menos aos residentes, dez milhões que esperam do seu eleito o melhor que sabe para a continuação da construção da casa de todos os portugueses. Neste sentido, assisti a frases muito pouco consensuais e pouco abonatórias, no que diz respeito ao bom augúrio do que se deve esperar para o futuro, que será, em primeiro lugar uma palavra de esperança e, em segundo lugar que não se entenda como sendo para atirar o país para um buraco que, a ser verdade, não se vislumbraria o fundo. Ao actual Presidente da república já tínhamos ouvido antes do pior que se poderia dizer como representante eleito. Na última década do século passado, quem não se lembra da triste e mediática celebre frase "gato por lebre"? Pois muito bem (mal), sabendo o que as suas palavras podiam originar, aos microfones da televisão tal frase pronunciou, chamando a atenção dos portugueses para o que em consciência, no meu entender e no de outros comentaristas do momento, não devia, essa frase que ficará para a história. Nos dias seguintes a bolsa de Lisboa desceu abruptamente, como se um pedregulho rebolasse da colina da Estrela pela rua de S. Bento com tal estrondo que nenhuma das economias dos portugueses que haviam sido investidas na bolsa escapou sem ser reduzida ao mínimo. Com os bolsos vazios, sorte com a qual também fui bafejado, tudo acabou no silêncio. Pensava eu que se tinha aprendido uma lição. Nem pensar! Mais recentemente, coincidente com os ataques mediáticos ao Primeiro Ministro, eleito havia poucos meses, e juntamente com um tal senhor economista (?) que foi presidente de uma associação de bancos, veio abertamente dizer que o país estava num caos e que vinham aí muitas desgraças, o que já a "celebérrima" Sedes havia dito. Ainda que fosse verdade (está demonstrado que não era) um Presidente da República nunca o deveria dizer, ou autorizar a dizer, quando o interlocutor havia saído de uma reunião conjunta. A ter sido correcta uma perspectiva de desgraça colectiva como transpareceu, o mínimo que "se" poderia ter feito para uma tal resolução era a dissolução do parlamento e a solicitação ao povo para se pronunciar. Ainda que se pudesse imputar a outrem uma tal afirmação, a responsabilidade cairia sempre sobre os ombros do Presidente. Não houve o cuidado de evitar prejuízos para o país. Divulgado o parecer também com grande estrondo pelos média, que não se sentem responsáveis pelo que escrevem, logo apareceram os investidores internacionais a subir as taxas de juro a que o erário público tem de se sujeitar quando há necessidade de recorrer a empréstimos. Quem pediu responsabilidades a quem? O caso parece tão mais grave quanto nos último dias o Sr. Presidente voltou a dizer que o País está num caos. Tal actuação não tem desculpas ainda que se queira passar a ideia de que é legítima a propaganda política partidária (negativa) que visa substituir o Primeiro Ministro. Um tal álibi não justifica comentários "impensáveis" que prejudicam todo um povo. Mas, se há um ou dois descuidos verbais de um alto responsável eleito, o terceiro já não pode passar despercebido aos ouvidos dos portugueses. A mais recente afirmação não pode deixar de influenciar o seu sono. Nessa aparente sonolência, eles sabem que o sonho é a última coisa a morrer e, certamente, começarão a pensar no próximo acto eleitoral onde terão oportunidade de escolher alguém que os represente e que, pelo menos, se apresente com um mínimo de independência face a lobbies que se escondem atrás de cortinas não transparentes para todos. Por estas razões, haja quem as desdiga, Sr. Presidente da República, eleito numa primeira volta em que os votos brancos foram deitados fora: como de direito, cumpra o seu mandato até ao fim e, até lá intervenha quando lhe aprouver, mas com palavras que caiam bem no consciente de todos os portugueses, e a seguir vá para casa gozar a sua reforma, á qual, como todos os portugueses, tem direito. O povo português saberá escolher quem melhor vier, até por que o lobby que tudo fez para que fosse eleito, como prémio que julgava ser-lhe devido, poderá não ter todas as razões para voltar a fazê-lo. Quem sair a horas sairá bem! ...